Capítulo 7

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Não entendo, se estou morta eu não deveria está livre de todas essas sensações desagradáveis?
Tento abrir meus olhos mas parece impossível a claridade é como uma tortura, até respirar dói, minha garganta está terrivelmente seca, tento abrir os olhos novamente e depois de quase cinco minutos tentando finalmente consigo abrir.
Tudo é muito confuso não sei onde estou mas amaldiçoou essas dores insanas que sinto agora, tento me mover e percebo que em minha boca há um tubo e agulhas em meus braços ouço um bipe irritante e só então percebo que estou em um maldito hospital, tento lembrar o que aconteceu mas minha cabeça dói muito, pela tentativa então desisto aperto um botão que serve para chamar alguém e minutos depois um homem entra.
Ele me parece familiar mas não sei de onde o conheço, ao me ver seus olhos se arregalam provavelmente pela surpresa tento falar mas nenhum som sai, queria pedir água mas não consigo ele me faz algumas perguntas e apenas confirmo que sim ou que não com a cabeça
embora esse simples gesto pareça uma tortura.
Após alguns minutos uma enfermeira entra e me oferece um copo com água e tomo de bom grado assim que ela retira o tubo que está em minha boca.
eleva um pouco a cama para que eu possa beber a água e imediatamente meu corpo protesta, depois de me dar água ela verificou os medicamentos que estou tomando na veia e anotou algo em sua prancheta mede minha temperatura depois sai do quarto.
Estou impaciente e rezando para sair desse lugar ouço uma voz familiar e logo ele entra acompanhado do médico

- Graças a Deus minha filha !!
Nunca mais me dê um susto desses, já estou velho demais para isso não acha?

Dou-lhe um sorrisinho sem graça sem entender do que ele está falando. Assim que o médico sai o Senhor Mccby Senta na cadeira próxima da minha cama e apesar do seu sorriso seus olhos estão tristes.

- Você está bem minha filha?
ele pergunta.

- Sim! respondo com a voz fraca .

E para a minha surpresa vejo o senhor Mccby chorar o conheço a alguns anos e nunca o vi assim, e não sei o que fazer além de ficar paralisada encarando o homem que considero como um pai soluçar baixinho fecho os olhos tentando conter as lágrimas por vê-lo tão triste e quando abro ele me olha como se esperasse uma explicação que eu não tenho como dar.

- Por que fez isso Maria? Olha filha sei que sua infância e adolescência foram bastante traumática mas está na hora de você superar e viver sua vida.

O silêncio toma conta do quarto...

- Filha eu... Quando recebi aquela ligação foi como se uma parte de mim fosse destruída.
Eu sei que deve ser difícil conviver com tanta dor mas você se fechou para o mundo e não deixa ninguém te ajudar.

- Eu ... Sinto muito digo enquanto sinto as lágrimas caírem livremente pelo meu rosto.
O senhor Mccby me olha e segura minha mão enquanto diz:

- Sinto muito filha mas vendo a que ponto chegamos a decisão que tomei é irrevogável .

Olho para ele com o cenho franzido sem entender o que isso quer dizer e então ele continua

- Assim que sair do hospital terá que fazer terapia intensiva e irei acompanhar você em todas as seções e se optar por não fazer infelizmente terei que afasta-la da empresa .

Abro a boca para protestar mas ele me impede e diz assim que tiver alta começaremos e passará a morar em minha casa já conversei com minha esposa contenho a vontade de revirar os olhos pois o respeito muito e sei que ele pensa que é para o meu bem, mas não irei morar na casa dele de jeito nenhum.

MariaWhere stories live. Discover now