𝑜𝑛𝑧𝑒

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Não somos, não, nós não somos amigos
Nem nunca fomos
Nós apenas tentamos manter esses segredos à luz
Mas se eles descobrirem, tudo vai dar errado?
E o céu sabe, ninguém quer isso

- Oi - Foi a única coisa que Ellen conseguiu pronunciar. Seus lábios haviam se ressecado e por alguns minutos ela jurava não se sentir mais em seu próprio corpo.

- Oi... - A voz de Patrick ecoou como um sussurro, causando um arrepio longo na loira. Ele se sentou no sofá e ensaiou algumas palavras em sua cabeça antes de dizer qualquer coisa. - Como foi lá? - Seu tom de voz era um tanto apreensivo.

Então eu poderia tomar o caminho de volta
Mas seus olhos vão me levar de volta pra casa
E se você me conhece, como eu te conheço
Você deve me amar, você deve saber

- Foi... foi normal - Suas pernas vacilaram por alguns segundos, mas ela conseguiu fazer todo o caminho para atravessar a sala. - Eu vou subir... - Anunciou, deixando um vazio no ar.

- Certo. Eu também estava subindo - Patrick foi rápido e em apenas uma volta ele já estava ao lado de Ellen.

Subiram a escada lado a lado, Ellen caminhava em direção ao seu quarto e Patrick a acompanhou até a porta.

- Vai entrar? - Questionou, quando já estava dentro do cômodo.

Patrick mirou seus olhos nos delas por alguns segundos, pensando se deveria ou não. Ellen mexia a maçaneta inquieta, mordendo o lábio inferior algumas vezes.

- Vou sim - Ele disse por fim e ela deu passagem para ele, em seguida fechou a porta.

Amigos apenas dormem em camas separadas
E os amigos não me tratam como você trata
Bem, eu sei que há um limite para tudo
Mas meus amigos não me amam como você
Não, meus amigos não me amam como você

Ellen caminhou até sua penteadeira e tirou do cabelo os grampos que ela havia colocado para prender o coque que havia feito.

- O que é o seu normal? - Inquiriu, um tento inquieto.

- Não foi um encontro, Patrick. Foi como eu disse que seria, só iríamos falar de trabalho - Ellen disse rápido, soltando um pouco de ar dos pulmões em seguida.

Nós não somos amigos
Nós poderíamos ser qualquer coisa, se nós tentarmos
Para manter esses segredos seguros
Ninguém vai descobrir
Se tudo deu errado
Eles nunca saberão
O que nós passamos

- Me faça acreditar - Patrick sussurrou no ouvido de Ellen, fazendo ela se assustar com a aproximação repentina. Um beijo foi depositado no pescoço da mesma, deixando acesa todas as partes de seu corpo. - Me faça acreditar que ele não tentou nada com você - Sussurrou novamente.

- E o que isso importa, pode me dizer? - Sua voz saiu fraca ao sentir o corpo do homem se encostar ao seu.

- Importa que... - Ele segurou o cabelo de Ellen em uma só mão e a puxou devagar um pouco mais parar trás. Patrick beijou o pescoço de Ellen novamente.

Então eu poderia tomar o caminho de volta
Mas seus olhos vão me levar de volta pra casa
E se você me conhece, como eu te conheço
Você deve amar, você deve saber.

- Diga, o que isso importa? - Em um tom quase inaudível, Ellen sussurrou.

- Não quero que você queira ele. Não quero que você o escolha. Porque eu quero você. E eu quero... quero que você me escolha - Patrick disse tudo de uma só vez e suspirou forte.

Um silêncio se vez e Ellen se virou para ele.

Amigos apenas dormem em camas separadas
E os amigos não me tratam como você trata
Eu sei que há um limite para tudo
Mas meus amigos não me amam como você
Não, meus amigos não me amam como você

- E se eu te escolher, e se eu te quiser e depois você ter que ir embora? - Seus olhos se encheram de lágrimas.

- É esse o seu medo? - Ele acariciou o lado direito do rosto de Ellen e segurou firme em seu queixo fazendo a mesma o olhar.

Mas, novamente
Se nós não somos amigos
Alguém pode te amar também
E, em seguida, novamente
Se nós não somos amigos
Não haverá nada que eu pudesse fazer

Os lábios se uniram e ficaram apenas assim por longos segundos, um pressionando o outro. Patrick pediu passagem com a língua e Ellen cedeu rapidamente.

Os corpos se aproximaram e o beijo tão ansiado, aconteceu. As línguas dançavam uma valsa lenta, uma explorando o boca do outro.

Patrick apertou a cintura da loira e a bocas se separaram apenas para dar lugar a um gemido rouco e baixinho da boca de ambos.

Os corpos sedentos um pelo outro, queimavam de desejo.

Ellen sentiu seus pés saírem do chão e só entendeu quando percebeu estar sentada na penteadeira. Patrick se encaixou entre suas pernas e beijou forte seu pescoço, as mãos de Ellen passeava pela sua nuca e subia para seu cabelo.

As bocas se uniram novamente, a intensidade dos beijos aumentaram. O calor dos corpos aumentara. Suspiros e sussurros eram ouvidos no ar. As almas haviam se conectado e agora, já era bem mais do que o tesão.

E é por isso que amigos devem dormir em camas separadas
E os amigos não devem me beijar como você me beija
E eu sei que há um limite para tudo
Mas meus amigos não me amam como você
Não, meus amigos não vão me amar como você
Oh, meus amigos nunca vão me amar como você

A música é Friends do Ed Sheeran (vocês devem conhecer kkk)
Espero que gostem!!!!
Comentem e votem, porque me anima muito!
Ps: desculpem os erros.

Até que eu vά Where stories live. Discover now