t r i n t a

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Talvez eu não tenha te abraçado
Em todos aqueles solitários, solitários momentos
E eu acho que nunca te disse que
Eu sou tão feliz por você ser minha
Se eu fiz você se sentir em segundo lugar
Garota, eu sinto muito, eu estava cego.

Elvis Presley - Always on my mind 


Levanto da cama com Mikael me arrastando e me jogando no chão.

- Cara, vamos, hoje é a prova final. - ele me arrasta mais e me solta no meio do quarto.

Enterro meu rosto no meio do quarto e pensamentos de quatro dias atrás começam a aparecer em minha mente.

- Você está horrível! - ele começa a procurar por alguma roupa no meu guarda-roupas. - Vamos, não pode ficar assim para sempre. - joga uma muda de roupas em mim. - Hoje você tem uma prova a concluir e essa será a última do ano, depois é FÉRIAS!

Não obtenho nenhuma reação e ele me sacode.

- Ânimo, nós podemos ir para a praia quando tudo acabar, sei que quando formos para a praia seus pensamentos com ela vão estar todos deletados, ou quase.

- Falar e fácil. - murmuro e começo a me levantar. - Mas você está certo, preciso fazer essa prova para finalmente ficar livre. - livre para me acabar de desgosto, só se for.

- Isso, eu sabia que uma hora o Pathiel que eu conheço ia acordar. - ela faz uma dancinha e isso arranca um sorriso meu.

- Não se empolgue tanto.

Minutos depois estávamos no meu carro pronto para a minha autodestruição, sem o minímo de vontade possível saio do carro e começo a andar em direção a sala de onde eu faria minha prova.

- Boa sorte, Path. - Lissa me abraça e eu deixo com que seu abraço me traga certo conforto.

Sento na cadeira do meio e começo a prova, por sorte estudei muito antes de conhecer Jade e sei de praticamente todo o conteúdo (mais vantagens de ser um nerd e estudar tudo adiantado). Então com um rápido movimento com minha caneta, começo a fazer cálculos intermináveis.

(...)

Rabisco, rabisco, rabisco.

Com esboços intermináveis termino mais uma vez seu rosto, mas dessa vez em seus olhos sai chamas, seu sorriso continua perfeito e ela segura um coração com vários pingos de sangue escorrendo.

Meu coração.

Fecho meu portifólio com mais um desenho pronto vou até minha janela onde ela está sentada em sua moto com um cigarro na mão.

Ela está triste.

Eu estou desgraçado.

- Fofo? - Eneko bate na porta.

Respiro fundo com para não acabar com seu fingimento de merda no mesmo instante.

Então com a voz mais dócil possível respondo:

- Entra.

Acho que estou ficando bom nesse negócio de segurar a língua, mas já as mãos não digo a mesma coisa porque quando o vejo entrar em meu quarto tenho vontade de socá-lo.

Mas não o faço.

- Está tudo bem?

Se está tudo bem? Você é retardado ou o quê? Estou preso em meu quarto há quatro dias simplesmente porque estou feliz demais, seu traidor que fala com o ridículo metido vulgo Brian.

- Só preciso ficar sozinho. - respondo.

Ele me avalia por mais um tempo e depois concorda levantando-se e indo para a porta do meu quarto.

- Fofo. - apelido que está me irritando cada vez mais. - Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa mesmo, me liga. - e com o esboço de um sorriso sai do meu quarto, não acredito que ele riu, ELE RIU!

Traidor.

Com um pensamento em mente ligo para Lissa e Mikael e em alguns minutos ambos estão sentados em minha cama enquanto digito sem parar no meu notebook.

- Lissa. - chamo. - Tem certeza que consegue?

- Tenho, só me da alguns minutos.

Com seus conhecimentos em informática e quase uma graduação na área Lissa me ensinou basicamente tudo o que sei, graças a a ela me tornei um hacker bem curioso quando quer saber de alguma coisa.

- Você acha que vamos conseguir? - Mikael pergunta ao meu lado.

- Nós vamos, ou eu não me chamo Pathiel. - determino.

Propus a Lissa para que invadíssemos o celular de Eneko e também o seu computador, já que se eu fosse usá-lo poderia ter senhas ou fosse suspeito demais. Com um rádio conectado no notebook e outras coisas que Lissa trouxe montamos o nossa mini investigação.

- Consegui, consegui! - Lissa se empolga e Mikael e eu nos juntamos a ela. - Path, invadi o celular dele e também o computador, só...

Alguém bate a porta e assusta nós três ao mesmo tempo.

- Está esperando alguém? - pergunta Lissa e nego com a cabeça.

Imaginando ser Jade que finalmente entrou em minha casa vou até a porta, antes lanço um olhar para Lissa e Mikael dizendo para que fiquem quietos e com meus coração a mil abro a porta.

Mas não é Jade quem está lá.

Brian sorri para mim e na mesma hora algo sólido acerta minha cabeça fazendo com que eu caia e a última coisa que vejo e meus amigos vindo para cima de mim e caindo também.

- Jade. - sussurro seu nome na espera de que ela tenha ouvido.

Mas ela não me ouviu.

Porque ela não está aqui.

Juro (CONCLUÍDO)Där berättelser lever. Upptäck nu