Acordei antes do Sol mostrar os seus primeiros raios de luz, para começar a tratar das coisas para o baile.
Estava a preparar o pequeno-almoço, quando a Layla apareceu:
- Olá. Estás melhor?-ela pegou numa chávena de café e sentou-se ao pé de mim.
-Estou como novo. O Liam já te falou do baile que vai haver? Eu acho muito estranho.
- Sim,vai ser giro. Vamos variar um pouco.
Ela fixou os olhos em mim, pensativa. Não parava de me olhar, por isso decidi perguntar-lhe:
- Tu queres perguntar-me alguma coisa, Layla?
- Tu voltaste a ver a Alicia?
- Não, não a voltei a ver.
- Gostavas de a ver ou de estar com ela?- ela sorriu.
Gostava. Gostava muito.
- É-me indiferente, conheço-a mal.
Ela pousou uma mão na minha cabeça e outra sobre o meu coração:
- Sabes qual é o teu problema? Esqueces-te que eu sou uma bruxa com muita experiência. Tu queres enganar o teu pensamento, mas nunca conseguirás enganar o teu coração.
Ela despediu-se de mim com um sorriso, deixando-me sozinho com os meus pensamentos.
Fui ao banco de sangue do bar e tirei um saco para me alimentar, o liquido gelado que me corria pela garganta restabeleceu todas as forças que me faltavam. Como eu senti falta daquele néctar dos deuses!
Peguei nas chaves da minha mota e saí, para ir falar com os donos da loja de máscaras. Acabei por me perder, mas com alguma ajuda das pessoas que passeavam na rua, consegui lá chegar.
A loja chamava-se "As Máscaras da Kylie" era um espaço cheio de penas, luzes e máscaras do mais extravagante que existe.
Entrei na loja e apareceu uma rapariga baixinha de cabelo azul:
- Olá, em que posso ajudá-lo? Sou a Kylie, bem-vindo á minha loja.
- Tenho um amigo que quer fazer um baile de máscaras no bar dele e queremos contratar a tua loja.
A rapariga ia falar, mas um grito vindo das traseiras, chamou-lhe a atenção:
- Kylie, ajuda-me, fiquei outra vez presa nos fatos! Anda cá!
- Peço desculpa, dê-me uns segundos que eu já volto.
A rapariga revirou os olhos e foi até ás traseiras, eu passeei os meus olhos pela loja. Era estranha mas original.
O meu mundo parou quando a miúda voltou das traseiras. Vinha acompanhada pela Alicia. Engoli em seco, não querendo acreditar:
- Alicia, és tu?
Ela olhou á volta, tentando encontrar a minha voz. A dona da loja trouxe-a para perto de mim e ela voltou a tocar no meu rosto, fechei os olhos e saboreei a sensação da mão dela a deslizar pela minha pele:
- Zayn... É tão bom voltar a encontrar-te.
