Capítulo 4

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Em pleno o sábado, não sei dizer por que razão o meu cérebro decidiu, que eu não precisava mais dormir e me conhecendo bem, eu tinha certeza que não iria conseguir dormir de novo.
Então eu sabia que só me restaria levantar, e foi o que fiz . Olhei para o relógio e eram 6:00 da manhã, tomei um banho coloquei uma legging um tênis e camiseta fiz um rabo de cavalo e sai para correr .
Haviam poucas pessoas na rua, a essa hora, o sol estava brilhando no horizonte, comecei com o alongamento por 15 minutos e depois comecei uma caminhada, e após 10 minutos passei a correr com o fone no ouvido assim me focaria apenas na música e na corrida .
É engraçado como nem mesmo um dia lindo e caloroso de verão, não é capaz de me fazer sorrir ou sentir qualquer coisa.
Sei que de fato já está na hora de superar as tragédias que passei mas, pra dizer a verdade
eu não me importo mas com a vida não há razão pra continuar, eu não tenho nenhum motivo, nem expectativas.
Todos os dias eu apenas me levanto, espero o anoitecer e levanto de novo , é como uma vida programada.
Eu apenas queria não fazer parte de tudo isso, queria que tudo fosse diferente.
Mas eu jamais conseguiria mudar as coisas ou acreditar em algo bom de novo , pois minha alma estava ausente.
Sou apenas um corpo vazio, desprovido de qualquer sensação. Se nem mesmo viva eu me sinto, então me diga o que me resta?
Eu não espero que alguém me entenda sem me julgar.
Ou que sejam compassivos,
Na verdade eu nem quero ser notada, apenas quero fazer algo por que eu decidi de livre e espontânea vontade e não por que me fizeram ou me obrigaram.
Depois de correr por 1 hora
e 30 minutos entrei em uma lanchonete e fui tomar café da manhã eram 8:05 da manhã pedi um sanduíche natural e um suco de abacaxi, comi lentamente enquanto pensava nas decisões que eu estava prestes a tomar.
Alguns minutos depois a cadeira ao meu lado do balcão, foi ocupada por alguém, nem me dei ao trabalho de olhar quem era, como eu sempre fazia ignorei apesar de saber que pelo perfume com certeza seria um homem. Discretamente me afastei o máximo que o espaço permitia, principalmente por que não me sinto a vontade perto de nenhum homem.
Como sempre, evitei contato visual e me mantive distante.
Mas mesmo assim eu podia sentir seu olhar quase queimado minha pele, mesmo sem vê seu rosto e aquilo sinceramente estava de deixando apavorada então tentei ser o mais natural possível, peguei a comanda da lanchonete fui até o caixa e paguei depois sai rapidamente antes que o estranho viesse atrás de mim.
Já estava bem a frente da lanchonete quando percebo um corpo correndo em minha direção e dizendo algo que ignorei, eu não consegui ver se era homem ou mulher pois acelerei o passo ainda mas, porém assim que atravessei o farol fui surpreendida por uma mão grande que segurou o meu braço com agilidade, tentei me soltar mas seja lá quem fosse me segurava e eu estava começando a entrar em pânico pois não queria passar por todo aquele horror de novo.
Comecei a me debater até que meus dois braços foram imobilizados pela pessoa, pela altura e força eu já havia deduzido que era um homem, e honestamente eu não iria permitir que ninguém me tocasse contra minha vontade
novamente. Nem que pra isso eu tivesse que acabar com essa droga de vida que tenho então tentei chuta-lo mas foi inútil. Tentei escapar mas falhei, e as lágrimas já molhavam meu rosto de um jeito que tudo na minha volta era apenas um borrão. E então o inesperado aconteceu o estranho soltou meus braços. Minhas pernas ficaram trêmulas e cai no chão ofegante e desorientada.

—Ei! moça por favor, se acalme, eu não vou te machucar ok! Relaxe está tudo bem! ele dizia.

Mas meu cérebro já estava tomado pelo pânico e eu não podia controlar o medo que sentia, foi aí que comecei a ouvir meus próprios soluços, percebi que estava chorando e meu corpo todo tremia.
Quando minha visão ganhou foco, olhei o estranho a minha frente ele parecia extremamente preocupado, como se realmente tivesse feito algo ruim, e por um momento me senti envergonhada em especial por que percebi que ele segurava meu celular em uma das mãos.
O provável motivo de ele vir atrás de mim .
Olhei a minha volta e uma pequena multidão havia se formado ao nosso redor. E aquilo só me fez ficar pior, o estranho homem percebeu e deu um jeito de dissipa-la agradeci mentalmente.

— Olha moça eu... por favor me desculpe! eu nunca imaginei que você se assustaria dessa forma, eu só vim lhe entregar o celular, que você deixou no balcão, eu estava ao seu lado na lanchonete e vi quando saiu e o deixou no balcão, me desculpe diz .
Eu só consegui assentir freneticamente com a cabeça concordando ele entregou meu celular e eu sair em disparada para minha casa, já havia passado vergonha demais para um dia.
Ao chegar em casa tomei um banho me deitei, e li o livro A Química de Stephanie Meyer e acabei cochilando no sofá.
Acordei por volta da uma da tarde e fiz um macarrão instantâneo, assisti Código de conduta um filme de ação muito bom, gostei bastante do ator principal pois assim como eu, ele não tinha mas ninguém pois mataram sua família. Mas diferente de mim ele reagiu e se vingou. Eu por outro lado apenas sobrevivi eu acho.

MariaUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum