capítulo cinquenta e sete;

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Depois de três meses, Sicheng entrava mais uma vez nas férias de verão. Três meses descansando, isso que é vida.

Não tinha recebido mais notícias sobre Kai e sobre seu conflito interno sobre Chanyeol e Kyungsoo, mas esperava que o Kim tivesse conseguido sair do lugar. Era visível que ali não era o lugar certo para o menor.

Sabia que Sooyoung estava finalmente curada. Ainda não tinha feito a visita à amiga, mas encheu o peito ao proferir um belo "eu disse" ao dominador quando recebeu a notícia.

A vida dos dois estava tranquila. Voltaram a fazer sexo pelo menos duas vezes na semana, ainda que com o cuidado redobrado do japonês, Sicheng frequentava as aulas de música todo sábado de manhã e continuava sendo um bom aluno e bom submisso, muitas vezes ganhando presentes por seu bom comportamento.

Numa segunda-feira à tarde, os rapazes trocavam carinhos no sofá de casa. Carinhos nem tão inocentes assim. Sicheng descansou as costas no peito do namorado e sentiu a mão do mesmo subir por dentro de seu blusão e encontrar o piercing em seu mamilo. A boca do mais velho encontrou seu pescoço, e seus lábios finos não conseguiram reprimir os sonzinhos satisfeitos pelos atos do dono, sons que só eram ouvidos por causa do silêncio entre os dois e a casa.

— Eu não vou me controlar se você continuar gemendo assim, amor. — Yuta disse baixinho no ouvido do menino.

— Já passamos dessa fase faz tempo. — Sicheng respondeu, manhoso, com os olhos fechados. — Não precisa se controlar. — Yuta riu e sugou a pele do menor com mais força.

— Você é insaciável.

Sicheng começaria um beijo apressado após a frase do mais velho, mas o silêncio obsceno da casa foi interrompido pelo soar de batidas na porta. Yuta suspirou e tirou a mão de dentro da blusa do namorado por instinto. Com um selinho, Nakamoto levantou e foi atender.

— Talvez tenhamos um problema. — Minseok disse assim que o amigo abriu a porta. Yuta tensionou e sentiu o tesão dissipar.

— Que tipo de problema? — Ele perguntou.

— Daqueles que o Chanyeol e o Jimin não resolvem. — O Kim explicou.

— Yuta? — Sicheng chamou, preocupado com o tempo.

— Estou indo, meu bem, — Respondeu. — Eu vou me arrumar. — Yuta disse ao amigo e deu espaço para o outro entrar.

— Ah. — Sicheng soltou, em surpresa ao ver Minseok. — Oi. — Cumprimentou, balançando a mãozinha.

— Olá, Sicheng. — Minseok respondeu. — Tudo bem? — Perguntou por educação e tirou alguns papéis de uma pasta.

— Uhum. — Respondeu, aéreo, tentando descobrir do que se tratava. Percebeu que Yuta tinha ido pro quarto, e foi até o cômodo procurar mais detalhes.

— Sicheng? — O japonês chamou do banheiro ao escutar um barulho.

— O que houve? —O menino perguntou.

— Eu explico depois. — Nakamoto saiu do outro espaço com uma toalha enrolada na cintura e os cabelos pingando. — Vou sair com o Minseok, ok? Faça o jantar mais tarde e espere o papai pra comer. — Disse, vestindo o corpo.

— Por que não posso ir? — O submisso perguntou, preocupado.

— É assunto de adulto, meu amor.

O chinês franziu as sobrancelhas ao escutar aquela frase. Inclinou a cabeça, pensativo, e repassou as palavras inúmeras vezes na própria mente. Yuta atacou o cinto depois de calçar os sapatos e apontou para seus óculos e relógio na mesa de escritório. O Dong pegou e entregou ao outro, ainda com a expressão firme.

KINKWhere stories live. Discover now