A triste situação de Betty

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Passaram-se duas semanas, duas semanas infernais do diagnóstico que Betty fez a si mesma, sua possível doença. O médico não deixou que ela somente achasse isso. Ele confirmou, Betty estava doente psicologicamente, poderia sim ser uma depressão, então o máximo que ele pode fazer era recomendar alguns antidepressivos e um psicólogo.

Betty odiou a ideia de falar com alguém desconhecido, odiava a ideia de ser analisada, apesar de ser formada em psicologia. Então simplesmente não ia.

O mercado a liberou por causa de sua doença, o cvv compreendeu e deseja melhoras.

Mas como Betty está? Como ela está agora?

Elizabeth Cooper está nesse momento no seu quarto, não, ela não tem mais a forma linda e esbelta de uma mulher, estava começando a ficar magra e até branca demais. Betty se trancou em seu quarto, e quase não via a luz do dia, dormia mais de doze horas, comia menos que nada, mas sempre teve apoio de sua mãe e sua nova amiga Verônica.

Consigo pensava ser um peso para qualquer pessoa, ela não era mais o barco de sua vida, e sim a âncora, que estava a afundar nos pensamentos de tristeza, e pela graça de Deus, somente pensamentos!

E a vida de Betty é se sentir um lixo nada compreensível e muito menos importante na sociedade.

Fugindo da narrativa de seus pensamentos, nesse momento, Betty vê seu celular apitar possivelmente reclamando a falta de bateria. Não se importou, continuou deitada olhando o teto acima de sua cama.

Sua mãe, Alice, via ela definhar-se lentamente, e sentia que a qualquer momento ela estaria desaparecendo de vez de sua vida.

Subiu ao quarto de Betty e abriu pela terceira vez no dia as cortinas para entrar luz no quarto. Deixou na escrivaninha a bandeja com um lanche e remédios e percebeu a apitação sem parar do celular da filha.

Pegou o celular da filha e colocou para carregar, a luz do mesmo aumentou mostrando então várias mensagens de Verônica.

— Betty, filha, Verônica parece querer falar contigo.

Betty olhou na mãe mas não respondeu, havia mais que frieza no olhar, havia morte nele.

E Alice somente assustava-se com isso.

Mesmo assustada, Alice deixou o celular carregando do lado do criamudo, pegou a bandeja e levou ao lado da filha. Betty sabia que ela estava se esforçando, mas também sabia que o esforço da mãe de nada valia naquele momento.

— Tome seus remédios, aqui a água. — Alice entregou e Betty os engoliu. — Agora coma seu lanche meu amor.

Betty apenas acenou que não. Alice insistiu e pediu "por favor filha", mas Betty então soltou um breve "não consigo". Alice estava se desabando junto com a filha, e sabia que a droga do remédio de nada adiantava.

A filha era uma jovem moça triste, e Alice odiava ver esse lado dela.

E mais longas duas semanas se passaram.

Capítulo curto pra matar a saudade que vocês tão deste nenê aqui! Bjoos

Uma ligação pra livrar um suicídioWhere stories live. Discover now