Nova Aliança

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— Está na hora de acordar — diz Hope

Jonathan acorda e percebe que está imobilizado em uma cadeira e está com uma espécie de soro em sua veia, porém era verbena que estavam injetando nele, por isso ele estava tão zonzo e quase não conseguiu se mover para tentar libertar-se.

— Se eu fosse você nem perderia meu tempo tentando se soltar, só vai te debilitar mais. Hope tira a agulha do braço do jovem para que ele se recuperasse o suficiente para responder as perguntas.

— Por que vocês me prenderam? — fala com raiva na voz

— Você estava se alimentando e matando, sem qualquer preocupação, de estudantes. Estava querendo expor novamente os vampiros? — questiona Hope e recebe apenas o silêncio em reposta.

— Vamos agilizar isto. Qual o seu nome? — tenta novamente.

— Você acha que eu vou responder tão fác...

Antes que ele pudesse terminar a frase Hope aperta seu pescoço e o faz sentir como se a cabeça estivesse explodindo através de magia.

— Tem certeza que não vai me responder? — Hope sorri.

— CALMA, calma! Meu nome é Jonathan — diz ele um tanto desesperado.

— Há quanto tempo está em Mystic Falls?

— Uns dias — fala contra sua vontade.

— Por que veio pra cá? — fala Hope se aproximando um pouco mais das grades da cela.

— Me indicaram.

— Quem?

— Não importa.

— Não quer me contar?

Hope insere a agulha na pele de Jonathan mais uma vez fazendo-o gemer de dor

— Não, eu não vou contar — diz entre gemidos.

— Ok, mais tarde eu volto caso queira me contar mais sobre isso...

— Espera, eu não vou sair dessa cela hoje? — questiona Jonathan enquanto anda até a grade e a chacoalha.

— Sairá, mas só depois de contar a verdade.

— Tudo bem, quem me trouxe aqui já está morto, foi um vampiro recém criado que me transformou, quando ele percebeu o que tinha feito, tentou me matar, mas eu o matei primeiro. Já estávamos próximo da cidade quando isso aconteceu e eu vim sozinho.

— É só isso?

— Sim.

— Você tem certeza? Se eu descobrir que está mentindo essa situação aqui será bem pior.

— Sim, tenho certeza.

— Ok, irei te soltar, mas nem pense em fugir, os portões são protegidos com magia se tentar algo vai se dar mal. Vai dormir aqui essa noite, comporte-se!

Hope se aproxima das grades da cela e abre o cadeado que o prendia lá, acompanha o jovem até um quarto vazio no fim do corredor do dormitório masculino e segue para seu quarto.

Jonathan

— Mas que inferno! Passar a noite nesse lugar — falo socando uma parede.

Ando pelo quarto e observo o quão sem graça é aquele lugar, sinto um tédio enorme e resolvo descer até a cozinha, chegando lá, vejo uma moça recitando algumas palavras e noto que em seguida um copo de vidro cai e quebra.

— Eu vi isso.

— Quem você pensa que é pra chegar assim? Não deveria nem ter saído do seu quarto — fala meio engasgado com tom de desespero.

— Eu estava entediado — responde com deboche.

— Você não viu nada, saia daqui.

— Espera, se você estava fazendo isso escondida, significa que não podia fazer... O que é?

— VAI EMBORA!

Eu a pego pelos ombros e a chacoalho, na tentativa de que ela me escute, mas a mesma não para de gritar

— Desse jeito você vai acordar todo mundo, para de gritar, sua louca!

— Me solta!

— Calma, ta legal? Eu sei que vocês me encontram num mal momento, mas eu não sou tão ruim assim, eu sei que você ta sozinha, assim como eu. Confie em mim, eu posso te ajudar, me conta o que estava fazendo aqui— falo tentando acalma-la.

— Como vou saber que você não vai contar pra todo mundo? — um tom de desconfiança surge em sua voz.

— O que eu ganharia com isso? Eu não conheço ninguém aqui, nem queria estar aqui, eu to tentando me aproximar de você porque você parece comigo, por favor me deixa te conhecer melhor, conta.

— Tudo bem, eu perdi meu namorado há algum tempo, um louco chegou aqui ameaçando todo mundo e o matou, por isso colocaram feitiço na entrada, era uma forma de evitar que isso acontecesse novamente, desde então eu sofri muito com sua perca... Até que conheci uma mulher, ela é esperta, elegante, e me ensinou um tipo de magia, não é muito conhecida, eu estava treinando para que um dia pudesse usar para traze-lo de volta, era isso que eu estava fazendo aqui...

— Nossa, que história... Eu sinto muito por isso, como era o nome dele?

— Luke, ele se chamava Luke Donovan.

— Nome legal, mas e aí? Porque ta fazendo escondida? É alguma prática ilegal?

— Não, não conheço muito sobre isso, mas a mulher me explicou que não era ilegal, faço escondida porque a diretora nunca permitiria que eu o trouxesse de volta.

— Entendi, conte comigo se precisar. Amigos?

Estendo minha mão para ela em oferta de paz

— Amigos.

— Nós conversamos esse tempo todo e até agora você não me disse seu nome, como se chama?

— Perdoe-me, me chamo Pietra e você?

— Meu nome é Jonathan, agora vai dormir, sua louca. Chega de quebrar copos por hoje.

— Obrigada por me ouvir.

— Boa noite, Pietra.

Instituto SalvatoreWhere stories live. Discover now