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Fiquei vermelha, pois sou muito tímida. Ademais, meus pais e nem a minha avó gostam do Guilherme pois, na infância ele fez muita merda, aprontava muito, falava muita besteira, e por isso a maioria das pessoas mais nao gostam dele digo, a maioria dos mais velhos. Meu pai não deixa eu nem ficar perto dele, mas... para falar a verdade, meu pai não me deixar ficar perto de muitos meninos, minha mãe já é mais de boa em relação.

Ficamos andando até chegar na casa do nosso outro primo que se chama Rafael e mora por aqui. Assim que chegamos na casa dele, ficamos no quintal até que tivemos a brilhante ideia de andar de motocicleta, peguei a moto dele e Adriele sentou comigo, e na outra foi o Rafael e o Guilherme, começamos a apostar corrida e fomos parar lá do outro lado das roça, descemos das motos, sentamos no chão, que é de terra e ficamos conversando. Depois de quase uma hora sentados no chão, resolvemos voltar, fomos para a casa de Rafael de novo, entramos em casa, sentei no sofá e por incrível que pareça Guilherme sentou ao meu lado, meu coração disparou, hoje foi o dia que mais conversamos de todas as vezes que a gente se viu se esbarrou, hoje foi o dia que nós mais conversou, assim que ele sentou, peguei o celular do meu bolso, e deixei ele na minha mão, Guilherme pegou meu celular e ficamos brincando, ele não querendo dar meu celular e eu querendo pegar ele, ficamos nessa por um tempo, cada vez mais estávamos nos aproximando, para ele deixar meu celular quieto, segurei as duas mãos dele, ficamos tanto tempo assim, que nossas mãos se estabilizaram e ficaram juntas. Eu tô achando fofo, nós nunca conversamos direito, hoje a coisa tá fluindo tanto, que estamos até de mãos dadas, o foda é que assim que formos embora daqui toda essa vibes nossa vai acabar, meus pais não gostam dele, então eu que não vou ficar grudada nele né. Adriele tá ficando com o Rafael desde que chegamos aqui, eles estão parecendo um casal, o triste e que eles moram longe um do outro e que aqui não pega sinal de celular isso dificulta muito as coisas. Olho a hora, e vejo que já é 12:00 horas, hora do almoço, chamo o pessoal para ir embora. Chegamos no meu bisavô, e chamo Carlos para ir embora, e ele me pede para eu deixar João ir almoçar na casa de nossa avó, vou falar com a mãe dele, ela deixa, então levei Carlos e João para casa, Larissa estava lá na casa da nossa avó com Aryel.

Assim que chego na casa de minha avó, os meninos ficam brincando no quintal, e eu entro em casa, falo com meus pais, e vou para o quarto, no caminho passo por Aryel, que está sentada no sofá, esperando Larissa que está no quarto, entro no quarto falo com Larissa e sento na cama.

Toda vez que eu chego aqui, que Guilherme está junto, é como se eu me apaixonasse por ele, eu sei que é estranho falando assim sabe? Mas tem conexão, sei que somos primos, mas eu sinto algo assim, mas isso envolve vários problemas, porque meu pai é muito ciumento, nunca que ele ia aceitar eu namorar tão "cedo" assim, e outra ele é tipo a ovelha má da família, só que as coisas mudam sabe? Eu sei que ele não é mais tão tosco e escroto igual ele era antes, enfim, isso é algo que provavelmente fica só na minha cabeça, porque pessoalmente nós nem conversamos direito, tem umas trocas de olhares, sorrisos as vezes, mas nunca conversamos de verdade, hoje foi o primeiro dia que a gente se juntou assim.

Escuto o som dos cachorros latindo e então olho pela janela, vejo Adrielle vindo, vou até a cozinha para encontrar com ela, deitamos na cama e ficamos conversando e olhando para o teto, e então resolvemos ir para casa do nosso bisavô (que é onde ela está ficando). Chegando lá, vejo que o Guilherme está deitado, mexendo no celular, deito do lado dele. O quarto estava escuro, e começamos a conversar. Apenas nós.

E. Saudades da internet? - eu falo baixo
G. Saudades de São Paulo.
E. Eu também, mas eu cheguei faz um dia, não vou embora tão cedo.
G. Eu cheguei faz um tempinho já, mas eu também não vou embora tão cedo assim. -ele sorri de canto e me olha nos olhos.
E. Porque?
G. Meus pais querem ficar mais aqui.
E. Ah, aqui não é tão ruim assim.
G. Vamos levantar?
E. Sim...
G. Acho que se seus pais verem a gente assim, eles não vão gostar nada.
E. Eu também acho. - começamos a rir.

Chamamos Adrielle e começamos a andar, ficamos andando por bastante tempo, então depois de um tempo, Guilherme pegou em minha mão, ao ver isso, Adrielle disse "vocês deveriam se beijar", ficamos surpresos, ah eu quero, eu sempre quis mas, se a nossa família soubesse ia ser algo absurdo, nossa família é muito rigorosa, bom... parte da família é, se isso acontecer ia ser um absurdo. O pai dele aceitaria, ele sempre "jogava" o filho dele para cima de mim, falando "ele tá solteiro", "meu filho quer uma namoradinha" e até mesmo "vocês fariam um belo casal".

Olhei surpresa para o Guilherme, que estava vermelho, ele disse "e aí?" Fiquei sem reação, por mais que eu quisesse eu ainda estava pensando na nossa família. Adrielle começou a andar, nos deixando sozinhos lá atrás, quando estava distante falou alto "se vocês não forem ir logo, será que pelo menos podemos sair de baixo do sol?". Comecei a ficar muito tímida, pois Guilherme ainda esperava uma resposta, então eu disse "tá".

Ele colocou uma das mãos em minha cintura, a outra em minha nuca e foi se aproximando lentamente. Nesse momento eu sentia uma explosão de sentimentos, eu esperei por esse beijo por bastante tempo, é... Não foi esperar, mas talvez desejar. Então seus lábios encostaram nos meus, e começamos a nos beijar lentamente, cada vez a coisa ficava melhor. Um clima foi criando, um sentimento estranho transbordava em meu peito, naquele momento eu só sabia sentir. Eu podia sentir o cheiro dele, ele tinha um cheiro de baunilha, tão suave. Estávamos tão próximos que eu sentia seu coração pulsar. Estávamos tão conectados que naquele momento foi como se o mundo tivesse parado. Foi como se estivéssemos sozinhos no mundo e ele fosse só nosso.

Amor proibidoWhere stories live. Discover now