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Acordo, respiro fundo, coração a mil. Hoje eu vou embora. A saudade de casa aperta, me dói saber que eu e meu primo não vamos manter todo esse contato que estamos tendo aqui, e que lá, as coisas vão ser diferentes, eu amo ele, mas não vou poder ficar com ele.

Levanto da cama, me olho no espero, dou uma suspirava, por não saber o que esperar do futuro. Vou tomar meu café da manhã, e em seguida fazer minhas higienes matinais, passar uma maquiagem básica no rosto, acordo Carlos fazendo ele rir, acordo Larissa pulando nela, hoje é um belo dia para sorrir.

Ficamos em casa, e ajudamos a fazer de tudo, arrumar a casa, prender a roupa no varal, colher café, fazer umas plantações, molhar outras. Andamos a cavalo, subimos em árvores, pulamos no riozinho que tem atrás da casa, deitamos na grama, fomos picados por formigas, brincamos com os cachorros. Almoçamos, após almoçar, escovando os dentes, dei uma retocada na minha maquiagem e eu Larissa e Carlos resolvemos ué ver nossos primos na casa do meu bisavô. Assim que cheguei, fui correndo abraçar o Guilherme e lhe dar um beijão, um daqueles que a alma sai do corpo, abracei Adrielle, dei Oi para Aryel, e abracei o resto dos meus parentes, então eu me sentei em baixo da árvore junto com Guilherme e Adrielle, segurei a mão de Guilherme e começamos todos a conversar, Guilherme talvez vá hoje para casa também, porque ele está meio doente e precisa voltar.

Levantei, um dos grandes problemas das despedidas, é que você se conforma tanto com aquela vida, aquele lugar, aquelas pessoas, que se esquece que fora daquilo sua vida é outra, Guilherme foi comigo na casa da minha avó. Chegando lá, percebemos que estávamos sozinhos, fomos para o meu quarto, onde estava as minhas malas, ele se sentou na cama, abri a mala no chão, e joguei minhas roupas na cama, então comecei a dobrar, por na mala e conversar com ele, longas conversas e histórias, no fim de tudo, me deitei ao lado dele, que colocou a mão na minha cintura, fechamos os olhos, e naquele momento era só a gente ali. Ele me beijou, e me colocou por cima dele, começamos a nos beijar ferozmente, então uma blusa saiu, depois um short, ele ia dando chupões em meus peitos, e eu nele, a gente deixava marcas por todo corpo, ele batia em minha bunda, a gente se esfregava, e naquele momento maravilhoso, a infeliz da minha mente PARANÓICA estragou o clima, naquele lindo momento, me surge um nome na mente "Juliana" AAAAAA SUA MENTE FAJUTA, POR QUEEEE NESSE MOMENTO HEIN? Sai totalmente do clima, enquanto ele me beijava, chupava e fazia tudo de bom, eu ficava com cara de peixe morto, de fundo escutamos os cachorros latindo, isso significava que alguém estava chegando, graças a Deus, eu não aguentava mais, eu caí nos encantos da minha mente perversa e sai do lindo clima dos contos de fadas que estava acontecendo, levantamos as pressas, colocamos a roupa, fomos para a sala e ligamos a televisão as pressas, cada um sentou num sofá diferente, nunca se sabe quem é que vinha, se fosse meu pai, até em sofás diferentes ele já olharia torto, mas não era, quem estava vindo era Adrielle, com meu irmão e Larissa, Carlos sentou no meu colo e me abraçou, Larissa sentou do meu lado, e Adrielle olhou espantada para mim e para Guilherme, e então sinalizou para Larissa, que nos olhou espantados, e eu sem entender nada, mas assim que olhei o Guilherme, santo Deus, eu deixei muita marca mesmo, e então Larissa cara de pau, subornou Carlos, onde ele deveria de olhos fechados ir até a varanda, e lá abrir os olhos e procurar nossos pais e ficar com eles. Assim que ele saiu, as meninas me fizeram ir até um espelho. Tinha chupão no meu pescoço, no meu peito, e quanto mais eu procurava, mais eu achava, tinha na bunda, barriga e até em lugares escondidos, o mesmo eu digo do Guilherme, acho que a gente incorporou o clima mesmo. Fui correndo trocar de roupa, e colocar uma que escondesse mais, e fui pegar minhas maquiagens para tampar as que estavam a vista, peguei as maquiagens de Larissa e fiz o mesmo no Guilherme, já que o tom de base dela era o ideal para ele, elas duas começaram a falar "hmm safadinhos" mas gente nem aconteceu nada. Pensando bem, ainda bem né, a gente é primo, ia ser bem estranho né ? Eu acho, mas bem que eu tava afim mesmo. A maquiagem tampou a maior parte, a gente na hora que todo mundo tivesse dormindo ia ter que tacar gelo, fazer massagem, fazer de tudo para sair, nem se a gente falasse que caímos do barranco o povo ia acreditar que aquilo era machucado.

Lari foi fazer a mala e todo mundo no quarto ficou conversando, a gente tinha criado muita proximidade nesses últimos dias, o que fez essa viagem ser menos ruim, se não fosse por isso, todo mundo ia ficar sozinho sem fazer absolutamente nada e ia ser muito chato.

Depois de um tempo o pessoal da casa foi chegando, e já ia anoitecendo, e Jajá a gente iria ir embora. Eu não sabia se eu ficava feliz ou triste. Eu queria muito voltar para casa, reencontrar meus amigos, dormir na minha cama, ter minha internet de volta, mas ao mesmo tempo eu queria ficar aqui, um pouco mais com Guilherme e com todo mundo, sei que a gente mora bem perto, mas é estranho, lá todo mundo é meio afastado.

Amor proibidoWhere stories live. Discover now