𝑠𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑒 𝑑𝑜𝑖𝑠

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Segundo as pesquisas, segredo é uma informação valiosa, mas que se for tornada pública pode comprometer algo ou alguém, geralmente não podendo ser revelada a determinadas pessoas.

Secreto é um modo de dizer que alguma coisa ou alguém é um segredo, está escondido, não é público; pode ser descoberto, mas não é recomendado.

Quando mantemos algo em segredo, o nosso maior desejo é que aquela coisa nunca seja descoberta. Mas é raro as coisas não virem à tona. E quando a verdade vem é como uma avalanche movida pela tempestade, fazendo com que tudo aquilo que você tanto lutou para permanecer de pé, desmorone.

- Brilha linda flor, teu poder venceu, trás de volta já o que uma vez foi meu. Cura o que se feriu, salva o que se perdeu, trás de volta já o que uma vez foi meu, uma vez foi meu. - Ellen cantou para sua filha enquanto balançava a mesma de um lado para o outro.

As luzes do quarto estavam apagadas, e ela sussurrava a música para a pequena que fechava os olhos vagarosamente.

- A mamãe ama você. - Ellen sussurrou para ela que já havia se rendido ao sono. Deixou-lhe um cheiro e então a colocou em seu berço.

A loira encostou a porta do quarto e passou as mãos pelo cabelo exasperadamente, havia tanta coisa para fazer e ela não conseguia fazer nada.

Patrick havia ido para a empresa para uma reunião, então hoje era ela e Louise apenas.

Ela pegou seu celular e ligou para Lyan, seu secretário, para que ele a atualizasse de tudo que se passava na empresa.

- Eu só não consigo entender como vocês conseguiram deixar tudo isso uma bagunça. - Ela disse brava olhando a tela de seu computador, vendo todos os dados que ele mandara.

- Desculpa senhorita Pompeo, Amanda disse que havia um jeito mais prático para resolver tudo e acabamos seguindo ela. - Lyan murmurou envergonhado.

- Por acaso eu deixei Amanda no comando? Não! Então não deveriam seguir nada do que ela dissesse. E outra, se esse fosse o jeito mais prático eu teria passado para vocês, não acham?! Agora eu tenho um puta trabalhão para resolver tudo.

- Desculpa senhorita Pompeo. - Lyan disse outra vez, totalmente envergonhado.

- Ok Lyan, seu pedido desculpas não resolveu um terço do necessário, mas obrigada. - Ela suspirou. O chorinho de Louise soou pela babá eletrônica. - Minha filha acordou, prepara a papelada que estou indo para ir.

- Ok senhorita Pompeo. E parabéns pela sua filha, ela é linda. - Ellen sorriu por um momento.

- Obrigada Lyan. - Ela desligou.

Ellen foi até o quarto de sua filha e quando acendeu a luz e se aproximou do berço, os olhos verdes brilhantes de sua filha lhe fitaram.

- Você já acordou meu amor? - Sua voz mudou. Louise soltou um gritinho contente em ver sua mãe. - Nós vamos dar um passeio, ok? Hoje é o dia de levar a filha ao serviço da mamãe. - Ela pegou sua filha em seus braços.

Ellen colocou Louise no bebê conforto para tomar um banho rápido, quando terminou, foi para o quarto com a pequena e vestiu uma roupa adequada. Quando estava pronta, preparou a bolsa de Louise, e saíram.

Não demorou muito para chegarem até a empresa, ela desceu do carro e pegou sua filha que estava no banco de trás em sua cadeirinha. Pegou a bolsa e subiram ao prédio.

- Senhorita Pompeo. - Lyan saiu apressadamente de trás do balcão quando viu Ellen entrar no local.

- Está tudo na minha mesa? Espero que já tenha se adiantado. - Lyan quase que não ouviu o que ela falara estava totalmente perdido em Louise.

- Posso pega-la um pouquinho? - Ellen sorriu com o pedido dele e passou a menina para os braços dele. Ela fez um beicinho.

- Sem choro. - Ellen disse firmemente para a pequena. - Preciso trabalhar, vamos Lyan.

Eles caminharam para o escritório de Ellen, Lyan brincava com Louise, e ela sorria. Ellen sorriu ao vê-lo se divertir.

Chegaram ao escritório e Lyan precisou voltar ao seu trabalho. Ellen colocou Louise no canguru e tratou de começar a consertar a bagunça que sua empresa estava.

Louise dormiu, acordou, chorou, mamou, brincou. Não foi fácil para Ellen conseguir fazer tudo enquanto cuidava de sua filha, mas ela conseguiu. No fim do dia ela estava totalmente satisfeita, cansada, mas satisfeita. Agora estava tudo em seu devido lugar.

Ela arrumou suas coisas e saiu do seu escritório, trancando o mesmo. Por estar no horário de saída, uma roda se formou em sua volta e começaram a parabenizar por Louise e brincar com a mesma.

Quando saíram do prédio, Ellen decidiu passar no Starbucks. Por ser perto, ela deixou seu carro no estacionamento da empresa mesmo e foi caminhando até lá.

Quando chegou, se aproximou do balcão e esperou as duas pessoas à sua frente serem atendidas. Seu olhos correram pelo o ambiente e acabaram encontrando um rosto conhecido.

A cena seguinte a chocou, ela não teve reação alguma, seu corpo travou.

Uma jovem morena, um pouco mais nova do que ela. Seus dedos correram sobre os cachos de cabelos conhecidos para Ellen, a mulher o beijou. Um beijo um tanto demorado. Ele sorriu quando as bocas se distanciaram. Ele olhou para a frente por um segundo, seus olhos encontraram com os de Ellen.

Ela olhou para a frente rapidamente, as lágrimas pesaram em seus olhos. O ar lhe faltou. Ela saiu rapidamente dali.

- Ellen! Ellen! Espere! - Patrick a gritou. Ela não soube dizer o porquê, mas parou. - Ell... me perdoe. Eu...

Ela se virou. Louise dormia em seu ombro. Ele se aproximou tentando lhe tocar.

- Não! Não! Não me toque. - Ela se afastou. - Como... Como você pôde? Patrick... - Sua voz sumiu. Ela lutou, mas as lágrimas correram sobre seu rosto.

- Perdão. - Foi a única coisa que ele disse.

Ela se virou sem falar mais nada e foi embora. Seu coração estava em pedaços, as lágrimas caíram mais forte. Não podia ser real, simplesmente não podia.

Ellen pegou seu celular que estava em seu bolso da calça e ligou para a única pessoa que poderia lhe consolar agora, Sandra.

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Até logo!!
#semrevisão
Bjs manas!

Até que eu vά Onde histórias criam vida. Descubra agora