Chapter 16 - Bucky Barnes pt.1

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Algumas partes foram inventadas/acrescentadas por mim. 

Este capítulo NÃO segue fielmente as HQs ou os filmes

Esse capítulo vai ser mais ou menos um flashback do passado, apenas para explicar e introduzir os personagens no enredo. 

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Blood Ties | James Buchannan Barnes

2014

A figura encapuzada adentra o museu de Washington. Em passos rápidos, caminha até uma certa exposição, que se tornara seu destino principal naqueles últimos dias. Passou pelo começo dela, contando a história de um certo herói para os Estados Unidos. Não precisava prestar muita atenção àquela parte, já que sabia de cor. 

Dirigiu-se então a um stand, que, com letra cursiva no topo, indicava: Os Irmãos Barnes. Após o título, um texto pequeno resumindo a biografia dos dois irmãos, seguido de algumas fotos dos dois. Que belas fotos, a figura pensava. Retratava e pegava bem alguns traços deles na época da guerra. Aos lados desse stand, vidros blindados protegiam uniformes que os dois usaram em combate há muitos anos. 

Caminhou, então, mais um pouco, chegando na parte em que mais lhe machucava naquela exposição: Uma grande sala com algumas peças e documentos e que exibia um pequeno documentário. Mesmo tendo visto esse documentário milhares de vezes, o mesmo não se cansava, não sabia ao certo por quê. 

-S/N Barnes, irmã do Sargento Barnes, teve grande atuação na Segunda Guerra Mundial. Além de ter tido a honra de servir ao lado do Capitão, foi a responsável pela libertação dos reféns dos campos de concentração. Graças à ela e a suas tropas, milhares de vítimas seguiram em frente e construíram uma nova história para superar o caos que sofreram. Os sobreviventes dos campos vivos até hoje, mais seus parentes e os parentes dos falecidos, visitam seu memorial nos dias de hoje.-Todos os presentes na sala ouvem a narração, assistindo atentamente ao documentário.

-Eu... Eu me lembro até hoje de como foi.-A voz feminina que antes narrava, dá espaço para um senhor dar seu depoimento.-Estava um dia nublado, com poucos raios de sol, quando eles invadiram. Seria mais um dia infeliz, cheio de dor, naquele campo para mim, minha esposa e meus filhos, que estávamos separados pelos pavilhões. Rumores diziam que meus filhos seriam mandados para as câmaras naquele dia... Mas a Srta. Barnes impediu. 

Enquanto a voz do senhor soava, fotos eram mostradas.

-Foi tudo muito rápido.-Dessa vez, uma senhora começa.-Eu estava empurrando um carrinho cheio de pedras e madeira quando ouvi os tiros. Pensei que todos morreríamos ali, naquele exato momento, mas fomos surpreendidos quando vimos os guardas começarem a cair. Sabíamos, então, que era a Força Americana que tinha chegado para nos salvar.

-Ela parecia um anjo entrando no pavilhão daquela forma. Um anjo de uniforme.-Outro senhor toma a narrativa, sorrindo.-Ela usava um uniforme escuro, empunhando uma arma, com o rosto um pouco sujo e o cabelo levemente bagunçado, mas mesmo naquele estado, ela parecia um anjo para mim e para meus companheiros de pavilhão. Ela chegou abrindo as portas rapidamente, gritando para todos sairmos dali, não dizendo para onde. Ao pisar na grama molhada, vi corpos dos soldados que nos batiam e nos torturavam mortos no chão, enquanto a Força Americana avançava. Ao mesmo tempo que nós saímos, a porta da câmara foi aberto, e vários presos seminus saíram dali, começando a correr, sentindo a liberdade chegar.

-S/N, junto do exército americano, trouxe para nós a liberdade, uma segunda chance.-O primeiro senhor retorna, tossindo levemente.-Assim que pisei fora do campo de concentração, senti um misto de emoções: liberdade, alegria, medo... Alegria por finalmente estar livre, medo por minha família que não vinha há um longo tempo. Mas quando eu os vi correndo, meus filhos seminus e minha mulher sem seu número de identificação, chorei de felicidade. S/N os salvou da câmara.

-As forças americanas salvaram milhares de presos dos campos de concentração liderados pelo exército alemão.-Enquanto a voz feminina retornava a narrar, os três idosos que deram seus depoimentos, apareceram sorrindo, com suas famílias do lado. Após isso, um título apareceu na tela: A perda de dois heróis.

Aquela parte era a que mais doía em Steve Rogers, o homenageado pela exposição e a figura encapuzada. 

-S/N Barnes, enquanto retornava junto de sua tropa para os Estados Unidos, no começo de 1945, é dada como morta após sua nave ser abatida misteriosamente, caindo em um desfiladeiro. Relatos dos sobreviventes à queda diziam que S/N ajudara os sobreviventes e os feridos a encontrarem um local seguro, de onde poderiam enviar uma mensagem para a base dos Estados Unidos. 

-Assim que descobrimos sobre a queda, ficamos devastados.-Uma mulher aparece no documentário. Uma mulher que Steve conhecia de cor e salteado, Peggy Carter.-O Sargento Barnes, então, parecia que havia perdido o mundo, perdido seu chão.

De cabeça baixa, enquanto brincava com um lenço branco em suas mãos, Peggy relatava, vestindo seu terninho usual, com seus lábios pintados de vermelho escuro. 

-S/N era uma amiga muito querida, uma forte soldada. Éramos grandes amigas, ela conseguia tirar meu stress do trabalho. Ela era incrível.-Peggy sorri sem olhar para a câmera, como se sua mente fosse tomada por boas lembranças da moça. 

-Porém, infelizmente, essa não foi a única morte com que as tropas americanas tiveram que lidar. No fim de 1945, enquanto cumpriam uma missão, o Sargento Barnes, acompanhado de seu grande amigo, Capitão América, seguia os rastros de um inimigo, pulando em um avião em pleno voo, que estava destinado a explodir. O Capitão América, percebendo a situação, alertou o amigo, que tentou se soltar, mas ficou com o uniforme preso em uma das partes do avião, explodindo junto com ele. Esse foi o relato dado pelo comandante da operação.

Steve sai dali, já tendo visto demais. Apressou-se em ver o resto da exposição, vendo algumas fotos de seus companheiros de exército, seu uniforme antigo, e uma foto com seus dois grandes amigos. 

Frequentar aquela exposição, ao mesmo tempo que servia de certa inspiração, funcionava como uma calmaria em meio à tempestade que foi acordar em uma época totalmente nova. 

Com a mente um pouco mais limpa, Steve retorna para o hospital em que Nick Fury, o diretor da SHIELD, foi declarado morto, pois precisava buscar algo importante em sua missão. A SHIELD não era mais a mesma, a HYDRA estava tomando conta dela aos poucos e, logo, logo, poderia ter o controle do mundo. 

Plano esse que seria interrompido por Steve Rogers, Natasha Romanoff e Sam Wilson. 

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EvelynCantarelli98 espero que a primeira parte tenha sido de seu agrado. Se não, tentarei escrevê-la de uma forma melhor. 

Imagines & Preferences Marvel - 2Where stories live. Discover now