Chapter 47 - Bucky Barnes

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Breathe | James Buchannan Barnes | Mini Imagine

O cenário era devastador. Os andares estavam cobertos por cacos de vidros, móveis revirados e corpos inconscientes. Bucky Barnes mais uma vez foi pego pelo maldito código que o transformava.

Nós passamos pelas portas, tão acusadoras em seus olhos

Como se eles tivessem algum direito de criticar

Hipócritas, vocês estão todos aqui pela mesma razão

-V-vá embora!.-O mesmo vocifera, apoiado em uma cadeira quebrada, lutando com sua própria mente.

Porém, a C/C não se mexia, mesmo com o risco iminente de morte e os gritos dos demais através da porta mandando-a sair dali.

-Não vou deixá-lo aqui.

-VÁ EMBORA!.-Grita, apoiando-se novamente para não cair devido a dor, mas aquilo não a intimida.

Em passos calmos, porém firmes, S/N se aproxima do homem mais perigoso do prédio, agachando-se a sua frente e, com delicadeza, colocando suas mãos em seus braços. A moça sabia muito bem do risco que estava correndo, do risco que Bucky corria de ser morto pelo governo ou de, apenas, nunca mais ser o Bucky.

Porque você não pode sair dos trilhos

Nós somos como carros num cabo

E a vida é como uma ampulheta colada na mesa

Então coloque a mão na sua consciência

E respire, apenas respire, Respire, apenas respire

A C/C, não tirando seus olhos dele, o puxa delicadamente para mais perto dela, sentindo sua relutância e sua dor.

-Olhe para mim.

-Vá embora.-Continua com tom firme. Se a garota não o conhecesse, diria que ele queria ficar sozinho, mas era totalmente o oposto. S/N sabia lê-lo. Sabia ler por trás daqueles olhos azuis, sabia que, detrás de toda aquela frieza, havia um James perdido, assustado, com medo de machucar alguém e ser pego pelo governo. Com medo de ser morto. Com medo de não viver.

Ainda com um sorriso fraco e acolhedor no rosto, S/N logo se lembra da música dos dois, a música que a lembrava muito dele e de seus diversos momentos.

-[...] Aqui na cidade, você pode perceber que ele esteve triste, mas, meu Deus, é tão bonito quando aquele garoto sorri. Quero abraçá-lo, mas talvez eu apenas cante sobre isso.

Atraindo seu olhar pela primeira vez, ainda com as mãos quentes em seus braços frios, Bucky olha para ela como se fosse uma luz que não via há muito tempo, uma luz que ele procurava tendo estado por anos na escuridão.

-Porque você não pode sair dos trilhos, nós somos como carros num cabo e a vida é como uma ampulheta colada na mesa. Ninguém consegue achar o botão para voltar, garotos, então coloque a mão na sua consciência e respire, apenas respire, respire, apenas respire.

A dor já não existia mais. A adrenalina do Soldado Invernal não corria mais por suas veias. Agora, apenas a doce voz de S/N existia, apenas sua voz ecoava em sua mente e era sua guia.
Deixando-se ser acalentado pela moça, Bucky deita a cabeça confusa em seu ombro, inalando seu doce perfume e sendo abraçado por seu reconfortante calor.

-Há uma luz no final de cada túnel, você grita porque está tão longe aí dentro, como se nunca fosse sair. Esse erros que você cometeu você vai comete-los de novo, se continuar persistindo.

Em meio àquele cenário destruído encontravam-se os dois, próximos um ao outro no chão. O carinho de S/N em sua cabeça apagava o resto da dor restante e seus dedos entrelaçados eram uma espécie de cobertor para o Soldado.

-[...] Ninguém consegue achar o botão para voltar agora, então cante se você entende: e respire, apenas respire, Respire, apenas respire.

Bucky estava uma bagunça, uma bagunça que, na visão de muitos, não tinha arrumação o suficiente, mas ele sabia que S/N sempre estaria lá para amá-lo, guiá-lo e arrumar sua bagunça. Bucky agora, mais do que nunca, sabia que S/N sempre estaria lá com ele para guiá-lo e protegê-lo de si mesmo e do mundo. 

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