14 - Um novo dia

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Querido diário, hoje faz três dias que o Luke nos deixou. Estou tentando seguir em frente, mas sempre me pego pensando nele no decorrer do dia... Está sendo complicado.

Pietra escrevia em seu diário enquanto segurava com a mão esquerda o colar que Luke a havia presenteado quando ouve alguém batendo na porta, ela fecha o diário e guarda na cômoda antes de abri-la. Era Hope.

— Como você está?

— Estou bem...

— Caroline marcou uma reunião com todos sobre o novo protocolo de segurança, vamos lá, estamos atrasadas.

As duas descem as escadas correndo e seguem para a área de treinamento dos lobos, esse tipo de evento sempre acontecia por lá, já que era um espaço enorme, perfeito para reunir todos. Por sorte, Caroline ainda não havia dado início a reunião, estava aguardando as gêmeas que estavam avisando aos demais alunos para seguirem até o local.

— Olá, alunos do Instituto Salvatore. Há 3 dias houve um incidente aqui e infelizmente não acabou nada bem, por tanto decidimos criar novas regras e aperfeiçoar o nosso protocolo de segurança. A partir de hoje todos vocês devem redobrar os cuidados... — Dificilmente o Instituto conseguia se manter em silêncio, mesmo em horário de aula sempre havia aquele burburinho que dava vida ao nosso lar, mas hoje estava diferente, enquanto Caroline falava todos a ouviam sem fazer um barulho sequer...

— As saídas a noite vão ser monitoradas, vocês só poderão sair com a minha permissão, nada de deixar avisos em bilhetes como antes no meu escritório, por tanto evitem sair durante a noite, e de preferência, não vão sozinhos. Toque de recolher. Vocês vão poder ficar até 00:00 na rua, mas assim que der esse horário os portões serão protegidos com magia para evitar convidados inesperados. Irei tomar as devidas providencias, porém, a segurança de vocês é minha prioridade como diretora. Obrigada pela atenção, podem voltar para suas aulas.

— Aí que saco, tudo isso por causa daquele crápula!

— Adeus festinhas fora daqui... — Pietra ouviu duas garotas comentarem enquanto seguiam para suas respectivas aulas, o que a deixou triste novamente.

Assim que as aulas acabaram, os alunos seguiram para a sala de jantar e como o clima ainda estava meio pesado por ali, não demorou muito para que todos fossem para a cama.

HOPE MIKAELSON

— Ai! — Sinto uma uva bater no meu ombro e ao olhar em volta vejo que foi o Josh que a jogou, ele mexe em sua orelha e eu respondo mexendo na minha, aquele sinal significava que ele precisava conversar comigo, adotamos isso depois que eu vi em um livro e por mais que seja bobo, sempre funcionava.

Assim que terminou o jantar, subi para a sala de feitiços que dava uma visão para o portão do Instituto e aguardei o Josh. De repente sinto duas mãos cobrirem meus olhos.

— Olá, você demorou — digo.

— Desculpa, tive que despistar umas garotas que estavam na minha cola...

— Ah é? Umas garotas?

— Sim, porque? Ficou com ciúmes? — ri.

— Claro que não, idiota — digo revirando os olhos.

— Estou zoando com você, estava falando com a Pietra, ela parecia meio mal...

— Ela estava apaixonada, vai demorar pra superar...

— É, e foi por isso que eu tive a ideia de sairmos esse fim de semana, fazer um piquenique no parque talvez... Esse clima aqui está muito pesado, vai fazer bem pra ela e pra nós também, eu sinto falta dele...

— Acho uma ótima ideia, vou me empenhar em convencer ela a ir.

— Isso, mas agora vem cá...

O Josh me puxou para perto de si e colocou as mãos em minha cintura, estávamos tão perto que eu podia sentir seu hálito de menta, ele aproximou ainda mais seu rosto do meu e começamos um beijo lento, cheio de paixão, eu me sentia totalmente segura quando estava em seus braços, segundos depois, ou minutos, quem sabe... Nos afastamos sem fôlego e ficamos abraçados por um instante.

— Hope, vira, olha isso.

Eu me virei rapidamente e logo entendi o que ele queria me mostrar, havia um homem de capuz preto na entrada do Instituto, não vi seu rosto, mas instintivamente me lembrei de Kai Parker. Havia algo de errado ali, o homem nem ao menos tentava entrar, estava apenas parado olhando como se procurasse por algo.

— Precisamos avisar a Caroline!

Os dois jovens saem em disparada até a sala da diretora. Ao chegarem, batem na porta repetidas vezes e Caroline atende:

— O que houve?

Acabamos de ver alguém que eu julgo ser o Kai pelos arredores do Instituto. Vimos pela janela.

Caroline fica desesperada e rapidamente fala:

— Avisem para Lizzie e Josie ficarem atentas e não deixe ninguém sair em nenhuma circunstância. Vou ver o que esse desgraçado quer!

Caroline vai até o portão e encontra Kai, rapidamente o agarra pelo pescoço contra a parede e estranha ele não esboçar nenhuma reação.

— O que você quer? — mostra suas pressas de vampiro e o levanta do chão.

— Ca..calma. Não vim fazer mal algum.

— Não mente, Kai — Caroline aperta mais o pescoço e vê que ele começa a sangrar pelo nariz. Ela o solta percebendo o quão fraco ele estava.

— Ta vendo? Estou morrendo. Não me resta muito tempo.

— E você espera que eu te perdoe ou algo do tipo?

— Preciso de ajuda.

Caroline ri.

— Você só pode está de brincadeira.

— Eu sei de algo que irá fazer você mudar de ideia. Fala tossindo e cospe sangue.

— Você está mentindo só para conseguir ajuda.

— Não, não... é sobre Marjory — fala com dificuldade.

— Marjory? Aquela Bennett maluca?

— Essa mesma. Ela quer vingança contra a linhagem Bennett. Eu a tinha matado, mas o corpo dela não estava onde eu tinha deixado. Acho que ela ressurgiu das cinzas, literalmente — Kai dá risada ao lembrar do ocorrido.

— Eu posso ajudar na localização se você me ajudar. Simples e fácil. Uma troca justa, não acha? — sorri sarcástico.

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Instituto SalvatoreWhere stories live. Discover now