Changkyun estava acostumado a chegadas e partidas, mas a experiência de passar tanto tempo no mesmo lugar era algo novo a essa altura da vida. Dividir a República com mais seis pessoas diferentes parecia loucura, tanto quanto deixar a vida de viagen...
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Hoseok e Hyungwon passaram o caminho todo grudados e Changkyun manteve-se por perto, porém mesmo depois de notar que não havia sido um incômodo no meio de ambos, não quis mais invadir seu espaço. Kihyun explicava para Jooheon o que tinha acontecido em voz baixa e Im não poderia se sentir mais culpado por tudo aquilo.
Tudo bem, ele não sabia sobre a fobia de Wonho, mas poderia ter escutado Kihyun de primeira. Se não tivesse dado aquela ideia, Wonho não teria cedido achando estar tudo bem quando, notavelmente, não estava.
Como uma criança, Wonho dormiu depois de ter chorado e só acordou quando estavam perto de casa. Seguiram em silêncio até a república e o casal foi direto para o quarto no segundo andar enquanto Kihyun largou as coisas sobre o sofá.
— Preciso de um banho – reclamou – Depois eu faço o jantar.
Jooheon assentiu, sem discutir e Changkyun também não disse nada. Ficaram ali apenas os dois, encarando o teto sem saber o que dizer. Jooheon nem ao menos havia conseguido fazer sua filmagem.
— Foi tudo minha culpa – o mais novo murmurou para si mesmo, esfregando o rosto.
— O que? – Jooheon perguntou em voz baixa.
Changkyun olhou para o colega, notando que estava pensando alto demais e suspirou.
— Foi ideia minha subir lá.
— Você não sabia.
— Mas ele fez por minha causa – choramingou – Kihyun disse que era melhor não, mas eu insisti e ele...
Jooheon sorriu.
— Chang, não é a primeira vez que isso acontece. Wonho sempre acha que já superou o medo e aí ele nota que não. Na verdade, eu acho que ele fica tentando confirmar se ainda tem a fobia e, infelizmente, ele sempre confirma.
Isso não parecia ter convencido o mais novo e foi a vez de Jooheon suspirar.
— Cara, sério. A culpa não foi sua. Wonho é um cara muito bom, de verdade, mas ele é meio cabeça de vento às vezes. Claro que ele queria fazer suas vontades, mas você não tinha como saber. Ele devia ter recusado, ou ao menos devia ter dito que não estava se sentindo bem quando chegaram lá em cima.
— Mas...
— Kihyun me disse o que houve – interrompeu – E disse que você o ajudou. Eu não sei como conseguiu fazer isso, porque Hoseok só se acalma nessas situações quando Hyungwon está por perto, então concentre-se nisso, ok? Você é muito mais herói do que vilão nessa história.
Changkyun não sabia mais como responder, então apenas voltou a olhar para o teto sem dizer mais nada. Ainda tinha vontade de subir até o segundo andar e confirmar se Wonho estava bem, se Hyungwon tinha conseguido acalmá-lo um pouco mais, mas sua coragem tinha esgotado depois daquela tarde.
