❤ FELICIDADE AO ACASO ®️ - Reescrevendo

Capítulo 5

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Sete e trinta da manhã de um sábado e já estou acordada com a cabeça a mil, mas totalmente enrolada embaixo do meu cobertor.

Penso nos últimos acontecimentos — e nele.

Afasto os pensamentos da minha mente e me concentro nas coisas necessárias a fazer nesta manhã. Lembro que preciso passar na academia para resolver algumas pendências administrativas e fazer o levantamento de todo material que vou precisar para trabalhar em casa a partir de segunda-feira.

Normalmente aos sábados eu tenho folga. Este, especificamente, é atípico.

Não vai ser fácil assumir inúmeras responsabilidades ao mesmo tempo, mas preciso ao menos tentar. Busco forças armazenadas em mim, resolvo levantar e me arrumar, com um estilo bem tipo, básica.

Entro em contato com a Jucy e aviso que estou indo.

Chego às nove em ponto. Páro na recepção, pego minha tão apreciada xícara de café e sou recebida por ela com um lindo sorriso no rosto de cumprimento.

— Bom dia Leesa!

— Bom dia querida! Desculpa ter saído ontem sem me despedir, mas é que eu estava com muita pressa.

— Hum, sei! Pensa que eu não percebi. — Rimos, porque o episódio já se tornou rotineiro.

Sem me dá muita chance de falar, ela continua e pelo visto bastante empolgada.

— O Jorb perguntou por você e não sei mais que desculpa inventar. Sabe como ele é insistente e não desiste por nada. — Faço cara de quem não está gostando nenhum pouco dessa situação e ela me olha como se estivesse me especulando.

— O que foi?

— Você está diferente hoje. Mais radiante, mais feliz... mais linda do que já é. É, mais linda! O que aconteceu? Vai me falar né, Leesa, por favor? Não me diga que conheceu um daqueles gatos de tirar o fôlego e causar inveja em qualquer mulher.

Tento pensar em uma saída estratégica, rápido. Porque se eu disser a ela um sim, não saio daqui tão cedo. E mais uma vez nos perdemos em nossas risadas, então opto pelo suspense.

— Tchantchanranran! Não. Acho que eu só vi um passarinho mesmo.

Quando de repente, escuto uma voz atrás de mim.

— Eu, sinceramente, dava tudo para saber o nome desse... passarinho. — Me viro, repentinamente. — Bom dia, meninas.

Essa não! É ele mesmo. E mais lindo do que ontem. Como é que pode?

— Oi!

Eu simplesmente estremeço só de pensar na roupa que estou usando — uma camiseta preta, calça justa também na cor preta, um casaco verde musgo e uma bota no mesmo tom de verde.
Totalmente, Básica.
Mas por que será que essa foi a primeira coisa que me veio à mente? Definitivamente, não estou preparada pra esse tipo de situação. E esse homem está mexendo com os parafusos da minha cabeça.

— E bom dia pra você também. Mas o quê você está fazendo aqui, a essa hora de... um sábado? — Nem sei por quê disse isso, acho até que pareci um pouco grossa.

— O meu bom dia vai depender de sua resposta. — Nos entreolhamos. Acho que ele ignorou minha pergunta.

— Como assim? Não. Não tem nome. Tem... motivo. — Me desconcerto ao responder e ele apenas ri revelando uma elegância fascinante.
Fascinante? Reviro os olhos pelos meus pensamentos. E mais uma vez percebo seus lábios com um vestígio de sorriso.