capítulo cinquenta e dois;

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AVISO: Este capítulo contém o início de descrições de tortura, humilhação e afins, além da clara representação do ato sexual. Pular prejudicará o raciocínio e compreensão da obra, mas é de livre escolha.

Yuta, no dia seguinte, acordou rápido e sem preguiça. Desvencilhou-se do adolescente semi-nu em seus braços sem o mínimo cuidado, querendo logo que acordasse. Abriu as cortinas, as janelas e a porta, foi direto pra cozinha e começou a fazer o café. Se Sicheng não acordasse, não iria para escola e teria de arcar com as consequências. Sabia de seus deveres e já era bem grandinho, seu responsável não tinha que o lembrar. Aliás, o submisso experimentaria hoje um tipo de castigo diferente.

Nakamoto respondeu à pergunta do pequeno na noite anterior com as palavras que se concretizariam hoje. A punição de Sicheng não seria de qualquer forma agradável - nem para um pequeno sadomasoquista, pois a lição da vez não seria sentida na pele. Queria ver seu submisso implorar por atenção ou simples respostas compostas, sem monossilabismo, queria saber se o menino era fraco e dependente emocionalmente ao ponto de chorar para que a tortura psicológica acabasse ou se era orgulhoso e teimoso ao ponto de dar o troco na mesma moeda. O chinês era imprevisível, as duas situações eram possíveis, a diferença é que quem mandava ali não era o aspirante a brat.

— Bom dia. — O menor desejou quando chegou à sala e viu seu dono comendo sozinho. Yuta olhou o relógio da parede e voltou a atenção ao outro.

— São sete e cinquenta. — Foi a única coisa que disse. Sicheng entendeu. O horário que tinham que sair era às oito, e tinha acabado de acordar.

— E eu não vou tomar café? — Perguntou num tom informal.

— Não é problema meu. — Levantou-se e rumou em direção ao quarto para se arrumar.

— Claro que é problema seu. Você é meu dominador! — Retrucou de imediato. Franziu o cenho ao perceber que o homem já tinha o deixado sozinho.

Foi se arrumar comendo uma banana e colocou maçã e biscoitos de leite na bolsa para comer quando tivesse oportunidade. Pegou o moletom rosa e os óculos, espirrou perfume no corpo, e não sabia como, mas estava pronto antes do namorado. A viagem curta foi silenciosa, e Sicheng ia saindo do carro quando seu pulso foi segurado.

— Dinheiro pra emergências. — Yuta entregou uma quantia ao menor e guardou a carteira em seguida. — Cuidado.

Foi embora depois. O submisso achou tudo estranho demais, mas talvez fosse só um mau humor.

— Eu apenas não entendo, Kihyun, como que alguém acorda de mau humor depois de ter recebido o melhor boquete em quase dez meses de namoro, é isto! — Terminou de explicar a situação pro amigo, que ouvia tudo fazendo uma careta de psicólogo.

— Isso nunca aconteceu antes? — Apoiou o lápis no queixo.

— Nunca! Não acha estranho? — Kihyun assentiu com a cabeça à pergunta do outro.

— Você fez alguma coisa que o deixasse chateado?

— Já disse, a única coisa que fiz foi um boquete maravilhoso. — Repetiu. Seungkwan, que ignorava a conversa dos dois até então, tirou os olhos do celular e encarou Sicheng.

— Ele te alertou algum momento sobre as consequências do oral? — Perguntou. Sicheng fez bico.

— Ele disse que me castigaria de uma forma ruim. — Lembrou.

— Então pode ser isso. Ele pode estar fazendo isso porque você saiu do outro castigo antes da hora. E hoje você não vai transar. — Sorriu. O Boo sempre fora o mais racional do trio.

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