Chapter 29 - Casais Improváveis

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Loki e Natasha


Natasha fora designada para interrogar o Deus da Trapaça. SHIELD não quisera colocá-lo a bordo de uma nave ou na Torre, com receio de que ele causasse uma explosão ou fizesse algo pior. Então, o deixaram em um galpão, uma das propriedades da SHIELD, que era especialmente para isso: Interrogatórios.

Abriu a porta de ferro e subiu as escadas, mal-humorada. Simplesmente não tinha paciência para interrogatórios limpos, onde não poderia bater em ninguém. Subiu os degraus, dando de cara com o corredor das portas especiais das salas de interrogatório. Chegou na número 5, onde ele estava. Abriu-a, vendo o mesmo que estava de pé, provavelmente a esperando.

--Olá, Romanoff minha querida. Estava esperando por você.

--Sem papo furado. Por que está aqui na Terra? O que está tramando?

--Assim tão direta? Sem nem um papo antes?

--Eu realmente não quero te socar. Mentira, quero sim. Mas contribua, por favor!?

Loki ri. Droga de risada sedutora e sorriso lindo. Mesmo sendo durona, aquele sorriso e aqueles malditos olhos azuis mexiam com ela no fundo. Não seria atração. Não podia ser.

--Como está o agente Barton, afinal?

Natasha trinca os dentes. Ela sabia que ele queria provocá-la. E conseguiu.

--Muito bem, obrigada por perguntar.-dá um sorriso cínico.--Agora quer fazer o favor de responder às perguntas?

Ele suspira, se dando por vencido.

--Eu não planejo escravizar vocês humanos. Só estou aqui de visita, em Asgard está entediante.

--Não tem mais nada para aprontar?.-ironiza.

--Você é tão agradável.-fala com sarcasmo.

--Sei disso, obrigada.-dá seu sorriso cínico novamente.

--Continuando. Estava com saudades do bom humor de vocês, só estou de passagem. E vim aqui para ver uma pessoa.

--Se apaixonou por uma terráquea, é?

--Eu não diria paixão, mas sim atração... Marrenta, bom humor, irônica... Faz meu tipo. Não vou negar que a andei espiando. Não gosto de qualquer uma.

--Adoraria conhecer essa pessoa.-a ruiva não tira a ironia da voz, o que fez Loki sorrir. Aquilo a desconcertou, mas conseguiu disfarçar bem. Era surpreendente conversar com o Deus sem sentir raiva ou medo; poder vê-lo sorrir. 

--No fundo é uma pessoa adorável, tenho certeza. Mas por fora, só Odin na causa.

Natasha se permitiu sorrir de canto. Afinal, Loki estava adorável. Se declarando, falando sobre quem amava...

Quando a ruiva sorriu, o Deus gaguejou, mas logo voltou a falar sobre essa tal mulher. No fundo, ele não gostava de admitir, mas desde a primeira vez que veio à Terra, não a tirou da cabeça. Seu jeito rude, seu sorriso irônico, seu sarcasmo... Era realmente uma mulher misteriosa e interessante.

Conversaram bastante até, esquecendo do interrogatório. Os dois, por mais que quisessem negar ou esconder, tinham certa coisa em comum. Certo passado, certo medo, certa raiva, certa sede de poder.

 Quando Loki fez uma piadinha, ela sorriu rapidamente. Um sorriso de verdade. Percebendo esse sorriso, sorriu de canto e a observou sorrir e abaixar seu olhar para o chão, como sempre fazia.

--Seu sorriso é sublime.

--O quê?.-ela ri, confusa.

O moreno desencosta da parede e vai até ela, ficando bem próximo.

--Seu sorriso... É sublime. Você é sublime.

--Isso é algum tipo de brincadeira?

--Por que seria?.-ele falava sério, bem sério.

--Ora, você é o Deus da Trapaça.

Ele revira os olhos. Odiava não poder falar sério e já acharem que era brincadeira. Isso era uma das coisas ruins de ser titulado como o Deus da Trapaça.

Se atreveu a colocar sua mão no rosto da moça, olhando diretamente em seus olhos.

--Aquela mulher da qual eu estava falando, era você, Romanoff.-o olha confusa.-Desde a primeira vez que eu vim à Terra, você me encantou. Seu jeito rude, seu sarcasmo, seus olhos... Tudo em você me cativa.

Ela engole em seco. Como conseguia perceber quando a pessoa mentia, e conseguia ler as pessoas, percebeu que só havia verdade em sua voz. Então, pensando que ele não fosse fazer nada, sorriu sedutoramente e perguntou:

--O que pretende fazer então?

Loki sorri, entendendo o recado. Então, atacou seus lábios sem cerimônia, e surpreendentemente, a ruiva retribuiu. Não gostava de admitir, mas mesmo sendo mau, ele a cativou. Seus cabelos morenos, seus olhos azuis e seu sorriso trapaceiro. Mesmo sendo um Deus, sabia o que fazer no quesito beijo. Colocou a outra mão em sua cintura, puxando-a para mais perto e a prensou na parede.

--Esperava isso de mim?

--Não.-ela sorri, sendo correspondida por ele.

Natasha morde o lábio dele, provocando-o. O moreno não perdeu tempo, selou seus lábios com os dela novamente. Um Deus e uma humana. Um errado e uma certa. Ambos imperfeitos, com vários defeitos. Realmente, o amor não tem barreiras.

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