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ELIZABETH MOORE

   
         Ela era bonita, isso eu tinha que admitir. Belo corpo, pernas compridas, corpo bronzeado e sorriso encantado. É, Francine, a Lider das torcedoras era realmente de chamar a atenção. Porém ninguém sabe que por trás de seu sorriso existe uma falsidade tremenda.

Ela é como uma cobra, prontinha e só esperando o momento certo para te dar bote. Eu não suporto ela! E ela não me suporta também!
Desde sempre houve essa rivalidade entre eu e ela. O problema? Que eu estou cagando pra ela. Mas ela sempre, de alguma forma, acaba tentando me provocar. Naquele instante ela estava justamente na hora da saída passando a mão pelo rosto de Daniel e me observando com seu sorriso cínico. Apenas dei de ombros e cruzei os braços, encostando no poste ao meu lado e esperando aquele panaca. Não tô dizendo que ela está passando a mão em Daniel como uma provocação, a provocação não está nisso. Está nos sorrisos venenosos nas minha direção.

Marcamos de eu começar a ajuda-lo nos estudos hoje mesmo. Ele inclusive fazia sinal para espera-lo mas não saia daquele circulo social cheio de falsidade. Honestamente eu até me orgulho em se ser sozinha nessa escola. De não depender de alguém pra ir ou voltar comigo do colégio, de não esperar a opinião dos outros para terminar um trabalho que na verdade era em dupla mas eu fazia sozinha. E principalmente, de não estar num círculo social. Era só olhar em volta e você tinha a resposta, se me permite dizer, é um chupando o outro, mas quando o outro virava as costas eles falam mal.

Pra isso eu sempre tive dignidade. Se não gosto de alguém, por mais que eu fique isolada, eu não me aproximo. Se sei que a pessoa não gosta de mim seria exatamente da mesma forma. Não vejo necessidade em falar com alguém todos os dias, fingir ser amiguinhos mas ficarem se apunhalando pelas costas. Sinceramente, é uma perda enorme de tempo. E meu tempo já é curto com meus estudos, filmes e séries, não preciso de mais alguém atrapalhando isso.

As vezes me surpreendo com o quanto pareço uma menina revoltada em meus pensamentos.

De saco cheio de esperar, resolvi caminhar até lá a passos largos. Se ele iria embora comigo que fosse agora. Idiota! Afinal, não foi idéia dele naquele jantar idiota de ontem em ficarmos mais tempo juntos? E por culpa dele mamãe acha que temos algum lance. Se ela não estivesse tão cansada de seu plantão eu tenho certeza absoluta que teria me feito milhões de perguntas.

O grupinho social nem me notou. Os jogadores do time e algumas lideres de torcida, principalmente Francine só notaram minha presença quando falei em alto e determinado som: - Daniel!

Ele levantou o olhar do decote de Francine se assustando com minha voz alta. Ele olhou para mim e abriu um sorriso amarelo.

- Se você vai comigo, então venha logo.

- Desde quando si mistura com esse tipinho? - Francine pergunta

- Tipinho é exatamente a palavra que define você. - Falei para ela, ela e qualquer um aqui sabe que não abaixo a cabeça. E honestamente? Não é certo abaixar. Porque no mundo existe milhares de pessoas com personalidades diferentes, de te enche o saco hoje e você não fala nada, não fique surpreso se amanhã acontecer a mesma coisa.

- O que você disse garota?

- Você é surda, Francine? Ela te chamou de tipinho. - A amiga dela disse, me olhando com nojo e com uma esperança de possível briga. Contive a enorme e brusca vontade de revirar os olhos.

- Elizabeth, Você deveria tomar cuidado com suas palavras. Porque não vai hidratar esses lábios secos ao invés de vir aqui chamar meu namorado ? - Ela debochou. Haha. Abri um sorriso debochado no mesmo nível que o dela. Sabíamos todos que eles não eram namorados.

- Eu hidrato meus lábios quando você resolver hidratar seu cabelo, e inclusive, tire as pontas, estão horríveis.

Ela travou a mandíbula, era evidente. Todos ao redor se mantinha calados nos observando.

que discussão estúpida, se é que pode se chamar de discussão. No entanto, para atingir Francine tem que descer exatamente no mesmo nível que ela.

- Agora, namorado de Francine - Pego em seu pulso, puxando Daniel que me olhava de uma maneira que eu não entendia - Venha logo ou eu simplesmente vou embora e não te ajudo.

- Ajudar com o quê? - Francine se intrometeu

- Se fosse para você saber, você ja saberia.

Daniel tinha um sorriso de canto de lábio. Francine me olhava com puro ódio e o grupinho em volta apenas observava. Suspirei alto, cansei já. Preguiça disso. Virei simplesmente de costas, começando a dar passos para longe deles, Daniel que se foda!

Mas justamente quando pensei isso, ouvi seus passos apressados atrás de mim.

- Vamos estudar onde? - ele andou do meu lado

-Na minha casa que não vai ser. - respondi

- Por que não? - ele fez uma careta, acredito que ele achava que era sexy. Mas não é. - Vai dizer que não gostou do jantar ontem à noite?

Algumas pessoas passaram ao nosso lado nos olhando surpresos

- Jantar com nossas mães - Completei mas pareceu piorar. - E não gostei, adoraria que nunca tivesse pisado o pé lá.

Acontece que na merda do jantar, Daniel ficou passando a perna dele pela minha, inclusive abria um sorriso sedutor para mim a cada dez segundos. Quando ele foi embora com a mãe dele eu soltei uma risada muito longa com direito a choro. Ele acha mesmo que sorrisos cafajestes, olhares maliciosos e sua ousadia pode me conquistar? Ele está enganado, acho que ele não percebeu ainda que o jogo que ele joga, eu também sou jogadora. Mal sabe ele, que meu primeiro passo para o coração dele já estava concluído. Agora só faltavam nove.

- Venha Logo, Daniel. Depois de te ajudar eu ainda tenho muita coisa a fazer.

- Tipo ? - ouvi sua ironia. Nem olhei para ele, continuei andando

- Eu sou muito ocupada.

- Com o quê?

- Não te interessa, agora vamos.

- Para onde?

- Sua casa.



" Embora muitas coisas sejam difíceis, relacionamento é apenas uma delas. Você não tem que apenas tomar conta do seu coração como tem em mãos o coração da pessoa.

Relacionamentos é uma parte boa e interessante para o ser humano. Ele proporciona todo tipo de honestidade, alegria, magoa, raiva e agonia. Quando começa é bom, quando termina é apenas duas pessoas com o coração dolorido e partido.

Embora eu nunca tenha me apaixonado, resolvi fazer uma experiência com alguém que pode fazer você se apaixonar mas ele não se apaixona. Palavras dele pois acredito que todo ser humano pode ter o coração amolecido.

Mal sabe ele, que os passos para o coração dele já estão todos preparado. E o primeiro passo eu já concluí.

Pagina 1 do trabalho de filosofia.

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