Capítulo 31

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Ando de um lado para o outro no quarto tentando ligar para o Ethan, mas seu telefone só dá desligado.

Com raiva, jogo o celular na cama.

— Mas que droga!

Saio correndo do quarto e desço as escadas em direção a uma ala da cobertura super reservada, destinada ao Ryan — é um escritório, uma suíte e cozinha. Três compartimentos que têm quase o tamanho do "meu" apartamento. Descobri essa tarde, pela Olga, que o Ryan mora aqui com o Ethan.

Bato na porta impulsivamente e ele abre para mim já ao telefone fazendo um gesto com a mão para eu entrar.

— É o Ethan?

Ryan sacode a cabeça e eu tomo o celular dele.

— Ethan. Você está bem?

— Sim, Eleesa. Eu estou bem.

— Por que você não me ligou? Fiquei esperando você ligar e nada.

— Tentei inúmeras vezes, mas o seu telefone também estava desligado.

— Mas que droga. Tentei falar com você tantas vezes, mas seu celular só dava desligado.

— Engraçado. Não tinha nenhuma ligação sua.

— E agora, onde você está?

— Eleesa, eu preciso falar com o Lews, não tenho tempo a perder.

— ONDE VOCÊ ESTÁ, ETHAN? CUSTA RESPONDER? — Preciso me controlar, estou nervosa. — Desculpa. Estou.., tremendo. Por favor, me diz que você não vai entrar no seu avião.

Um curto silêncio seguiu.

— Você precisa se acalmar. Eu estou no aeroporto. E não, eu não vou entrar no meu avião, até porque daqui a pouco o esquadrão antibombas está chegando e tão cedo o avião estará apto a decolar e isso graças a essa palhaçada que acabaram de fazer. Estamos indo de voo normal.

— O quê? Não. Por que não vêm de ônibus?

— Porque eu não quero passar dois dias viajando, né Eleesa?

Oh, merda. Claro. Tinha esquecido desse detalhe.

— Tá. E o que fazemos?

— Você pode dormir que estaremos trabalhando para descobrir o que aconteceu. Mas agora está fácil. Acredite.

— Eu não vou dormir, Ethan. Tudo é tão simples e fácil para você.

— Então não complica e manda a Olga fazer um chá de camomila para você. Agora passe o telefone para o Lews que ele precisa receber umas coordenadas.

Ryan nos aguarda, pacientemente, me olhando com os braços flexionados e uma mão na boca. Aposto que estou com uma expressão confusa. Como assim eu estou complicando? Dou o telefone para ele que começa a falar com seu patrão escutando cada palavra atentamente.

Chá de camomila? Por que ele está irritado comigo dessa vez? Por causa do que o Marcos está fazendo? Mas não era um homem e sim uma mulher. Se bem que isso não quer dizer nada. Dou as costas em direção à porta, mas volto e pego o celular...

— Dá chá de camomila para sua vó.

Saio, sigo para a sala principal e me jogo no sofá para esperar as próximas horas. Um voo normal deve durar umas três horas talvez ou menos ou mais. Não sei.

— Leesa, querida. O senhor Damon me ligou.

— Ah, claro que ligou.

— Você quer que eu faça um chá para você?

❤ FELICIDADE AO ACASO ®️ - ReescrevendoWhere stories live. Discover now