Capitulo 41

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(Pov Kat)
Continuei dançando até perceber que Dom não estava mais prestando atenção em mim e sim na loira.
- Eu vou ao banheiro, tá? - digo para o tal homem com quem dancei. Ele sorri maliciosamente e balando a cabeça. Esse cara é muito esquisito, mas por um tempo deu certo a minha técnica de fazer ciúmes para o Dom. Talvez, só talvez, eu ainda estivesse apaixonada por ele. Mas como eu disse, SÓ TALVEZ.
Entro no banheiro, retoco o batom, faço o que tenho que fazer e saio.
Assim que saio, sinto alguém me pressionando contra a parede. Está escuro, não consigo ver nada, mas então sinto o cheiro do perfume do Dom, logo penso que é ele. Ele me beija e eu correspondo. Ele parece estranho, está começando a me machucar. Ele começa a tentar tirar minha roupa.
Eu posso dizer tudo sobre o Dom, mas ele não seria capaz de tamanha falta de respeito, ele é um homem íntegro.
Abro meus olhos e percebo que não é ele e sim o cara com quem eu estava dançando.
- O que está fazendo?! Me solte! - grito tentando fazer o máximo com que eu não pareça estar com medo.
- Desculpe princesa, mas você já me usou naquela pista de dança, e tudo bem, porque agora eu que vou usar você! - ele abre um sorriso maligno e toca na minha parte íntima. Agora sim estou desesperada.
Procuro qualquer tipo de ajuda, e no meio da escuridão está quem eu mais precisava: Dom Sherwood.
- SOCORRO! ME AJUDA! - grito sem dizer nome algum(para que o homem não perceba), mas olhando para o Dom para ele saber que estou falando com ele. - ME SALVA! - grito o mais alto que consigo, mas ele permanece imóvel, sem mexer um único músculo. ELE SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA COMIGO, NÃO É POSSÍVEL!
Continuo gritando e quando o desgraçado está quase lá para conseguir tirar minha calcinha, um homem aparece. Sei que estou no escuro, mas também sei que ele é forte e lindo. Ele bate no desgraçado até que desmaie e logo depois vem na minha direção.
- Você está bem? - ele pergunta preocupado.
              - Estou, graças à você. Obrigada. - dou um pequeno sorriso.
              - Sem problemas! Eu não poderia ficar parado vendo um cara fazer isso com uma mulher, poderia? - desvio rapidamente o olhar para Dom - Meu nome é Peter. Se você quiser, pode me acompanhar até o bar. Mas não para beber, claro! - ele ri de si mesmo, parece sem graça, acho isso fofo.
                - Eu adoraria, mas posso ir só daqui alguns minutos? Preciso resolver algo.
                - Certo. - ele diz e quando está indo embora, seguro sua mão(que por acaso são macias e cobertas de veias).
                 - E só para dizer, meu nome é Kat. - sorrio para ele, que logo sorri de volta e vai para o bar.
                Assim que percebo que minha vista não alcança mais ele, vou em direção ao Dom e bato em sua cara. Ele olha para mim assustado; seu rosto está vermelho e a marca da minha mão está nele.
                    -É SÉRIO QUE VOCÊ IA ME DEIXAR ALÍ?! SÉRIO QUE VOCÊ IA DEIXAR AQUELE HOMEM NOJENTO FAZER O QUE QUISESSE COMIGO?! - digo aos berros, já que o som permanece alto na boate - TUDO BEM NÃO SE IMPORTAR COMIGO, MAS E A SUA FILHA?! ESQUECEU DELA OU SÓ NÃO SE IMPORTA TAMBÉM?!
- E-eu... eu fiquei sem reação... - ele diz gaguejando. Essa frase me deixa com mais raiva do que antes.
- Ah, então a sua "falta de reação" faz você nem se importar com sua filha?! Nossa, realmente... você me decepciona a cada dia. - digo e vou saindo, mas ele puxa meu braço. Definitivamente eu odeio ele. Olho para meu braço e depois pra ele. Ficamos assim por alguns segundos e depois ele me solta.
                  Vou até o bar onde Peter está me esperando. Assim que me vê, ele dá um pequeno sorriso.
                  - Você está melhor? - diz de novo preocupado olhando cada canto do meu rosto.
                  - Sim, graças à você. - dou um sorriso fraco. - Escuta, sei que vou parecer abusada, mas.... você pode me levar pra minha casa?
                  - Claro que posso, vamos? - ele estende sua mão e a seguro. Sei que nem o conheço direito, mas me sinto tão segura ao seu lado. Talvez porque ele já me salvou uma vez.
                                      ***
               (Pov Dom)
               Depois que Kat sai, fico parado por um tempo. Vejo que ela está saindo da boate com o homem que a salvou. Vou até o bar e chamo a bargirl.  No crachá está escrito Mary. Ela é morena e baixa, mas bonita.
                - Mary? Pode me trazer duas vodkas? - digo.  Ela me olha por alguns segundos e depois me vem até mim.
                - Pra você e pra mais quem? Você já parece bêbado, se eu te der duas você vai ter grandes problemas amanhã de manhã.
                - Então tá, uma pra mim e uma pra você. -sorri sarcástico - Que tal? - ela me olha com um sorriso de lado.
                 - Neste caso.... a bebida é por conta da casa. - ela ri e me dá um copo. - Então... acho que você não está só bêbado, mas também triste. Eu poderia saber ou estou sendo curiosa demais?
                 - Você pode saber e está sendo curiosa demais. - dessa vez eu também rio e ela me dá um empurrão de leve. Conto tudo à ela e ela fica me encarando surpresa, mas logo volta a me olhar normal. Ao contrário da Kat, ela não me olha como um assassino.
                    - Escuta, eu sei que você se sente horrível, mas não deveria. Tem pessoas que de nervoso não conseguem se mover, isso é super normal. Tudo bem que você deveria ter feito algo, mas as vezes não conseguimos principalmente quando não estamos sóbrios. Isso não foi sua culpa. Nada foi. - me emociono um pouco e ela toca meu rosto. Eu sei que estou bêbado e confuso, mas também sei que era exatamente isso que precisava ouvir. Foi um leve sorriso e a beijo.

Maybe- Clace & Katnic Onde histórias criam vida. Descubra agora