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ELIZABETH MOORE

V E R G O N H A

Segundo o Google a vergonha de si mesmo normalmente está associada a sensação de defectividade, ou seja está pessoa pode sentir-se internamente defeituosa, má, indesejada, inferior ou inválida. Pode estar associado aos quadros de timidez mas normalmente a vergonha diz mais a respeito da forma como crenças foram introjetadas no decorrer da vida.

Foi isso o que eu li, e a verdade é que o significado da palavra não chega nem perto da vergonha que eu estou sentindo neste exato momento. Quando eu sai do guarda roupa, Meu rosto estava em chamas, meu corpo tenso e eu estou nesse exato momento morrendo de vontade de sair correndo. Honestamente não é uma sensação nada agradável.

Por sorte, a causadora da minha vergonha já tinha descido para a cozinha dela, No entanto as gargalhadas irritantes do filho estúpido dela estava me irritando profundamente.

- Para de rir! - Rosnei

ele continuou

- Garoto estúpido... - murmurei olhando ao redor, iria embora, estava mais do que na hora. Olhei no relógio na parede do quarto dele, eu iria me atrasar para o colégio!

- Ok - Daniel parou e seguiu meu olhar até seu relógio - Relaxa Elizabeth, dá tempo.

- Tempo? Tempo é o que menos temos nesse momento, Daniel. Não posso me atrasar, não quero me atrasar e nem gosto da idéia de me atrasar!

- Elizabeth - caminhou até mim, gesticulei com as mãos tagarelando. Pronto, eu estava com vergonha da mãe dele e nervosa porque chegaria atrasada. Tudo o que menos precisava pra desencadear meu nervosismo.

- O pior é que eu não tenho nada comigo! Olha minha roupa, não tenho minha mochila e muito menos meu material! Foi uma péssima idéia eu ter dormido aqui, culpa do idiota do seu tio!

- Moore - Ele sibilou e parou diante de mim, bem próximo

- poxa, minha mãe vai me matar quando não me ver em casa! - coloquei a mão na mão horrorizada - Sua mãe obviamente vai contar a ela que eu estava aqui, Tô ferradíssima!

- Moore - segurou nos meus ombros olhando fundo nos meus olhos com seu semblante sério - Cala a boca.

- Peça com jeitinho e eu prometo pensar no assunto - ergui uma sobrancelha indicando que eu não estava brincando

Ele sorriu galanteador, aproximou o rosto do meu e sussurrou pertinho dos meus lábios, me fazendo sentir o ar quente de sua boca

- Fique quieta, você está com bafo.

Empurrei ele

- tenho que escovar os dentes também, inferno! Vou escovar como sem escova?

- Usa a minha - ele deu de ombros indo arrumar a bagunça da mochila dele

- Que coisa clichê e nojenta!

Ele sorriu para mim

- Somos clichê, e somos nojentos, você principalmente - fechou a mochila e veio a até mim - Um dia chocolate por toda a boca, no fim do mesmo dia bosta literalmente no pé, e agora bafo. Qual será a próxima srta?

- Minha mão na sua cara.

- Minha boca na sua bala.

- Quê?

- Sei lá - deu de ombros - Vou tomar um rápido banho, já que não quer escovar os dentes com minha escova sua única solução é o dedo.

Bufei e sai do quarto. Quando me olhei no espelho do banheiro eu me assustei com minha própria imagem. Como vou para a escola dessa maneira? Lavei o rosto, molhei pescoço, axilas, atrás da orelha... me sequei com papel e coloquei um pouco de pasta no dedo, escovando os dentes.

QUERO QUE VOCÊ SE APAIXONE POR MIMWhere stories live. Discover now