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ELIZABETH MOORE

   Eu fui para minha casa com Daniel, eu troquei de roupa ouvindo minha mãe gritar comigo dizendo o quanto eu fui irresponsável por:

A) Não avisar que Margareth ia dormir na casa da amiga.

B) Não avisar que eu ia dormir fora.

Ela apenas parou de gritar para falar com Daniel de forma acolhedora, o mesmo explicou que eu fui convidada para ir na casa dele e eu acabei dormindo por lá, minha mãe fingiu que engoliu. E enquanto eu pegava meu material mamãe quis saber de Margareth.

Eu expliquei: Meu celular havia morrido na hora que eu ia avisar. Mas ela apenas fingiu que engoliu, gritou comigo de novo e foi dormir pois chegou bem tarde do Hospital.

- Tudo isso por sua causa - Eu disse a Daniel

- Por minha causa? - Ele sorriu e passou o braço por cima de meu ombro - Vale a pena então?

- Não sei, estou decidindo ainda - murmurei - Agora vamos.

Fomos para a escola, e durante o caminho eu só conseguia pensar: Como seria?

Como seria eu e ele, lá.

Como agiriamos.

E eu me senti tão mal pelo simples fato de estar me sentindo mal. Pelo fato de querer que aqueles momentos entre eu e ele não acabasse.

E eu só tive certeza do meu medo de alguma coisa naquela nossa convivência mudasse quando paramos diante a escola.

- Estamos atrasados, melhor nem tentar entrar - murmurei

- A inspetora vai nos deixar entrar - Ele disse me guiando. Parei de andar e ele me olhou confuso.

- Eu não quero entrar.

- Por quê?

Olhei para ele e olhei para seu corpo tão próximo do meu e novamente olhei para os olhos dele. Ele entendeu.

Entendeu meu medo de entrar. Entendeu meu desconforto de assim que pisar lá alguma coisa mudasse.

Eu me sentia tão estúpida por agir e estar pensando daquela maneira. Mas eu estava simplesmente cansada de esconder de mim mesma as coisas que eu sentia.

- Nada vai mudar, Elizabeth - ele se aproximou mais - Se depender de mim, nada vai mudar.

engoli em seco

- De qualquer maneira... - murmurei olhei para trás, para as ruas que guiava para longe da escola

- Que tal irmos naquele cinema? - Ele perguntou com seu habitual tom malicioso - Você me deve uns amassos.

Sorri na mesma intensidade que ele

- Eu topo.

Começamos a caminhar para longe dos portões da escola. Ele com o braço em minha cintura e um sorriso cafajeste em seus lábios

- Elizabeth Elizabeth, o que está acontecendo com você que está me incentivando a cabular aula?

- Em vez de abrir a boca para falar comigo, poderia usar ela para outra coisa, não acha?

Ele soltou aquela risada, aproximou o rosto e me beijou.




O cinema havia sido interessante. E obviamente vazio já que era de manhã.

Não foi interessante pelos amassos, teve muito disso mas pelo fato do clima entre nós estar tão agradável. Daniel conversava e ria junto comigo, e como aquela velha frase clichê: "É bom demais o som da minha risada e da dele se misturando".

QUERO QUE VOCÊ SE APAIXONE POR MIMWhere stories live. Discover now