— Yuta! Venha aqui, Yuta! — Sicheng chamava por seu hyung de forma manhosa, enquanto se enrolava no edredom da Hello Kitty que tinha ganho do mesmo, e se mantinha de joelhos no sofá escuro.
— Você quer alguma coisa? — O maior perguntou baixo, enquanto tomava um suco de maçã direto da garrafa.
— Claro que quero, aish!
— Então diga pro hyung o que você quer. — Yuta caminhou até o menor e colocou as mãos na cintura, enquanto o observava com as orelhinhas de gatinho branco que combinavam com o seu cabelo loiro.
— Eu... eu quero atenção! — Pendurou um bico e se sentou em cima dos próprios pés. Yuta riu.
Estava sendo assim há um tempo contabilizado por meses desde que Yuta conseguiu se estabilizar financeiramente e comprar um apartamento grande para morar sozinho. Sicheng era um rapaz que conheceu no hospital, porque tinha se acidentado com uma agulha, tentando consertar um rasco em sua saia. Desde então, ficou encantado pelo menino que se vestia como uma garotinha.
Coincidentemente, Nakamoto comprou um apartamento no prédio de Dong.
E Yuta estava enlouquecendo.
Não sabia até quando conseguiria aguentar o pequeno garoto o provocando inconscientemente da maneira mais inocente possível. Ele não tinha a atenção, apenas agia como realmente era. Tinha consciência de que Sicheng não era tão inocente a ponto de não saber o que era sexo, tanto é que – Yuta sinceramente não sabia como – não era mais virgem. Contou que só tinha feito uma vez, com um namoradinho porque ele insistiu, mas doeu e ele não gostou muito.
Nakamoto fazia tudo para agradar o menino: o levava para passear, lhe dava presentes e doces, o enchia de carinhos e o fazia adormecer como um anjinho em seus braços quando tinha pesados. Fazendo tudo isso, convivendo com o pequenino, não sabia como, mas acabou se apaixonando.
O protegia do que fosse preciso: desde monstros em baixo da cama, até pessoas querendo o faz mal, mas ele sabia que o maior perigo de Sicheng era o próprio hyung que o protegia. Yuta não podia ir muito longe, não podia chegar muito perto, nem sentir muito profundo; o seu fetiche não permitia. Tinha medo de assustar e afastar Sicheng, por isso, toda fez que sentia algo que não pra estar ali – sejam sentimentos ou ereções –, se afastava de Dong mesmo que um pouquinho.
Não queria machucar seu bebê, ao mesmo tempo que a pele dele era tão branco ao ponto da imaginação fértil do hyung conseguir vê-la cheia de marcas de cordas, chicotadas, tapas, ou até mesmo chupões e mordidas. Queria conhecer todo o corpo de Sicheng com a ponta dos dedos e sentir e ter seu gosto na boca.
— Eu vou te dar atenção, meu bebezinho. — Sentou de maneira desleixada no sofá e chamou o menino até ali, sinalizando com os dedos. Adorava a maneira como o mais novo o obedecia apenas com sinais, e obedecia calado, sem contestar nada. Sicheng deitou-se no peito do hyung e recebeu um beijo na cabeça.
O loiro usava apenas um camisão branco com mangas curtas na cor rosa pink, uma calcinha de ursinhos nas mesmas cores e um par de meias soquetes brancas, com os dedos e calcanhares também rosa, além de sua tiara com orelhinhas de gato.
Sicheng sentiu a mão grande de seu hyung passar pela lateral de seu corpo cima para baixo e vice-versa, o fazendo uma carícia um tanto bruta. Tinha percebido isso, Yuta não era dos mais delicados e, com o pensamento, riu baixo.
— Yuta. — Chamou, manhoso.
— Diga, meu bem. — Respondeu calmo.
— Você me ama?
— É claro que te amo, Sicheng. — Dong costumava fazer aquela pergunta, Nakamoto não sabia porquê, mas costumava. — E já te disse isso, vivo te dizendo.
— Até onde você me ama?
— Até onde você quer que eu ame?
— Quero que me ame ao ponto de você querer dar beijinhos na minha boca. E casar comigo. — Explicou de uma forma infantil.
Yuta sentiu o estômago contrair e as mãos começarem a suar. Engoliu seco e disse a primeira coisa que veio à mente.
— Você não quer ter filhos também? — Arregalou os olhos depois que percebeu o que disse, e prendeu os lábios entre os dentes.
— Filhos? Não, hyung! Eles tirariam sua atenção de mim, e eu não quero que você divida minha atenção. — Explicou e se virou, ficando de quatro como um gatinho. — Ela é toda minha, não é?
— Sim, meu bem, é toda sua. — Se acalmou. Talvez fosse apenas seu Sicheng querendo brincar de casinha mais uma vez. Acariciou os cabelos do garoto e deixou mais um beijo em sua cabeça.
— Eu posso dormir aqui hoje?
— De novo? E seu irmão? — Estranhou o pedido.
— Ele está dando atenção para outro menininho. O nome dele é Teno, ele é coreano. — Fez bico.
— Você está com ciúmes do namoradinho do Sying, Sicheng? — Perguntou quase incrédulo.
— Não estou com ciúmes! — Retrucou prontamente. — Mas o menininho roubou minha atenção, eu não gosto mais dele. — Dong parecia uma criança.
— Está tudo bem, OK? Eu posso te dar atenção. — Abraçou o corpo do pequenino e o fez se aconchegar em seu corpo quente.
— E beijinhos? Você pode me dar?
— Ah, bebê. Eu acho melhor não. — Yuta quis castigar até seu último ancestral por ter gosto por BDSM.
— Por que? — Fez bico.
— Você pode acabar se machucando. Eu posso acabar te machucando.
— É porque eu sou feio, não é? — Choramingou.
— Não, meu bem, calma. Você é lindo, o garotinho mais lindo que eu já vi na minha vida, mas... — Não sabia um jeito saudável de dizer aquilo.
— Mas? — Yuta respirou fundo.
— Preste atenção em mim. — Pediu e trouxe o menino para seu colo. Mordeu o lábio, nervoso. — Você sabe o que é BDSM?
Avisos importantes da própria autora de KINK, taegia, para os quais vão todos os créditos da fanfic:
a) A fanfic contém práticas sexuais que podem ser consideradas "estranhas" que não conhecem o BDSM. Tem muito sexo homossexual explicito aqui, além de atos que podem ser considerados como crime (abuso) por algumas pessoas.
b) Se você não conhece o BDSM, está convidado a conhecer com a aberta, a comunidade é sempre simpática desde que não julgue sem conhecer antes.
c) Yuta ativo/tops/seme.
VOTEM E COMENTEM MUITO.