Friends

Capitulo 13

N/A: as notas vieram antes hoje mas só pra dizer pra vocês lerem o capítulo ouvindo chasing cars - snow patrol.

"A vida humana é feita de escolhas. Sim ou não. Dentro ou fora. Em cima ou embaixo. E também há as escolhas que importam. Amar ou odiar. Ser um herói ou um covarde. Brigar ou se entregar. Viver. Ou morrer. Essa é a escolha importante. E nem sempre ela está nas suas mãos."
Grey's Anatomy

Pov Caitriona

E se eu morrer agora? Eu não dançaria, não andaria mais pelas ruas e nem levaria multas de trânsito, não sorriria para alguns estranhos simpáticos. Eu não atenderia os telefonemas dos meus pais, nem responderia as mensagens de texto acomuladas. Eu não iria mais encontrar com as pessoas do trabalho, e não sairia para comer naquele meu restaurante japonês preferido que fica perto do meu prédio. Ninguém jamais voltaria a ouvir uma só palavra minha, e as músicas que tocarão nas rádios causariam angustia para quem já as ouviu quando eu cantarolava. Ninguém voltaria a presenciar meus ataques de risos espontâneos, o som da minha gargalhada se calaria para sempre. Nunca mais poderia agradecer pelo que me foi dado, e nem reclamaria pelo que me faz mal. Alguém de repente passaria a apreciar os meus surtos? Irá alguém dizer que preferiria mil vezes me ouvir tagarelar a presenciar o barulho do meu silêncio eterno? Depois de uma semana, quando passarem em frente a minha casa, lembrarão que foi ali que vivi? Lembrarão de mim? Talvez sim, talvez não! A única certeza que eu tinha naquele momento em que tudo a minha volta era caos, era que existia uma pessoas que jamais se esqueceria. Ele jamais se esqueceria de mim...

Dizem que quando estamos entre a vida é a morte um filme sobre nossa vida passa bem diante de nossos olhos, e aquilo poderia ser verdade. Aquela frase clichê, que todos diziam e eu nunca sequer acreditei era real. A minha vida vinha em imagens repartidas, minha infância com vários irmãos, minhas adolescência com várias garotas, minha vida adulta com vários amigos... Mas o rosto dele sempre era presente no meio desses fleshes de vida que me inundava. Sam, em algum lugar na minha mente eu sabia que devia encontrá-lo... Mas meu corpo era pesado demais agora, não tinha dor, eu sabia que devia sentir alguma dor mas tudo que era capaz de sentir era um enorme peso no meu corpo, um peso que não sei se conseguiria suporta-lo...

2 Horas Antes

A gravação finalmente tinha terminado, o céu já estava com um azul escuro e as luzes do estacionamento pareciam fracas. Sam havia me mandado fotos durante o dia e eu tentava ver assim que as recebia, ele tentava me fazer sentir parte do dia dele já que eu estava presa no trabalho. Sam tinha me ligado do facetime durante um dos meus rápidos intervalos e sua sobrinha tinha aparecido se sentado ao lado dele e me fazendo várias perguntas. Eu já estava acostumada com crianças a minha família era uma grande entusiasta em fazer bebês, mas Ellie era uma mini Sam, era curiosa e ativa, me fez perguntas que eu não sabia como responder, perguntas do tipo: "você vai se casar com o padrinho?" "se vocês se casarem então você será a minha madrinha?" "vocês vão ter um bebê? eu gostaria de ter um primo". Todas aquelas perguntas me assustavam e Sam sabia daquilo mas de alguma forma elas não me incomodavam como incomodavam antes. Talvez eu realmente estivesse começando a me acostumar com a ideia de ser mãe, de casar com o amor da minha vida e de fazer parte de uma família que não eram os Balfes.

Mal podia me aguentar de ansiedade de vê-los e finalmente estar com eles como a namorada de Sam, eu mal podia esperar para vê-lo, estávamos longe há poucas horas e eu já sentia a falta dele com todas as fibras do meu corpo.

"Amor está tudo bem? Já saiu? Cuidado... Eu te amo"

Sorrio ao ler aquilo, Sam era sempre tao superprotetor e cuidadoso, de uma forma que não me invalidava nem de uma forma que me fizesse me sentir menos. Eu poderia ser a mulher forte e independente que era mas poderia ser indefesa e frágil com ele, ele nunca usava aquilo contra mim.