Acampamento- parte 3 (2)

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Eu estava completamente irritada quando voltei à superfície e ele não parava de rir. IDIOTA!

Não acredito que ele me atirou para a água e agora? A minha roupa está encharcada, o meu cabelo... ahhhh e pior nem sei o caminho de volta. 

Se o meu olhar matasse ele provavelmente já estava a flutuar. 

Nadei até às rochas para fugir à atenção daquele rapaz. 

-Onde é que vais? - ele não parava de rir nem um segundo. - Vá lá Alice não é nada de mais. 

Ele nadava bem mais rápido que eu e apanhou-me antes de eu chegar à ponta, agarrou-me pela cintura e puxou-me para ele envolvendo-me num abraço apertado. 

-O que é que pensas que estás a fazer? Seu idiota já viste como é que nós estamos? Como é que vamos voltar todos molhados para o acampamento? - contorci-me para escapar aos braços musculados e tatuados dele. 

-Fazes demasiadas perguntas. - ele riu-se de novo e puxou-me mais para ele (como se isto fosse possível). 

-E tu dás poucas respostas. - quis soar chateada mas não aguentei e ri-me. 

Porquê é que quando estou com ele perco o juízo todo? E vamos ser sinceras estar encostada ao corpo dele não ajudava nada.

-Um riso? Pensei que fosses ficar chateada para sempre. - ele acrescentou a sorrir. 

-Ainda estou chateada. 

-Mas estás te a rir muito. - ahhh quem é que eu quero enganar, eu antes até estava chateada mas agora só conseguia achar piada.

-É impressão tua. - olhei para baixo para observar as tatuagens mais de perto.

Havia uma que já me tinha chamado à atenção antes, era uma frase em Francês.

-O que é que esta significa? 

-"Tout n'est pas rose" significa nem tudo é cor de rosa. 

Não resisti e levei os dedos ao braço dele traçando com cuidado as letras da tatuagem. 

-Tem algum significado para ti? Isto é, profundo? 

-Bem nunca ninguém me perguntou isso... acho que sim, eu já passei por muita coisa sei que as coisas nem sempre correm bem. A maior parte das vezes até são uma merda. 

-Oh - foi a única coisa que me saiu. - Eu gosto dela, também sei que a vida tem diferentes cores e algumas custam a ver.

Continuávamos abraçados um ao outro o que parecia estranhamente natural e familiar. 

-Estás a falar da tua mãe? Eu lamento Alice imagino que tenhas sofrido muito. - ele virou-me e pegou-me ao colo fazendo com que as minhas pernas o envolvem-se. 

O nosso olhar cruzou-se e por momentos achei que ele me ia beijar, mas não o fez. 

Suspirei fundo. 

-Sofri muito sim mas com o tempo as coisas melhoram, eu acho... 

-Uma coisa que não percebo é como é que és assim. Tão, tão boazinha. Devias odiar o mundo por levar a tua mãe. 

-E isso mudaria alguma coisa? Só ia viver infeliz e chateada com tudo e todos, eu mereço mais. 

Ele pareceu pensar sobre o que eu disse durante alguns segundos mas logo voltou à realidade.

-Alice já te disseram que és linda? - as borboletas na barriga começaram a dançar. 

-Brandon não comeces... 

Choque frontalWhere stories live. Discover now