Armadilha

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O jovem alfa e seu amor proibido


-Precisamos conversar, tem algo que precisa saber antes de tudo.

-Eu só preciso saber se me amas.

-Mais que tudo Isa, desde o minuto que meus olhos viram-na naquela praia, tão bela, tão vulnerável, tão divina, eu a quis proteger, cuidar, salvar, amar enfim.

Abraço-o e sinto seu coração disparar. Sim é real, aquele homem me ama de verdade.

-Isa vem comigo, preciso te contar algo, te mostrar uma verdade.

Levanto e acompanho J até uma cabana afastada, a noite começa a cair, posso ver no céu a grande Lua Cheia.

J fecha a porta e as janelas, coloca algo no fogo e senta a meu lado na cama.

-Isa, eu amo você, mas antes..

-Sem, mas J, vovó dizia que tudo que vem antes de um mas, não tem valor, então não diga que me ama seguido de um mas.

-Preciso te contar algo importante sobre mim, minha família, minha história.

-Parece importante, diga.

Sorrio e afago seu rosto, J segura minha mão e encara-me sério.

-Eu sou de uma família de lobisomens, eu sou um alfa.

Levanto-me num impulso me afastando, sentindo arder meus olhos com lágrimas involuntárias que brotam e embaçam minha visão.

-Não pode ser J.

-Isa acalme-se eu nunca a machucaria, eu te amo, eu

-Mentiu pra mim.

Grito afastando-me para a porta. J num salto se põe entre mim e a saída e implora.

-Não saia eu não poderei segui-la, não hoje, por favor, não saia daqui, ouça. Por favor, minha vida, me deixa explicar.

-Saia da minha frente J, seu mentiroso, você, todos, mentiram, me usaram, zombaram de mim, você me viu, você viu o que me fizeram.

-Isa, não somos iguais, não somos como eles, eu sou diferente, eu não menti, ninguém te usou, nós estávamos a sua espera, nós precisamos de você.

J aproxima-se tentando me abraçar, escapo por entre seus braços e corro pra fora, sem olhar pra trás, apenas ouço um rugido que me gela a alma e só estimula minhas pernas, correndo sem rumo.

Tarde da noite escuto passos, risos e reconheço Dalila com uma lanterna me chamando:

-Isa, ela diz debochada, onde está menina? É perigoso aqui, venha, vamos.

Saio detrás da árvore chorando ela se aproxima sorrindo e me abraça:

-Ah querida, o que foi?

Deixo-me abraçar e choro contando o ocorrido.

Ela sorri me afaga levando mais para dentro da floresta, desatenta sigo com ela, quando de repente sinto faltar o chão, estou caindo no rio que estava congelado.

-Dalila, socorro. Grito

Ela apenas sorri, desliga a lanterna e me diz:

-Ele nunca será seu, francesinha nojenta, não é bruxa? Salve-se.

Não posso imaginar quanto tempo fiquei ali, apenas lembrei-me de Leviosa, senti subindo daquele buraco gelado, mas já estava muito fraca e apenas rolei na neve.

Sinto algo quente em meu rosto e abro os olhos. Tento correr, mas estou paralisada de medo.

Olhos enormes me encarando, olhos azuis, límpidos, quase humanos.

Mas o que vejo não é uma pessoa.

O lobo parado em minha frente lentamente deita-se sobre mim, eu sinto sua pelagem e seu calor.

Ele apoia sua cabeça bem perto do meu ombro e lambe meu rosto novamente.

Sinto meus braços involuntariamente se moverem e o abraçar contra mim, é quente e reconfortante.

Deixo-me chorar. O lobo fecha os olhos, imóvel em meu colo.

O vento sopra indicando que o tempo está passando.

Ergo lentamente e o lobo senta a meu lado.

Olho pra ele

_J?

O lobo apenas me olha fixo.

-Eu não sei o que significa isso?

O lobo morde levemente a manga do meu casaco puxando para o lado.

Ando a seu lado até a vila.

O jovem alfa e seu amor proibidoWhere stories live. Discover now