Capítulo 32 - Retorno à Câmara

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-“Você tem certeza disso, Ginny?  Quer dizer..."- o olhar de Neville pousou na pequena placa desbotada pendurada na parede ao lado da porta. -"...este é o banheiro de uma garota. "-

-"Ninguém usou esse banheiro em pelo menos algumas décadas, Neville."- Ginny o tranquilizou. -“Se ninguém notou Harry, Ron e Hermione preparando a Poção Polissuco lá durante o segundo ano, ninguém vai notar que nós três ficamos ali o tempo suficiente para conversar com a Murta Que Geme.”-

-"Sim. Ninguém vai notar. Ninguém entra no banheiro por causa da Murta Que Geme. ”- Luna secundou.  -"Devemos estar mais preocupados se ela vai falar conosco ou não. Eu ouvi sobre ela de algumas pessoas;  supostamente ela não é muito legal."-

-“Ela gosta de Harry;  Se mencionarmos que isso poderia ajudá-lo, tenho certeza de que ela estará mais do que disposta a conversar. ”- Ela disse, indo em direção à porta. -"Vamos. -Não devemos ficar por aqui ou seremos pegos."-

A velha porta se abriu em longas dobradiças não lubrificadas e as luzes se apagaram, iluminando os ladrilhos desbotados e as pias de prata manchadas. Seus passos se chocaram contra o chão rachado enquanto se moviam mais para dentro do quarto, misturando-se ao som de soluços suaves que emanavam de dentro de uma das baias.

-"Parece que a encontramos."- Ginny notou baixinho antes de subir até a tenda mais distante da porta e abri-la.  -"Murta?"-

O fantasma chorando levantou a cabeça para olhar para eles.

-“Oh, o que é isso? Alunos fora da cama muito depois do toque de recolher? Venha para procurar pobre mórbida miserável  Murta que geme?  Para zombar de mim, talvez? Ou jogue algo em mim de novo? Eu sei que foi você quem fez isso aquela vez."-

-“Eu estava tentando me livrar do Diário, eu não sabia que você estava naquele banheiro em particular. Eu sinto muito.”- Ela disse rapidamente.  -"Mas não estamos aqui para zombar de você ou jogar coisas em você.  Estamos aqui por causa de Harry."-

-"Harry?"- Ela levantou a cabeça, seu tom mudando de defensivo para curioso.  -"E ele?"- Myrtle flutuou de onde ela estava sentada para olhar para o lado da tenda. -"Ele está aqui?  Já faz quase dois anos desde que eu o vi."-

-"Oh, hum, não. Ele não está conosco no momento."- Neville disse quando Myrtle examinou a sala e começou a olhar para ele.

-“Ele está em perigo, Myrtle. E a Senhora Cinza sugeriu que você poderia nos ajudar."-

Seu olhar voltou para Ginny. 

-“Ele está realmente em perigo? Tudo bem, eu vou ajudar você. Mas, em troca, gostaria que você lembrasse a ele que, quando ele morrer, ainda será bem-vindo para compartilhar meu banheiro. ”-

-"... vamos fazer isso."-

-"Bem, então, o que você gostaria de saber?"-

-"Tudo o que você pode nos dizer sobre Tom Riddle."-

-"Tom Riddle".- Ela repetiu, meio sonhadora e meio amargamente. -“Eu estava dois anos atrás dele na escola;  ele e eu éramos ambos intimidados terrivelmente, ou assim eu ouvi, e ainda de repente em seu quarto ano Sonserinos e eventualmente a escola inteira foi de tratá-lo como um proscrito para tratá-lo como um Deus.  Não tenho certeza do que aconteceu, mas rumores que ouvi falar dele eram descendentes diretos do próprio Salazar Slytherin, o herdeiro da Sonserina, e que ele podia falar com cobras. Ele era um rapaz bonito.  Inteligente. Educado. Embora não para mim, claro que ninguém fazia isso. Mas por que ele seria? Eu era uma 'sangue-ruim' ”.-

Myrtle bufou.

-“Todo mundo na escola queria ele.  Seu pequeno clube, seus Cavaleiros, ele os chamava, também eram um tipo de harém, embora duvide que ele estivesse se envolvendo com todos eles. Ele me pareceu mais saboroso do que os gostos de Crab e Goyle.  De qualquer maneira, eu estava tentando ficar longe deles."-

Praeclarus Anguis  Where stories live. Discover now