Praeclarus Anguis

Capítulo 15 - Raia Ciúmes

Era como se ele voltasse no tempo para setembro. A primeira coisa que Tom fez quando acordou foi olhar furiosamente para ele antes de descer as escadas do dormitório, os olhos azuis brilhando de raiva e, se ele não estivesse enganado, o que parecia estar ferido. Confuso, Harry vestiu roupas diurnas e foi para o café da manhã.

O ar frio parecia irradiar do outro garoto, que não perdeu tempo em usar a edição daquele dia do Profeta Diário como uma barreira entre eles no momento em que foi entregue. Goyle estava tentando descrever em detalhes os méritos de usar bombas de esterco como armas contra os primeiros anos da Grifinória - um feito que, considerando sua baixa inteligência, era monumentalmente difícil para ele - mas Harry simplesmente não era capaz de se dedicar ao outro garoto toda a sua atenção.

Ele sabia que Tom não estava lendo o jornal.

[...]

Assim que o café da manhã terminou, ele jogou o Profeta para baixo e saiu do Grande Salão. No momento em que Harry voltou para os dormitórios para recolher suas coisas, Tom já havia feito a primeira aula sem ele. Incapaz de suportar a aura gelada quase visivelmente sangrando do moreno escuro - até o ponto, ele notou tardiamente que até mesmo Nagini lhe dera um amplo espaço - Harry se assustou ao sentar ao lado dele durante Transfiguração e Poções e foi sentar-se com Kenny e Minerva.

-“O que há de errado com Riddle?”- A ruiva resmungou, lançando um olhar irritado para o canto da frente da sala onde Tom agora estava sentado sozinho olhando abertamente para eles como se na sincera esperança de que todos os três simplesmente caíssem mortos. Slughorn, é claro, falhou em notar a total falta de atenção de seu aluno no assunto. -“Ele vem fazendo isso desde o começo da Transfiguração. Ele é está tão sub-zero que até mesmo Dumbledore não queria corrigi-lo."-

-"O que você fez, Harry?"-

-"O que eu fiz? Eu não acho que fiz nada. Pelo menos ... Não que eu possa lembrar."-

-"O sujeito tentou proibir você de brincar conosco ontem?"-

-"Não; ele me disse para ir. Parecia completamente calmo também. ”-Harry disse.-"Eu duvido que tenha algo a ver com isso."-

-"Então o que aconteceu para fazê-lo agir dessa maneira?"- Minerva perguntou, estremecendo.

Harry deu de ombros, impotente. -“Seu palpite é tão bom quanto o meu. Eu realmente não tenho ideia do que está arranhando sob sua pele neste momento. Pelo que sei, ele dormiu mal e isso mudou completamente seu humor."-

-“Parece crível. Eu venho dizendo há muito tempo que aquele bastardo é doentio."-

-"Ele não é um bastardo, Kenny."-

-“Por que você está defendendo ele, Harry? Nós dois sabemos como ele é. Você ainda mais, considerando que você está em sua casa. ”-Ele disse. -"Você gosta dele ou algo assim?"- Quando Harry corou em vez de responder, ele balançou a cabeça em descrença. -"Puta merda. Você gosta! Minerva, ele gosta de Tom Riddle!"-

-“Fale mais baixo, você consegue ?”-

-“Ele tem razão, Kenny. Você está sendo bastante barulhento."-

-“Ele não é a melhor pessoa do mundo, eu sei disso. Mais do que a maioria das pessoas acredita, sim. ”-Sim, ele sabia muito melhor do que qualquer outra pessoa ali - até mesmo o próprio Tom - a que distância de uma pessoa boa ele era. -“Mas ele tem seus momentos. E ele é muito encantador."-

-“Sem mencionar uma boa trepada, se os rumores são verdadeiros. Ai, Minerva!"-

-"Não seja vulgar, Harry já está tão vermelho quanto o banner da Grifinória!"-