Capítulo 7.

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Me sinto quente, está calor, eu estou suando. Tento me mover mais tem alguém quase em cima de mim, os dois braços me abraçam e nossas pernas estão entrelaçadas, eu me viro para ver quem é e me deparo com o rosto do Sasuke, bem junto ao meu, eu saio dali tentando não o acordar, o que estou fazendo deitado com ele, eu me lembro de tudo, mais não pensei que dormiria com ele. E nem que ele tiraria meu salto, olho para o chão procurando meus saltos e os encontro ao lado do abajur.

— Ei volta a dormir, está cedo porra. — Sasuke resmunga com sua voz grossa por conta do sono, me sento na cama e me inclino, pego em seu braço e olho seu relógio de pulso que marca duas da tarde.

— Oh céus eu já devia estar em casa. —Digo e me apreço para sair nem coloco os saltos, levo na mão mesmo.

— Espera eu te levo.—Sasuke se levanta e vejo que está sem camisa ele joga seus cabelos para trás com uma das mãos.

— Não precisa. —Saio do quarto com o rosto pegando fogo, eu dormi com o Sasuke e ele estava sem camisa, eu desço correndo torcendo para que Ino ainda esteja aqui, não posso chegar em casa com essa maquiagem, e com essa roupa meu pai vai perceber que fui em uma festa e vai querer me matar, eu observo a sala que está toda suja com copo pelo chão. Vejo Shikamaru que me avista e joga a cabeça para o lado.

— Sakura, você está aqui ainda?—Shikamaru se aproxima de mim e dá risada.

— É, a Ino está por aqui?

— Ela saiu hoje de manhã.

— Ah. —Penso comigo a casa dela não fica muito longe daqui então vou passar lá. — Valeu Shikamaru.—Eu o abraço.—A festa foi ótima.—Digo e saio correndo.

— Vai ter mais como esta. —Ouço ele falar ao fundo.

Eu corro para tentar chegar até a casa de Ino, procuro pelo meu celular e não o encontro, oh meu Deus será que eu perdi, e pior é que eu não me lembro de ter o pegado em nenhum momento na festa, eu devo ter deixado na casa de Ino eu torço para que isso seja verdade. Chegou sem fôlego nenhum na casa de Ino e toco a campanhinha, uma mulher mais velha me atende na porta, é a mãe de Ino.

— Oi Sakura tudo bem? Quer entrar? — Ela me diz toda simpática, e eu entro.

— Eu estou bem, a Ino está?

— Sim, ela acabou de chegar e já foi se deitar, ela está cansada.

— Tudo bem então, não precisa acorda-la, eu só vim buscar minhas roupas.

— A claro eu já deixei separado. — Ela se vira e pega a minha bolsa com minhas roupas que estava em cima de seu sofá.

— Se importa de eu usar o seu banheiro? — Pergunto tímida.

— Claro que não, fique à vontade. — Vou até a banheiro e troco de roupa colocando minha calça jeans e uma regata branca, lavo o meu roso e permaneço com os cabelos soltos. Saio do banheiro e vou para a sala onde se encontra mãe de Ino.

— Eu já vou embora. — Sorrio para ela que me devolve o sorriso.

— Tudo bem, eu te acompanho até a sala. — Ela abre a porta para mim, olha la para fora como se estivesse alguém, e se vira para mim. — Ele está te esperando? — Ela me pergunta e eu franzo o cenho.

Olho para fora e Sasuke está dentro de uma Mercedez preto, estacionado na frente da casa de Ino.

A mãe de Ino parece preocupada então resolvi não preocupa-la mais.

— É ele está comigo.— Digo forçando um sorriso, por que diabos ele está aqui? Ela se despede de mim e eu vou em indo em direção a Sasuke, me viro para ver se a mãe de Ino ainda me olha, e ela acena e entra para dentro, assim que ela entra desvio o meu caminho, deixando o carro para trás.

Escuto o barulho do motor e olha para o lado e o carro me acompanha.

— Entra no carro Sakura.— Sasuke me fala de dentro do carro.

— Por que está aqui?— Ele me olha e levanta uma das sombrancelhas, fecha a cara, ele estende seu braço e abre a porta para que eu possa entrar.

— Só entra.— Ele fala, eu reviro os olhos e entro.

Permaneço em silêncio, e Sasuke da a partida, ele vai em direção a minha casa, eu por um segundo paro para pensar, por que ele está fazendo isso? Sasuke me maltrata e eu ainda sim continuo aqui, como naquele quarto na festa do Shikamaru ou então agora, aqui dentro desse carro. E ele namora, e sua namorada não gosta de mim. Paramos em um sinal vermelho, e algumas pessoas começam a atravessar a rua menos uma garota de cabelos escuros, ela me parece familiar e está nos olhando, com o seu celular em mãos, ai ela atravessa a rua. Olho para Sasuke e ele me encara e canto, ele parece pensativo, porém não fiz um palavra.

— O que está pensando?— Pergunto e tento quebrar o silêncio, ele desvia o olhar da estrada e me olha.

— Eu tô pensando em como eu dormir bem.— Eu coro e desvio o olhar para a estrada.

— Eu acho que eu não devia está aqui com você... nesse carro.— Eu digo sem olhar para ele, pelo reflexo vejo que ele me encara.

— Por que está falando isso?

— Alguém pode nos ver, e contar para Karin.— Ele bufa.

— Eu não tô bem ai para a Karin.

— Por que fala isso?— Ele despreza tanto ela... esse relacionamento.

— Nem sei porquê eu namoro ela ainda.— Ele parece bravo.— Esses três anos que passei com ela.. foram tão insignificantes mas a culpa não é dela, eu não devia ter começado com isso.— Penso no lado de Karin, ela deve gostar mesmo dele, dá pra ver, e ele não sente nada.

— Todos esses anos não significaram nada? Você não pensa em como ela se sente?— Isso me deixa nervosa.— Não é justo dentro de um relacionamento uma pessoa amar sozinha.

— E o que você tem haver com isso? Pra que quer saber...— Ele estaciona na frente da minha casa, e enquanto fala comigo aumenta o tom de voz.— Sakura, eu sou cheio de problemas, Karin é só mais um... O meu tempo aqui é curto e pode ter certeza que eu aproveitei e ainda vou, meus demônios não me incomodam mais, minha mente a mil pensando no meu futuro me tiram o sono, eu não consigo nem dormir, ah não ser nessa noite Sakura, naquela porra de festa, naquela porra de quarto, caralho Sakura, nessa noite que eu dormi com você e eu tive um descanso tranquilo, há anos que eu não durmo bem como nessa noite. E eu não quero que... você se torne mais um dos meus problemas.— Eu estou assustada, não entendo meus olhos estão com lágrimas, mas não ouso derrubar uma sequer na frente dele.— Porra Sakura, não chore.— Ele, leva a mão até o meu rosto para acaricia-lo, porém eu sou um tapa na sua mão bruscamente para afastar-lo de mim, não quero que ele me toque.

— Nunca mais fale comigo!— Digo e saio do carro eu corro, para dentro de casa, limpando minhas lágrimas para que meus pais não percebam nada, eu não entendo o porquê ele me trata mal, e nem porque ele me disse todas aquelas coisas, eu estou com raiva dele, quero que ele e seus problemas de foram.

Você é Minha e Somente Minha.Where stories live. Discover now