CAPITULO I - UM BEM MAIOR

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O mar estava turbulento, uma tempestade se formava ao norte e vinha devastando tudo, lá no fundo do oceano era chegada a hora de uma pequena sereia vir ao mundo, porém esta pequena era diferente das outras, assim sua mãe subiu a superfície em busca de ajuda para que a pequena tivesse chance de viver, a mamãe não queria vê-la sofrer.

Chegando na superfície ela se deparou com a tempestade inerente que vinha chegando cada vez mais rápido, o vento era forte e os raios cortavam o céu trazendo um brilho anormal ao dia, ela foi a praia, não havia ninguém, já não podia se aproximar mais sua cauda já reclamava a falta de água sendo que apenas parte não estava submersa, olhou pra as árvores de uma pequena ilha que avistou no horizonte próximo de onde ela se encontrava e nadou até lá.

Ela começou a cantar, dentre as árvores um chacoalhar das folhas, não aquele que o vento provinha, um chacoalhar diferente, seguido de zum zum, elas apareceram, voando velozmente e foram em direção a sereia que estava cantando.

— Olá bela sereia.

— Olá fadinhas.

— O que faz aqui? — a fadinha com roupinhas rosa.

— Estou aqui em busca de ajuda, meu bebê ira nascer...

— Olha! — a fada de roupinhas verdes apontou a imensa barriga da sereia para as outras fadas.

Houve um burburinho.

— Temos que ajudá-la — a fada de roupinhas douradas.

— Sim alteza — retrucou a fada de roupinha rosa.

— Por que nos procura em busca de ajuda sereia?

— Meu reino está sendo tomado pelo mal, temo que não consiga proteger meu bebê, preciso que vocês me ajudem, não posso perde-lo, vai nascer agora...

As fadas se entreolharam aguardando ordens de sua princesa.

— Vamos mostrar para ela o caminho até o reino das fadas.

— Mas ela não conseguira chegar lá, ela é uma sereia, como vai viver fora da água majestade? — a fada de roupinha vermelha retrucou.

— Sigam minhas ordens vamos ajudá-la — a fada de roupinha dourada ordenou.

A sereia sentia muita dor, o bebê estava nascendo, o natural era ser ali na água como todas as sereias, mas ela estava em perigo no mar.

— Rápido, rápido, estão atrás de mim, eles logo chegarão.

— Quem são eles? — a fadinha de roupinha azul.

— O mal que existe nas profundezas do oceano — a sereia gemeu de dor.

— Peguem suas varinhas — ordenou a princesa.

Todas pegaram prontamente...

— Repitam o meu feitiço... "água vem do céu e do mar, rios a transbordar, a sereia necessita dela e não consegue andar, faça com que ela possa voar"

As fadinhas hesitaram, não conheciam tal feitiço, mas obedeceram a princesa e com um movimento das varinhas, todas fizeram em conjunto, a sereia sentiu uma dorzinha nas costas e asas de fada surgiram em suas costas, a sereia não podia acreditar no que via, sentiu as asas baterem levando ela para cima.

— Mas e a cauda dela? — a fadinha de roupinha azul.

— Não sei o que irá acontecer, vamos guia-la e a daremos toda a água que pudermos — a princesa.

A sereia começou a voar, sentiu a cauda doer depois de um tempo no ar, mas a dor era muito pequena perto da dor que o bebê causava querendo nascer, chegaram ao reino das fadas no centro da ilha, a sereia já não tinha mais forças, ela desceu e se deitou com a barriga para cima e fechou os olhos, estava exausta.

— Chamem a rainha!!! — a fadinha de roupa azul.

A rainha veio rapidamente, algumas folhas caíram com a velocidade da rainha passando por dentre as árvores.

— O que é isso? Uma sereia? O que ela faz aqui?

— Mamãe o bebê ira nascer, ela está fugindo de algo maligno que a persegue no mar, pediu nossa ajuda... — princesa.

— O que você fez minha filha? A cauda dela está seca como areia do deserto, ela não resistirá aqui em nosso reino, ela precisa de água do mar, fadas! Tragam quanto puderem de água e joguem sobre a cauda dela.

As fadas voaram até o mar e pegaram toda a água possível e voltaram jogando sobre a cauda, fizeram isso incessantemente, até que o bebê veio ao mundo, era uma menina, não houve comemorações a vida da mãe estava em perigo, o bebê sereia não era como os outros, ela havia nascido com a cauda rosa e com pequenas asas nas costas, as fadas falavam todas ao mesmo tempo.

— Silêncio! Temos que levar a mãe ao mar imediatamente e o bebê também — rainha.

Todas ficaram em silêncio.

— Como vamos levar ela até o mar rainha? — a fada de roupinha amarela.

— Ela veio voando... — a fada de roupa vermelha ponderou.

— Vamos levá-la, peguem cipós passem em torno dela, usem as varinhas para ser mais rápido.

Em pouco tempo a sereia estava envolta a cipós.

— E o bebê? — a fada de roupinha amarela.

— A cauda dela é diferente, não é úmida, não sei como, talvez o feitiço que vocês usaram fez isso nela — rainha.

— Ela tem pequenas asas rainha veja — mostrou a fada de roupinha azul.

— Sim, eu percebi isso, também se deve ao feitiço que vocês usaram, contudo devemos salvá-las não importa o preço, vamos agitem essas varinhas temos que levanta-la.

As fadas agitaram as varinhas e conseguiram mover a sereia que estava desacordada, a levaram até o mar, chegando viram diversas barbatanas de tubarão rodeando a ilha.

— Rainha! Veja este deve ser o mal que ela se referia — a fada de roupa amarela.

— Sim — a rainha.

— O que faremos? Ela morrerá se ficar aqui... — a fada de roupinha azul.

— Vou chamar a atenção deles, desçam ela na água — princesa.

— Não! — rainha.

Mas já era tarde demais a princesa já havia voado sobre o mar, ela sacudiu a varinha e uma luz bateu contra a água, o brilho chamou a atenção dos tubarões, ela o fez novamente e um tubarão saltou com a cabeça para fora da água tentando pega-la, quase obteve êxito, passou muito perto, a rainha com a ajuda das outras fadas desceram a sereia no mar, ela abriu os olhos.

— O bebê? — sereia com a voz fraca.

— Ela está bem, é uma menina, fique tranquila — rainha.

— Onde ela está?

— Ela está no reino.

— Não está na água?

— Ela é diferente, sobrevive fora da água.

— Como?

— Veja suas asas — apontou as costas da sereia.

A sereia olhou para as costas e viu as asas, levou um susto e se lembrou do feitiço que elas haviam feito.

— O que fizeram comigo?

— Foi necessário.

— Tudo bem, o que faço com essas asas? — sereia.

— Use-as quando precisar, sabe onde nos encontrar.

Neste momento um dos tubarões surgiu a frente dasereia, que mergulhou e sumiu no mar, o tubarão foi atrás dela, segundos depoistodos os tubarões sumiram, as fadas não sabiam se ela tinha conseguido escapardos tubarões, se estava bem, de certo apenas que ela poderia retornar até oreino usando suas asas, porém o fato da cauda não suportar ficar fora da água adescredenciava de fazê-lo, ela deveria cantar para chamar a atenção das fadascomo fez antes.    

A SEREIA PINKWhere stories live. Discover now