Capítulo 24

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Oh, Deus!  Há cinco dias não via o Ethan e uma adrenalina subiu em meu corpo, disparadamente, meu coração acelerou, minha ansiedade de chegar mais perto dele aumentou... Preciso respirar senão vou ter um piripaque aqui mesmo.

Que papelão, Eleesa. Não posso permitir que isso aconteça. 

Inalo o ar bruscamente para oxigenar meu cérebro. 

Como desejei vê-lo de novo. Será que ele sentiu o mesmo por mim? Provavelmente não, caso contrário teria dado notícias. Mas talvez a culpa seja minha por ter exigido que nos afastássemos. Ora, e desde quando ele recebe ordens?

Merda! Minha cabeça está um nó.

Sinto falta dele, isso é fato. Mas preciso me manter firme. Realmente sinto falta dele. Eu amo esse homem, não posso negar.

Será se eu sou masoquista?

Fiquei tão entorpecida com sua presença que esqueci completamente que uma parte de sua árvore genealógica está à minha frente.

Olho para ele e me sinto irritada.

— Sua petulante, não se esqueça que você está na minha casa, eu boto você para fora à ponta pé.

Com um sorriso falso entre os dentes, ele tenta esconder sua fúria pela minha presença. Talvez realmente eu não deveria ter vindo, mas já que estou aqui, não baixarei a guarda.

— Muito bem, como não tenho nenhuma referência a respeito do que fazer, vou ouvir o que o senhor tem a me dizer, por educação, porque sinceramente não estou entendendo.

— Tão imaturazinha e já, tão atrevida.

— Fico muito feliz em saber o que pensa a meu respeito, assim me poupa tempo e trabalho de ter que lhe falar.

Vejo um esboço de sorriso sarcástico brotando de seus lábios.

— E então? Gostou da brincadeira?— Olho interrogativa. — Destruição, sangue, decepação...

Levo a mão à boca horrorizada e estarrecida.

Ele começa a rir às gargalhadas.

Eu me viro no mesmo instante em que o Ethan chega demonstrando preocupação e com um semblante confuso. Ele fecha a cara para o pai sem ao menos olhar para mim.

— Achei que tínhamos um acordo, papai.

Seu tom é frio.

— Calma! Não foi nada de mais. São os excessos de shots. Só estávamos brincando...

— ENTÃO PARE DE BEBER.

Droga! Ele está muito bravo. Ou será que esse é seu estado normal? Mas por incrível que pareça, o pai pareceu afrouxar-se para o filho.

— O que foi? Mudou de ideia? Ou alguma parte não ficou clara? Porque posso perfeitamente repetir: Deixe. Ela. Em. Paz.

— Então foi você?

Olho para ele incrédula e solto um gemido de frustração fechando meus olhos, abrindo-os em seguida. Agora sei quem fez aquela barbaridade comigo e pior, o Ethan já sabia de tudo e não me falou nada.

Ele se vira para mim, assumindo uma expressão séria e de compaixão.

— Olhe, eu sei que é seu pai e que..., seja qual for, há um laço de alguma forma.., mas eu tinha o direito de saber, caramba... — Eu paro. O que eu estou falando? O que eu estou pedindo? Que ele se posicionasse do meu lado e contra seu pai? Lógico que ele não ia fazer isso sua tonta. — Eu..., preciso de ar.

❤ FELICIDADE AO ACASO ®️ - ReescrevendoWhere stories live. Discover now