Sucessora da máfia - finalizado

Capitulo 10

Entro no casarão pelo portão da frente, depois de ter estacionado um dos carros do meu pai, que peguei emprestado, do lado de fora. A casa estava silenciosa, o que me deixava ainda mais angustiada. Respiro fundo e ando devagar pelo jardim.

Ando com suavidade e antes de entrar pelas portas com vidro fumê, amarro o meu cabelo em um rabo de cavalo. 

Logo escuto uma musica lenta. Me sinto como naqueles filmes de ação em que a pessoa principal entra pela sala, vê um corpo e vai para a cozinha beber um café. Pelo menos a parte do corpo bate. 

Não está morto. Isso eu tenho certeza. Já que aqueles olhos azuis me fitam com espanto. 

Antonio está sentado no chão com os braços e as pernas atadas, um de seus olhos está inchado e sua boca celada, mas não impede de me fitar com aquele pavor. 

Sei que já me reconheceu. Sabe quem eu sou e o que pode dizer a Bernardo, mas tento abstrair sobre isso.

- Juan! - O chamo. Quero acabar logo com isso. 

Me sento em uma das cadeiras e espero o chefão descer. Enquanto isso, tento mexer no meu cabelo e mostrar descontração, que é a ultima coisa que eu tenho.

Ele aparece nas escadarias e sorri divinamente para mim. Quem o vê na rua nunca imaginaria que ele seria um Gangster.

- Maria! - Com o sotaque de Juan, meu nome fica parecido com 'Mariah!', o que foi um tanto estranho.

 Seguro minha arma e observo o silenciador. A carrego e sorrio de volta. 

- Vim mostrar a minha enorme lealdade. - Comento com um tom de deboche. Juan sabe que se fosse para mostrar minha lealdade isso já teria sido comprovado a muito tempo. Estou trabalhando para ele a alguns anos e nunca... dei trabalho.

 - Então vamos, Maria! Quero ver você matando alguém!  - Juan sorri doentio. 

Engulo a seco. 

- Uma bala na cabeça. - Me ponho de pé e me forço a continuar sorrindo. 

Antonio me olha com suplica. Minhas mãos tremem mas eu consigo por a arma levantada.

Aponto para a cabeça e atiro.