— Betty, acorde, está atrasada! São dez pra sete.— Porra!
Acordei bem rápido com olheiras, droga, tirei o pijama e coloquei a blusa do mercado e calça que estava pendurada no banheiro. Coloquei o tênis rápido. Escovei os dentes e molhei as mãos passando no cabelo amarrando um rabo de qualquer jeito.
— Filha, destranquei a bike, vai ter que usar ela se quiser chegar rápido. E... — Um pouco receosa Alice quis puxar assunto sobre o caso de ontem — Quer conversar?
— Sem tempo, bença mãe.
Sai de casa, montei na bicicleta e pedalei como se dependesse de chegar no horário. É dependia.
Tinha que decidir pegar o longo caminho, seguro e demorado ou um atalho. Lógico que foi pelo atalho.
— OH PORRA, QUE DESCIDA DO CARALHO!
Betty pedalava sem fim. Tinha uma descida que por Deus, era um perigo.
Mal chegou no começo da descida e já estava segurando os freios.
— JESUS! O FREIO DE TRÁS NÃO ESTÁ PEGANDO!
Betty colocou o pé esquerdo tentando parar a descida, quase virou o pé. Tentava freiar mas sentia a parte de trás da bicicleta inclinar. Ela tinha que parar se caia num mato que tinha um atalho, ou pior, podia estar vindo um carro em uma das direção e pegá-la de surpresa.
— DEUS, ME AJUDE.
Ela não teve escolha, pensou devagar, freiou forte com o freio da frente, por pura burrice foi jogada pra longe no meio do mato, batendo a cabeça numa pedra e rolando pela estradinha de terra seca.
— So...co... — Não terminou a frase, havia desmaiado enquanto sua cabeça começava a sangrar.
— Moça, acorda! Acorda! - Batia na cara da moça loira, não reagia, não acordava!
Verônica batia e batia na cara de Betty, a jovem não reagia e sangrava muito.
— Vou ligar pra ambulância. — Pegou seu telefone e discou e enquanto esperava alguém atender buscou ver se encontrava a identidade ou algo do tipo nos bolsos de Betty. — Preciso de uma ambulância, forte sangramento, na descida do capeta, agora!
A estrada é do capeta e a ambulância é do diabo, que demora do caralho e ainda por cima não achei documento algum, pensou Verônica.
— Acorda moça, por favor! Acorda!
— Onde... estou?
— Não se mexe, a ambulância em vem, vão te ajudar. Preciso do seu nome.
— Mercado, Willian, desculpa Willian.... — E apagou de novo.
— Desgraça de ambulância! Porra!
Depois de ficar impaciente por vinte e cinco minutos, uma ambulância apareceu.
— AQUI, AJUDA!!
Eles desceram para pegar Betty.
— Preciso do nome dela e de algum parente.
— Sem documentos, senhor, mas eu a acompanho.
— Okay.
— Espera! Tem que levar a bicicleta dela também!
— Vamos levar na onde senhora???
— Se vira, ué!
Mesmo sem espaço levaram a bicicleta dentro da ambulância, mal cabia Verônica e o enfermeiro, aínda tinham que levar uma bicicleta velha.
— Teremos que dar pontos, ela acordou nesse meio tempo senhora?
— Meio tempo? Qual é. Vocês demoraram vinte e cinco minutos, estavam almoçando? Transando? Almoçando e transando? Serviço que não presta!
— Senhora, calma.
— Tá, tá, tá. Ela acordou mas ficou menos de um minuto acordada.
— Vamos levá-la ao hospital, fazeremos um exame pra checar.
— Ok.
Chegaram no hospital após buracos e quebra-molas que o motorista não soube evitar.
Abriram uma ficha para a jovem loira, Verônica não pode acompanha-la, mas ficou de fora esperando ela.Longos e chatos minutos entendiantes, na qual Verônica passou jogando piano no celular cessaram e ela foi chamada pra conversar com a desconhecida.
— Onde estou?
— Hospital.
— Quem é você?
— Eu te socorri. Sofreu um breve acidente. Como falo com algum parente seu?
— Quantas horas são?
— Oito e quarenta e três da manhã.
— Estou atrasada! Preciso ir ao mercado.
— Ah, você trabalha num mercado.
— Poxa moça, estou com o uniforme de lá...
— Nem reparei, sou muito lerda. Mesmo assim, eu te acudi me chamo Verônica!
— Obrigada, Betty. Eu pegaria na sua mão mas estou com preguiça.
— Não é nada, mas preciso ligar a algum parente seu, algum número ou endereço para eu comunicar...
— Empresta-me seu telefone?
Verônica tirou dos bolsos o tefelone, deve ser rica pois era um iPhone de última geração, Betty ficou envergonhada por ter um Samsung antigo, mas lembrou que era presente de sua mãe então ficou normal. Discou o número, a mãe atendeu e disse que correria pra ir ao hospital.
— Minha mãe já vem. Pode ir embora.
— Okay, fique bem Betty.
E logo após isso Verônica despediu de Betty beijando sua testa e saiu.
Betty estava agradecida e sabia que futuramente deveria agradecer Verônica. De algum jeito.
— Filha, o que você arrumou?
— Bicicleta velha pra porra em mãe?
— Com seu próximo salário vê se arruma ela. — Ela respondeu séria. — Você tomou uns pontos, mas já está em alta, vou pegar a receita com médico e levar no mercado pra você.
— Obrigadinha mãe.
Betty tirou aquela roupa horrível de hospital e colocou as suas. Após sua mãe pegar a receita, as duas saíram do hospital com a bicicleta acabada e pegaram um ônibus até a casa delas, não pergunte como, mas a bicicleta foi dentro do ônibus com elas.
Alice, mãe de Betty, foi arrastando aquela carroça de bicicleta até a casa, após chegar só jogou ela na garagem e acompanhou Betty, que só soube pedir uma coisa ao entrar na casa:
— Mãe, faz macarrão pra mim?
Oi meus caros leitores, sim esse capítulo foi chato pra poha, e termino meio cômico, sem criatividade pra terminar ESSE CAPÍTULO, mas com muita vontade de escrever. Não desistam de mim, amo vocês.
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Uma ligação pra livrar um suicídio
Fanfiction✓ PLÁGIO É CRIME, SEJA ORIGINAL DROGA! ✓ Elizabeth Cooper, conhecida como Eliza ou Betty, uma jovem moça de vinte e dois anos, formada em psicologia, trabalha oito horas num supermercado de sua cidade e mais oito horas em voluntarismo num centro a v...