- Deixa-te dessas coisas, Layla! Eu não conheço nenhuma Alicia Langdon, nem vou conhecer! São devaneios de bruxa!- arranquei-lhe a cerveja das mãos e bebi-a num gole, uma coisa que eu gostava de ser vampiro era que podíamos beber litros de alcool que não ficávamos bebâdos.
- Zayn, não duvides dos meus poderes. Lembras-te daquele dia de Verão há 250 anos? Quando eu disse ao Liam que ele ia conhecer a Kyra? Eu disse que eles se iam conhecer e agora eles estão casados. Tu vais conhecer a Alicia.
Ela já estava a começar a irritar-me e logo eu que expludo facilmente:
- Cala-te, Layla! Se continuas com esses disparates, eu não respondo por mim! Sabes que se eu te matar, és só mais uma na lista!
Eu já estava levantado e com as presas prontas para a atacar, mas o Liam meteu-se no meio:
- Se não te controlas, tenho que te pôr na rua!
- Eu saio por vontade própria, não te preocupes!
Saí, enfurecido e caminhei pelas ruas de New Jersey um pouco sem rumo. Estava tão enervado que nem dei conta que tinha derrubado uma rapariga:
- Devias ter mais cuidao, quando andas pela rua- olhei para trás e ele estava caída no chão.
Fui ter com ela e ajudei-a a levantar-se:
- Desculpa, não te queria magoar.
- Não faz mal. Podes ajudar-me a chegar ao banco e se não te importares, fazer-me companhia?
Eu não queria. Eu estava nervoso, poderia descontrolar-me e ainda por cima, o sangue dela era o meu tipo favorito.
- Se não quiseres acomapnhar-me, eu compreendo.
- Eu vou contigo, mas só um pouco. Depois tenho que me ir embora- acabei por ceder ao pedido dela.
Sentámo-nos no banco do jardim e ficámos em silêncio durante um pouco, até que ela o quebrou:
- Como é que te chamas?
- Zayn e tu?
- Alicia. Alicia Langdon, muito prazer.
O meu mundo parou naquele momento. A Layla tinha razão. Aquela rapariga era a Alicia, mas o que é que tinha aquela miúda, para que a Layla me dissesse que eu a iria conhecer?
Ela pousou a mão na minha perna e começou a tatear, até que chegou ao meu rosto. O toque dela era suave, terno, quente, há muito tempo que não sentia algo tão bom:
- Porque é que me estás a tocar?- acordei para a realidade e afastei-me dela.
- Não te sintas incomodado, mas só estava a tentar perceber como és.
- Porquê? Não me consegues ver?
- Não, sou cega.
Lancei-lhe um olhar de pena, devia ser horrível não poder ver tudo o que se passa á nossa volta:
- Fiquei cega há dois anos, num acidente de carro. Costumo vir para aqui, todos os dias, mas apenas me lembro deste sítio antes do acidente. Com as pessoas, toco-lhes e tento desenhar as suas feições na minha mente.
- E o que é que viste em mim?- perguntei, curioso.
- Reparei em duas coisas: és muito frio e a outra... pareces ser muito bonito.
Um sorriso começou a brincar com os meus lábios, mas eu controlei-me. Há séculos que não ouvia uma palavra tão bondosa.
Ela levantou-se e sem largar a minha mão, disse:
- Gostei muito de te conhecer Zayn, espero qyue nos voltemos a encontrar.