A gente precisa de você, eu preciso de você

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Para vocês entenderem melhor esse capítulo é bom saberem:
Com a letra normal é a narração da vida real.
Com a letra assim :coma é para insinuar a narração no coma/sonho de Betty! (Sem revisão)

Verônica entrava rápido em seu carro e acelerava pra poder chegar junto ou primeiro que ambulância.

Dentro da ambulância, os paramédicos tentavam parar o sangramento do pulso cortado de Betty. Havia pegado uma veia.

— Filha, porquê? Onde eu errei o que eu não percebi? Fica comigo Betty, você é tudo que tenho! — Alice se lamentava dentro da ambulância, chorava muito, perdendo quase o fôlego.

Tanto Verônica quanto a ambulância chegaram junto, Verônica sem tempo para estacionar, simplesmente parou o carro em qualquer lugar, desceu rápido e bateu a porta com tanta força que quase quebrou o vidro, e correu com os paramédicos e Alice para dentro do hospital.

— TENTATIVA DE SUICÍDIO, ENFORCAMENTO E AUTO-MUTILAÇÃO NO PULSO, MAIS PRECISO NA VEIA, SEM SINAL DE BATIMENTOS, CHAME A DOUTORA GREY! — gritava um paramédico enquanto corria com Betty na maca para um quarto, juntou-se três enfermeiras para ajudar. E ao atravessarem a porta, Alice e Verônica não podia entrar, seria uma cirurgia arriscada.

Alice ajoelhou-se no chão, parecia estar perdendo as esperanças. Ela não sentiu sua fé viva dentro de si, porque a única coisa que sentia era a dor da perda.

Verônica andava pra um lado e pro outro, desesperada. Chorava. Betty era sua recente e única amiga, parecia que se conheciam de outra vida.

— Ela não pode morrer, não pode, por favor, Deus, eu te suplico...

Verônica, que não seguia religião nenhuma, ajoelhava-se com Alice, e chorava. Chorava.

...

Dentro da sala de cirurgia, Betty mantinha-se desacordada, branca demais, e sangrando.

— Precisamos parar o sangramento! - Dizia uma enfermeira.

— Temos que ter cuidado. — A outra respondia.

— Calem a boca, eu preciso pensar! — A doutora Grey adentrava a sala. - Cheque os batimentos, precisamos ver se a chance de vida. — Apontou para uma enfermeira. —  Veja quanto de sangue ela perdeu —
— Apontava para outra — E você, me ajude a estocar esse sangramento. — Falou para terceira.

Começaram então os procedimentos. E Betty estava em um tipo de coma.

— Onde eu estou? — Betty se perguntava em sua mente, parecia estar no CVV. — Como eu vim parar aqui? — O telefone começou a tocar, ela atendeu e deixou no viva voz. — Alô?

— Como pode ser tão hipócrita Betty?

Ela sabia de quem era a voz. E ela estremeceu.

— William? Você está vivo, graças a Deus! — Ela falava feliz até ser interrompida.

— É Betty, sou eu, o William, e não, não estou vivo, você não conseguiu me salvar! Sua hipócrita, e além disso tentou se matar!

— EU TENTEI TE SALVAR OKAY? EU NÃO CONSEGUI, E ME SENTI CULPADA POR ISSO! — Ela gritava enquanto chorava.

— NÃO COLOQUE A CULPA DO SEU "SUICÍDIO" EM CIMA DO MEU! VOCÊ SE SUICÍDIOU PORQUE QUIS! HIPÓCRITA! HIPÓCRITA! HIPÓCRITA!

Uma ligação pra livrar um suicídioOnde histórias criam vida. Descubra agora