Vívian

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As grossas correntes com cadeados prendiam os pés da garota a um gancho no chão, impedindo-a de se movimentar por mais que três metros no porão sujo. Deitada sobre a cama, ela chorava silenciosamente, enquanto o padre observava irritado. Já socara a cara dela várias vezes, mas o choro não cessava. Detestava aquelas lágrimas. manchavam o rostinho angelical que ele tanto espreitara.

Antes ele usava apenas cordas para prender suas pequenas meninas à cama, mas a última provara que cordas podem ser vencidas. Soltara-se, e como resultado ele levara uma paulada fraca na cabeça, mas não cometeria esse erro novamente. Se era bom em algo, com certeza era em aprender com os erros. As correntes eram prova disso.

Pegou sua nova vítima um mês depois da vadiazinha que tentou fugir. Não costumava sequestrar garotas com tão curta lacuna de tempo; era um erro. Tinha que espreitar, analisar os locais que elas frequentavam, se disfarçar, ganhar a confiança, conseguir um àlibi... enfim, era um ritual a ser seguido à risca, se quisesse continuar em lliberdade. Mas a última vadia o fez acelerar seus métodos; praticamente pediu para morrer. Ele não passou os habituais três dias de diversão com ela, e sua sede não foi saciada. Mas com essa será diferente, ele pensou. Com essa vou me divertir muito.

Aproximou-se da cama onde ela soluçava e tremia baixinho. Estava como ele gostava de ver; apenas de calcinha e sutiã. Sua pele negra e suada era um convite tentador. Era bem mais velha que a última, quase no limite de idade que ele preferia; Contudo, suas curvas eram sensacionais.

Tocou a curva de seu quadril suavemente; sentiu-a se encolher a seu toque.

- Que há, querida? - falou com a mesma voz doce que usava nas celebrações. - tem medo de mim? não pretendo te fazer mal.

Ela não respondeu. continuou a chorar baixinho.

- Eu te peço que pare de chorar. - ele continuou, ainda suave. Sua mão permanecia pousada no quadril dela. - Você não é bonita chorando.

Ela finalmente esboçou uma reação. Levantou um pouco a cabeça, mas não o encarou.

- Porque... porque fez isso? - perguntou, com a voz trêmula. - porque me trouxe para cá? Quero... ir embora.

Ele sorriu como se ela fosse uma criança pedindo doces.

- Meu amor, você irá para casa, claro! - deu palmadas na bunda dela. - Logo logo, só peço que tenha paciência e faça alguns favores para mim.

- Fa-favores? - ela gaguejou.

- Sim, favores simples - ele disse, sorridente. - quero que você... me sacie. - ele começou a retirar a calcinha dela, lentamente.

A garota contraiu violentamente o quadril, impedindo-o de tirar a roupa dela e se afastando o máximo possível no ângulo que as correntes permitiam.

- Não, por favor - ela suplicou. - isso não, por favor...

Ele socou o rosto dela com força.

- Sua puta - ele subiu na cama, furioso. - Você vai fazer o que eu mandar, entendeu? NUNCA DIGA NÃO PRA MIM!

Ele deu um chute fortíssimo na barriga dela. A garota se contraiu e cuspiu sangue. Perdera um dente com o soco.

- Por favor! - ela tentou gritar, sem fôlego. - pare! estou esperando um bebê!

O padre parou, estupefado. A incredulidade atravessou seu rosto.

- Você... está grávida? - ele perguntou, com a voz controlada.

- Sim, estou - ela respondeu, chorando. - Ninguém da minha família sabe ainda... eu.. eu vou me casar, e ia revelar isso na cerimônia... - as lágrimas desciam fortes. Sua boca era um mar de sangue. - por favor. Meu bebê... me deixe ir. Meu bebê... por favor.

O padre desceu da cama e ficou em silêncio, observando-a chorar. Depois de algum tempo pareceu decidir o que fazer.

- Você tem razão - ele disse. - Não posso manter uma mulher grávida aqui. Não nessas condições.

Ela levantou o rosto e o encarou, esperançosa. Ele saiu do porão e voltou alguns minutos depois, com a chave para as correntes que prendiam os pés dela. Depois que soltou as correntes a fez ficar de pé e acariciou seus ombros.

- Vai me soltar mesmo? - ela disse, esperançosa. - o-obrigada, eu juro que..

- Cale a boca, vadia - ele respondeu. - Eu disse que não poderia manter uma grávida aqui, não que ia te soltar.

Dizendo isso, ele pegou algemas no bolso e colocou nos pulsos de Vívian, prendendo suas mãos às costas. Ela começou a gritar por socorro e levou outro soco nas costelas. Ele a jogou no chão e retirou os próprios sapatos.

- Vou te ensinar a calar a boca - ele disse, retirando uma das meias suadas dos pés e enfiando goela abaixo na garota. Ela lutava para não sufocar.

Ele pegou uma corda no bolso, a mesma com a qual prendera a última vítima, e amarrou os pés de Vívian com firmeza. Em seguida, retirou do gancho no chão a corrente com a qual ela estivera presa, e passou-a por uma roldana no teto. O sistema era muito comum, e servia para erquer objetos pesados. Prendeu a corrente com as cordas nos pés dela e começou a içá-la devagar. Ela bufava e se debatia, mas não fez diferença; logo estava totalmente suspensa pelos pés, de cabeça para baixo.

- Agora - disse ele, puxando um canivete. O rosto da garota era puro terror, e estava vermelho com o sangue que afluía à face. - vamos dar um jeitinho nesse incômodo que é a sua gravidez.

Ela tentou gritar, mas não conseguiu; o padre rasgou a base do seu útero com o canivete, em um corte horizontal. O sangue jorrou, rubro e quente, sobre o corpo dela.

- Isso deve bastar - ele disse, limpando o canivete. - logo esse bebê morrerá. Se você sobreviver, vamos nos divertir e depois eu te libertarei. Prometo.

Ele sorriu, mas ela já estava inconsciente, balançando como um pedaço de carne no açougue.

O CaçadorOnde histórias criam vida. Descubra agora