Love me or leave me

24º

Rebecca On

Cada dia que passa eu me sinto mais feliz, mais leve. Eu e Lucas estamos muito bem, e acredito que estamos construindo algo sólido, sério. Estamos todos muito felizes por Carol e Arthur, já era hora de assumirem.
Hoje é quinta e estou indo para a aula. Todos os dias quando chego Lucas está na porta me esperando, ele vem mudando e me surpreendendo aos poucos cada dia, sinceramente nem parece a mesma pessoa de antes.
Todo dia encontro Dylan, mas ele parece distante, não sei o que aconteceu mas também acho melhor deixar quieto. No dia em que fizemos o trabalho e Lucas apareceu no meu ap, percebi que claramente algo já aconteceu entre os dois, mas como não perguntei na hora, achei que seria estranho voltar a esse assunto agora.

Chego a escola em meio a todos esses pensamentos e lá está ele me esperando. Entrelaçamos nossas mãos e adentramos o corredor.

Enzo On

Eu e Pietra estamos ficando sério, e isso não é novidade para ninguém, mas de alguns dias para cá ela está muito diferente, especialmente depois que Carolina e Arthur começaram a namorar. Cogitei a possibilidade de ela estar chateada pelo fato de que nós não temos um compromisso assim, mas não acho que seja isso, até pq ela nunca demonstrou querer alguma coisa a mais comigo.

Tenho essa tarde livre e resolvi dar uma passada em sua casa, para ver se ela estava bem e talvez conseguir esclarecer algumas coisas.
Chego em sua casa e bato na porta, acho que ela está sozinha, seus pais estão fora da cidade a trabalho como sempre.
Fico na porta por alguns minutos e estou pronto para ir embora quando ela abre e me olha surpresa.
Pietra estava com uma cara de choro imensa e falhou em tentar disfarçar.

E: Oi Pi... Ei oq aconteceu?

P: Oi Enzo! Entra. - ela abre espaço e eu passo pela porta. - Comigo? Nada, hmm.. eu só estava assistindo um filme triste só isso. - Ela fala e desvia o olhar para o chão

E: Sei. Você sabe que não precisa mentir para mim Pi - falo pegando em seu queixo e fazendo-a me olhar - estou aqui com você em qualquer hora, quando precisar.

Ela me olha e deixa escapar uma lágrima.
Vê-la chorar me destruiu. Ah se eu pudesse sentir essa dor por ela, se eu pudesse a colocar em uma caixinha protegida de qualquer coisa.

Ela me abraça e começa a falar por cima do meu ombro, sua voz falha.

P: Minha vó está no hospital Enzo. É sério dessa vez, você sabe como ela vem piorado de uns anos para trás, e não sei se dessa vez tem volta.

Apenas abraço-a mais forte.

P: Você sabe como eu a amo. Eu cresci com ela. Foi ela quem me ensinou a andar de bicicleta, foi ela que me levou tomar sorvete toda vez que eu pedi por anos. Ela foi uma mãe para mim. Ela é.

E: Ei, vai ficar tudo bem. A gente vai ajudar ela, vamos visitá-la amanhã no hospital,  pode ser? Ela vai ficar bem, nos vamos cuidar dela

Ela concorda com a cabeça e afunda a cabeça em meu peito. Ficamos nessa posição até ela se acalmar e parar de soluçar. Ouço-a sussurra em meu ouvido:

P: Obrigada Enzo.

E: Não precisa agradecer, princesa. Você sabe que sempre cuidei e sempre vou cuidar de vc.

Nesse momento eu tenho certeza do que quero, quero poder chamá-la de minha.