14° Fim

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Os pais de Guilherme chegaram, descemos para a sala como pessoas comportadas, eu falando "Oi" para os pais deles, mal imaginam eles, que no quarto o filho deles me desceu a rola. Todos ficamos na sala, conversando, comendo, bebendo, eles disseram que quando fomos embora, a viagem perdeu a graça, pois não tinha nada pra fazer lá, e que eles já não viam a hora de voltar. Quando deu 11 horas da noite, eles começaram a se despedir, eles pegaram as malas de Guilherme e foram levar para o carro, e deixaram só nós dois na sala, eu já estava com os olhos cheios de lágrimas, dei um beijo nele, e nos abraçamos, fomos para fora, e eu me segurando, ele começou a dar tchau para meus pais e meus irmãos e agradecer a eles por terem acolhido ele por esse tempo e cuidado dele, quando chegou na minha vez ele me deu um beijo na testa. Enfim, vi ele indo embora e levando meu coração junto.

Entrei em casa e peguei meu celular, e lá tinha uma mensagem de Guilherme, achei estranho pois ele havia acabado de sair.

Gui amor:
- hey?
Todos esses dias quis te dizer algo... Algo que não tive coragem de falar pessoalmente.
Eu te amo garota. Fiquei com medo de dizer pessoalmente, medo da sua reação.

Abracei o celular, ainda com lágrimas nos olhos e fui ao meu quarto com um sorriso no rosto. Deitei na cama, e correspondi a mensagem dele.

E foi assim as nossas semanas seguintes, pelo celular, dizendo coisas bonitas, papo de futuro, mil sonhos, nos chamávamos de amor e tinha mensagens de bom dia e boa noite todos os dias, estaria eu vivendo um sonho? Talvez, depois de um mês de conversa, descobri que ele havia voltado com a namorada assim que chegou na cidade, e por isso estava me evitando pessoalmente, por isso só correspondência por mensagens, meu mundo caiu, meus sonhos de adolescentes se esvaíram. Após a descoberta, que aliás foi por ele, ele me disse no meio de uma conversa "minha NAMORADA está enchendo o saco aqui" e eu "namorada?" Aí ele "é, eu voltei com a Juliana" eu disse pra ele que parariamos de nos chamar de amor, e aquela melação toda acabaria também, o palhaço ainda teve coragem de perguntar o PORQUÊ de eu não querer mais aquilo, enfim, me afastei dele bruscamente, parei de responder as mensagens e etc. Fiquei pensando naquilo por dias, e por mais que depois de alguns dias eu houvesse superado aquilo tudo, por que eu sabia que não daria certo toda aquela relação (porém no fundo ainda tinha esperança), eu ainda pensava naquilo algumas vezes, era como se fosse um sonho, algo que nunca tivesse acontecido, não achei que algo assim aconteceria comigo, eu me senti podre.

Nas semanas após a talvez superação, eu conheci um garoto novo, ele conhece meus pais, mas foi apresentado como amigo apenas, e semana que vem iremos viajar. O nome dele é Frederico, conheci ele por amigos em comum, ele é lindo, bronzeado, cabelo liso e preto, tem olhos claros, mora aqui no condomínio, é super simpático e engraçado, e o melhor, não tem ex para voltar com ela Hahahaha.

Dia da viagem:

Eu e Frederico, vamos a Paris, tenho uma tia que mora lá. Pegamos o avião as 7 da manhã e chegamos lá 8 horas da noite, Paris estava linda aquele dia, brilhante, aconchegante e apaixonante. Eu e Frederico descemos de mãos dadas, e fomos esperar as malas, enquanto isso fui mandando mensagem para minha tia, dizendo que eu já estava no airport, e que dali uns 10 minutos eu já pegava o Táxi. Frederico e eu ficamos conversando, e esperando as malas, nunca nos assumimos como ficantes, sempre como amigos, mas para a minha tia será diferente, ela é super descolada, e super antenada nos assuntos atuais ela é minha tia mais legal.

F. Meu bem, será que aquelas são nossas malas? -apontou ele para a direita.
E. Não sei, tem outra igual ali ó - apontei para a esquerda. Começamos a rir e fomos ver qual era a nossa.

Pegamos o táxi, e fomos conversando com o moço, em inglês, ele era Havaiano, e foi morar em Paris por vontade da mulher e filhos dele. Descemos no nosso local de chegada e demos 5 euros a mais para o moço que foi muito gentil conosco. Entrando na casa da minha tia, ela já veio nos receber com um abração bem apertado, começamos a conversar sobre a vida, minha tia adorou conhecer Frederico, subimos para o quarto que era junto, enquanto ele tomava banho, eu arrumava as coisas no guarda roupa e na penteadeira, separei minha roupa e toalha e comecei a esperar ele, sentada na cama e entediada, até que ele abre a porta do banheiro, só de toalha, óbvio que eu olhei né, mas me segurei e fui tomar meu banho. Assim que saí, Fred já estava deitado, pulei em cima dele, e me deitei sob os braços dele, Frederico sempre cuida de mim, sempre se preocupa comigo.

E. O que achou da minha tia meu bem?
F. Ela se parece contigo, bem engraçada e doida - ele deu um sorriso lindo.
E. To falando sério besta. - fiz marra.
F. Eu gostei amor, ela é divertida, acho que esses dias que vamos passar aqui, vai ser muito legal, parece que amanhã ela quer que a gente conheça o restaurante da torre, e eu tô ansioso desde já pra conhecer.
E. AAAAA EU TAMBÉM. - a gente sorriu, e deu um selinho demorado.
F. Garota, você é incrível.
E. Garoto, você é muito mais, sabia?
F. Aé?
E. Claro, tem que ser muito incrível mesmo pra me aguentar. - começamos a rir de novo, e então eu sentei em cima dele na cama e afastei seu celular.
F. É verdade, você é muito chata. - e ele me puxou e me abraçou. E assim dormimos.

Amor proibidoWhere stories live. Discover now