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Acordei com a Lari pulando em mim para me acordar, e tomando cuidado para não acordar Carlos.

L. Bom dia florzinha
E. Bom dia meu amor.
L. Conta tudo, eu vi a hora que você chegou ontem bonita.
E. A gente conversou.
L. Conta mais.
E. Ele me trouxe até aqui.
L. E aí?
E. Ele me beijou, e foi a melhor sensação que eu já tive.
L. Aí meu Deus - ela se deitou ao meu lado, e ficamos olhando para o teto e sorrindo.
E. Há, você falou com Aryel?
L. Sim...
E. O que ela disse?
L. Bom, eu perguntei se ele namorava e tals. Ela respondeu que eles não são muito próximos, apesar de serem irmãos eles não são próximos, batemos um papo sobre isso, mas enfim, ela disse que há umas quarto semanas antes de vir para cá ela tinha certeza que ele namorava sim, tanto é que a garota frequentava a casa deles, porém ela sumiu e ela não escutou ninguém citando o nome da menina na conversa.
E. Tá, mas porque ela falou da menina ontem?
L. Eu perguntei, ela disse que foi uma forma de provocar o irmão.
E. O que vocês falaram sobre a família hein?
L. Curiosa...
E. Sou demais - rimos juntas
L. Ela disse que a relação com a família, mãe, pai e irmãos é bem diferente, contou que se sente deslocada em casa, que não gosta da mãe, se sente excluída.
E. Nossa que horrível, nunca achei algo assim dela.

Levantei da cama, respirei fundo e fui comer e fazer minhas higienes matinais. Fui até o terraço respirar um pouco, fechei os olhos e escutei o som do vento passando pelas folhas das árvores e dos arbustos. Entrei em casa troquei de roupa, arrumei o cabelo, passei rímel nos cílios e gloss na boca e fui ajudar minha mãe a estender roupa, começando a conversar e ela disse algo repentino.

M. Filha, acho que hoje você vai ter de ir dormir no seu bisavô, você,  Larissa e Carlos.
E. Porque mãe? - arregalei os olhos
M. Eu e seu pai vamos passar a noite na cidade.
E. Ué.
M. Na casa de Maria Madalena, a casa está vazia. Eu e seu pai precisamos de um tempo sozinhos.
E. As coisas estão se resolvendo? - minha mãe respirou fundo.
M. Não muito, a gente não tem muito tempo pra conversar, mas pelo menos não estamos brigando né?
E. Sim, espero que se resolvam.
M. Eu também.
E. Tá, mas porque não podemos ficar aqui na vó?
M. Sua vó vai na casa de sua tia, e não sabemos que horas ela vai chegar, e outra, vocês morreriam de tédio aqui sozinhos e a vontade de voltar para casa iria aumentar.
E. Isso é verdade... - começamos a rir.
M. Filha...
E. Sim?
M. Você e Guilherme?
E. ... - fiquei em choque
M. Eu não vou brigar, sei como adolescentes são, só peço para que você tenha cuidado, você sabe que seu pai não gosta nada disso e nunca aceitaria isso, e capaz que ele arrastaria a gente daqui na hora.
E. Eu sei mãe, mas eu e Gui, não rola nada...
M. Só uns beijos?
E. Acho que sim...

Continuamos conversando, e então os cachorros de minha vó começaram a latir, quando olhamos na estrada era Adrielle e João vindo, fui até lá receber eles, aqui na casa da minha avó não tem muita coisa para se fazer, então fomos até a casa de meu bisavô. Chegando lá, fui correndo e abracei Guilherme, que me pegou no colo e me deu vários selinhos. Sentei com Adrielle e Guilherme na grama que tem na frente da casa. E eles já vieram falando "você sabia que seus pais vão mandar você e seus irmãos dormirem aqui hoje, e talvez amanhã?", Os dois na maior felicidade, poderíamos acampar, dançar de pijama, assistir filme, pular, cantar e fazer outras mil coisas, começamos a rolar na grama de alegria, parecendo três bestas. Entramos dentro de casa, e mais uma vez resolvemos explorar, e então achamos uma casa bem bonita, e fomos entrar nos fundos da casa, quando eu digo que quando um grupo de adolescentes desocupados se juntam não pode sair muitas coisas boas (ou pode né), e então achamos um grande rio, e no meio dos matos tinha uma pequena estrada, onde levava para uma espécie de cachoeira que a água que caia era do rio que achamos, não podíamos nos molhar naquela hora pois já estava dando a hora do almoço e nossos pais e avós não iam gostar nada, então voltamos, e fomos o caminho todo de volta pensando no nosso acampamento que faríamos, e íamos chamar Rafael, Aryel e Larissa também, assim seria algo grande, precisaríamos conversar apenas com nossos responsáveis. Chegamos lá no meu bisavô, todos empolgados, então minha tia solta um "mas vocês não tem barraca" pois é nisso não pensamos, pois por sorte meu tio que fomos na casa ontem de noite disse "eu tenho duas barracas lá em casa" fomos salvos pelo tio que embebeda todos, ebaa, as crianças (João e Carlos) dormiriam em casa mesmo, e nos teens no nosso acampamento no quintal. Chamei Carlos para irmos para casa comer, e ele foi, fomos conversando o caminho todo, eu e meu menininho de ouro, chegamos na nossa avó, e fomos comer. Após comer, Larissa estava sentada na sala assistindo, então deitei minha cabeça no colo dela. Contei sobre o acabamento no quintal e ela adorou a idéia, nossos pais iriam ir para a cidade antes de escurecer, peguei minha mochila, coloquei um pijama meu, um do Carlos e o da Larissa, colocamos uma peça de roupa, e escova de dentes, cabelo, cremes, perfumes, sabonetes de rosto e outros itens de higiene tudo dentro da bolsa, iríamos tomar banho aqui e ir pra lá, então não iremos precisar tomar banho lá. Nossos pais já estavam preparando as coisas para sair. Larissa foi dar banho no Carlos, após, eu troquei a roupa dele enquanto ela tomava banho, e por último eu tomei banho. Coloquei um short jeans azul escuro, e uma regata preta, arrumei o cabelo, coloquei minha havaianas, passei um rímel, perfuminho e fui jantar, meus pais queriam sair antes de escurecer mas acho que se atrasaram um pouco. Quando estávamos todos prontos, pegamos carona com nossos pais, assim que descemos do carro, nos despedimos, Carlos começou a chorar. É a primeira vez que ele passa a noite sem nossos pais estarem na mesma casa que nós. Enfim, chegando lá, todos já estavam preparados para ir para a casa do meu tio, já que vão todas as noites, hoje não seria diferente. Os adultos que são apressados foram na frente, em seguida Larissa, Aryel e Rafael, e por último eu, Gui e Adrielle. Chegando lá, fomos beber refrigerante, comer salgadinho e jogar truco, isso mesmo, jogar truco!!!

Amor proibidoWhere stories live. Discover now