Chapter 25 - Casais Improváveis

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Pequeno PS: Quando eu escrevi a maioria (senão todos) os capítulos com a Romanoff, quis colocá-la como fria, calculista, mais fechada que nos filmes. Quis incluir, também, a Viúva Negra da época da Sala Vermelha, uma bem ruim... Vocês vão entender.


Não revisado

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Clint e Natasha 


Estava em seu quarto, mais uma noite mal dormida. Se condenava mentalmente pela vida que levara. O que ela fez para merecer todo esse inferno que vivia? Será que se Clint não tivesse aparecido, ela estaria em um rumo pior, ou morta? Ela se enchia de perguntas, enquanto lágrimas escorriam, pela terceira vez em sua vida.

Olhava Steve, Wanda e todo o pessoal, e se perguntava por que não podia ter uma vida como a deles? Não tendo um passado tão sombrio, aprendendo a lutar por vontade própria. Muitas vezes, cogitou fugir ou abandonar tudo, para finalmente poder pensar em sua vida. Uma ou duas vezes, cogitou suicídio. Não aguentava mais não dormir, não aguentava mais ter a Viúva interior a chamando, querendo se libertar. Mas o que a impedira fora Clint. Um grande amigo e irmão para ela. Que, até antes, achava que não existiria amor para ela, e achou, justo com Barton.

Pensando no Diabo, ele entra em seu quarto sem bater. Ela estava no chão do quarto, ao lado da vidraça, observando a chuva, abraçando os joelhos.

--O que faz aqui? Eu poderia estar nua.-ela brinca.

--Não, não poderia. Todas as noites, nesse mesmo horário eu venho aqui ver se você estava dormindo.-ele diz. Pergunta, se agachando na frente dela.-Por que hoje foi diferente?

A ruiva suspira. Não queria encher o saco de Clint com seus problemas passados. Natasha sentia que o segurava, o prendia a ela, forçando-o a ficar.

--Não quero te prender. Não quero te envolver mais do que já está envolvido.

--Tasha... Como pode pensar isso? Você não me prende, de jeito nenhum. Eu não sei como se sente, mas posso deduzir que é horrível. Você é calada, quase não fala com ninguém e nunca se abre sem eu forçar. Eu me preocupo e muito com você.

Ela dá seu clássico sorriso de canto, que mesmo sendo quase irreparável, Barton adorava. Adorava tudo nela, não tinha como não adorar. Natasha era linda, esperta, forte e sexy. Não era uma linda fresca e elitizada. Era a única pessoa que ele admirava.

--Eu sonhei que ela voltou. Dessa vez eu fiquei sem controle e acabei matando vocês. Eu te torturei e muito, te fiz sofrer.

Barton sabia que a real Viúva Negra não tinha limites e ninguém conseguia pará-la. Sabia que isso era a única coisa que Natasha temia.

Suspirou e a abraçou, sentando do seu lado.

--Eu confio em você, Tasha. Sei que você luta com ela todos os dias e noites e faz isso sozinha. Mas eu quero ajudar.

--Eu posso matar você, é melhor ficar longe.

--Eu não quero ficar longe de você... E não posso.

--Como assim não pode?

--Mesmo você afastando todos de você, lidando com ela e seus problemas sozinha, sendo marrenta e muito chatinha... Eu amo você, Natasha.

Dessa vez, ela sorriu um pouco mais, ainda de boca fechada.

--Eu não consigo ficar longe de você, não consigo não me preocupar... 

Os dois se olham, verde no azul, sem dizer uma palavra. Essa conexão que ambos tinham apenas com os olhares, era algo impressionante. Conversavam pelo olhar, liam um ao outro pelo olhar, decifrando seus códigos.

Clint acaricia seus fios ruivos, colocando a mão na nuca. Foram se aproximando lentamente, sem quebrar a conexão entre seus olhos. Com poucos centímetros de distância entre suas bocas, finalmente selaram os lábios. Todo o sentimento de culpa, medo e raiva que ocupavam Natasha, foram embora. Barton nunca esteve mais feliz. Já saíra com algumas agentes da SHIELD, mas nenhuma chegava aos pés de Romanoff, nenhuma. Natasha era realmente a mulher que ele amava incondicionalmente. 

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