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ELIZABETH MOORE

Ok, eu não sou boa em descrever algo. Não sou boa em descrever isso.

Como eu poderia descrever a forma que e eu estava me sentindo, ou a forma que estávamos se beijando?

De repente a matéria de Física naquele momento surgiu na minha cabeça fazendo uma análise sobre qual força era exercicida durante um beijo. Em um beijo de língua duas pessoas encostam seus lábios e introduzem sua língua na boca do outro, movimentando tanto línguas quanto lábios e a cabeça.

Que merda estou pensando?

Existem diversos conceitos físicos que podem ser aplicados no ato de beijar. O principal elemento envolvido no beijo de língua, como diz o nome, é a língua.

Desliga cérebro, desliga cérebro!

A língua de um dos praticantes exerce uma força em relação à outra que, por sua vez, exerce uma força de mesma intensidade e direção, com sentidos opostos. Isso acontece repetidas vezes, podendo a ação partir de qualquer uma das línguas, inclusive simultaneamente. Existe um atrito entre as línguas. Porém o atrito é reduzido devido à concentração de saliva liberada pelo casal. A força no caso, com base em física, é força de atrito.

Eu não estou pirando. Eu não estou pirando.

Sim, eu estou um pouco!

Os lábios dele tinha uma intensidade tremenda ao qual não sei como eu estava seguindo da mesma forma intensa. Louca. Extasiada.

Tudo que podia definir aquilo era intensidade.

Eu queria impedir. Eu queria empurra-lo, eu só pensava: "Por que eu continuo o beijando? Por que eu estou pensando em física? "

Eu já tinha a resposta, embora eu não gostasse nem um pouco daquilo.

Mas eu continuei a beija-lo. Mesmo sabendo que eu estava beijando o capitão do time de Basquete, o garoto que eu tanto desprezo.

Mesmo sabendo que era ele, mesmo sendo ele.

Eu continuei a beija-lo. Continuei a receber seus beijos quentes e molhados pensando unicamente que merda que eu estava fazendo.

A merda em si não era estar beijando ele.

A merda em si era estar gostando. Era estar sentindo meu corpo se aquecendo em um sentimento de uma forma que eu não admirava nem um pouco. Era não ter me afastado, empurrado ele e ter dado um tapa na cara dele como a Elizabeth de uma semana atrás faria.

O que mudou?

Foi quando a falta de ar veio. Eu não sei se fiquei aliviada ou frustrada. Não é assim Elizabeth, você tem que tomar o controle, está tudo dando errado! Não foi isso que você planejou!

Mas o que de fato mudou?

Ele estava com a boca vermelha e o cabelo bagunçado. Estávamos uma bagunça, eu estava uma bagunça.

Não só fisicamente, quanto mentalmente.

Foi tão intenso esse beijo que eu ainda podia sentir os lábios dele nos meus. Podia sentir a falta que meu corpo estava sentindo por não ter o dele tão perto.

QUERO QUE VOCÊ SE APAIXONE POR MIMWhere stories live. Discover now