-Não fuja de mim, não tens para onde ir, eu já estou em seu coração como estais no meu. Sei que errei em não te contar antes, mas não poderia ficar sem você. Por favor, seja eternamente minha, seja minha alfa, seja a minha vida.
Sinto o seu coração disparar, mergulho naqueles olhos e me ouço dizendo:
-Sim.
Beijo docemente, ele me abraça em retribuição, sorrindo e diz.
-Minha vida. Sim? Você me aceita?
Afago seu rosto e rio. -J eu te amo, claro que te aceito.
-Tenho que informar sua decisão ao xamã, ele fará a cerimônia antes da próxima lua, tu serás nossa rainha.
-Calma J, calma, agora eu só quero dormir, estou exausta.
Na manhã seguinte acordo com um burburinho, olho ao redor e parece que toda a vila está na cabana, J caminha até mim, me abraçando e pede silencio:
-Sim, ela aceitou, oficialmente temos nossa rainha. Somos uma família completa.
Todos aplaudem e eu só consigo pensar que meu cabelo deve estar horrível, não pior que minha cara. A vó se aproxima e sussurra pra mim:
-Ixa linda.
-Vamos preparar a cerimonia.
-Temos que esperar a próxima lua.
-Ela precisa de um vestido e flores, eu providencio.
Cada um falava algo e eu apenas sorria para todos.
J apenas acenou e todos saíram.
Ele se ajoelhou diante de mim e fez uma reverencia:
-Isa, você me fez o homem mais feliz do mundo. Obrigado por aceitar.
Ajoelho diante dele e o beijo. -Não fale mais nada querido.
Alguns rapazes se aproximam e puxam J levando-o para fora da cabana, tento seguir, mas algumas meninas seguram meus braços sorrindo e apontando algumas flores.
-Vamos preparar vocês para o casamento.
-Mas eu, ainda é cedo, não.
-Nada disso, Isa casar logo.
As mulheres entram na cabana me arrumam, vestem-me lindamente com um vestido branco florido, colocam uma cora de flores e fazem cachos em meus cabelos.
-Estou magnifica.
Vó se aproxima e estende a mão pra mim.
Seguro e saímos da cabana.
A vila está toda enfeitada.
Todos estão sorrindo pra mim, um enorme corredor de pessoas cantando e batendo palmas quando a vó passa comigo por eles.
Então meus olhos veem J.
Suspiro e sinto estremecer, é ele, lindo, cabelos molhados, casaco preto, seus olhos iluminam-se a me ver se aproximando e então me abraça.
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-Não vai ficar assim loirinha, eu ainda irei te destruir.
Dalila falava baixo ao lado de Twuin que ao longe olhava a cena com ódio.
A vida seguia tranquila e feliz, os recém-casados estavam sempre sorridentes e a vila parecia ter finalmente aceitado a jovem como sua nova líder, uma vez que provou sua lealdade e coragem salvando uma das mulheres de seu povoado, ficando gravemente ferida.
Todos estavam satisfeitos em suas vidas corridas que não notavam dois jovens enraivecidos tramando sua vingança.
