Capítulo 17 - O sorriso dela em minha boca

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O quão precipitado você pode ser ao fazer uma escolha? Se nossas vidas giram em torna do nosso egocentrismo, o poder do livre arbítrio é só um mero detalhe. Não escolhi sentir tudo o que sinto pela Lauren, mas mais do que uma questão de qualidades ou defeitos, assim que pairei meus olhos sobre ela dentro da minha própria casa senti que de alguma forma ela mudaria minha vida para sempre.

- Você a ama? – Taylor quebrou o silêncio sobre nós.

- O que você acha? – respondi enquanto entornava um copo de whisky.

- Que essa é uma forma muito estranha de demonstrar amor.

- E o que você sabe sobre isso? Você namora o Christopher.

- Pelo menos ele me dá flores.

Sorrio com seu escarnio e volto a completar:

- Como um bom menino clichê.

- Talvez ser comum seja bom, pelo menos nunca terminei amarrada na cama dele como se eu fosse um nada. – cuspiu as palavras, fazendo-me esmorecer.

- Olha aqui Taylor – me aproximei agarrando seu pescoço e comprimindo nosso olhar – Não esqueça que ele me deu de presente você essa noite, o que sugere que eu posso fazer o que eu quiser! – sorri diabolicamente e em um surto de raiva ela cuspiu em mim, reagi e dei um tapa na sua cara deixando meus dedos marcados em sua pele.

- Sua nojenta, eu odeio você! – Taylor gritou em lágrimas.

- Não chore meu amor – abri um sorriso em meus lábios – Deixa isso para quando eu te fizer gozar.

- Você não vai encostar um dedo sequer em mim! – sua boca estava trêmula.

- Eu me esforcei muito para ser uma boa garota, sabe o que eu ganhei em troca? Nada! Porque garotas são adestradas para serem boas na vida, para serem sensíveis, para ter o dom do perdão, enquanto os homens continuam fazendo o que querem e voltam para suas casas como se nada tivesse acontecido.

- O que você quer dizer com isso?

- Christopher te oferece e eu que sou a vilã aqui? Eu posso te foder Taylor e mesmo assim você vai voltar para os braços dele, como se ele fosse o herói, sendo que quem fez que você estivesse aqui não fui eu, foi ele.

- Ele não sabe das consequências, é inocente... – seu olhar estava tão desnorteado quanto o som da sua voz.

- Eu pensei muito em deixar que nada acontecesse essa noite, mas eu vi que realmente vale a pena, porque esse é um mundo de merda onde as mulheres continuam se jogando contra as outras, enquanto os homens riem as nossas custas.

- É isso que você quer? Ser igual a um homem?

- Não minha querida, eu posso ser muito melhor. – engatinhei até seu corpo e comecei a tocar os seus seios lentamente.

- Por favor... Não...

- Taylor, meu amor, boas garotas não choram.

(...)

Amanheceu e eu pude sentir o sol queimando minha pele sobre a fresta, Taylor não estava mais na cama e me dirigi até a cozinha para preparar meu café. Acabei encontrando-a no caminho, estava se trocando na sala e pronta para sair, seus olhos estavam vermelhos e seus lábios machucados visivelmente do quanto ela os mordia.

- Posso ir embora? – Taylor disse sem emoção.

- Estou preparando um café e as mulheres com quem durmo costumam dizer que ele é divino. – eu respondi sorrindo.

Control (COMPLETA)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant