Quinze

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não deixem de ler as notas finais!!! é sempre importante. boa leitura~

Nós quase não conversamos.

Mas nós estávamos treinando para caramba e ensaiando no telhado toda noite. Soonyoung, de algum jeito, tinha conseguido um CD player com o Jihoon.

Depois de duas horas, Chan gemeu e se sentou.

"Levanta" Soonyoung disse, mas o Chan não se mexeu. "Chan"

"Deixa eu fazer uma pausa, hyung. Meu corpo todo está doendo" ele disse e se deitou no chão sujo do telhado.

Soonyoung suspirou, mas concordou.

Junhui foi até a caixa que estava no banco desde a primeira vez que eu tinha vindo no telhado e a abriu.

"Jun, nada de álcool" Soonyoung disse, mas Junhui apenas o ignorou.

"Como vocês conseguem essas bebidas?" eu os perguntei.

"É que algumas pessoas que moram aqui são bem burras. Eles celebram umas coisas na sala das enfermeiras as vezes e nós gostamos de roubar as bebidas deles" Soonyoung explicou sorrindo.

"Você quer um poco de vinho super caro, Minghao?" Junhui perguntou mas eu neguei com a cabeça.

"Eu não bebo" eu disse e Junhui riu.

"É claro que não" ele disse.

"Você também não vai beber, Jun" Soonyoung suspirou e se levantou para tirar a garrafa das mãos dele.

"Você não pode me dizer o que fazer"

"Minghao, diz pra ele não beber hoje" Soonyoung disse e todos me olharam.

Parecia até que Junhui queria que eu dissesse.

Então eu disse.

"Não beba hoje" eu disse e Junhui sorriu.

"Tudo bem" ele disse, caminhando de volta para onde estávamos.

Ele se sentou ao meu lado.

"Ele foi preso" Junhui falou e todos nós sabíamos de quem ele estava falando.

"Como você sabe?" Chan perguntou.

"Minha mãe me ligou. Depois de seis meses. Ela está agindo como se se importasse, mas ela nem sabia que eu estava aqui até hoje" ele disse e sacudiu a cabeça.

"Chan e eu vamos para cama cedo hoje. Venha, vamos" Soonyoung disse de repente, se levantando.

“Que?” Chan perguntou confuso.

“Sim, se levanta” ele disse, puxando o menor para que se levantasse também.

Antes que eles fechassem a porta, pudemos ouvir Soonyoung falando. “Os dois pombinhos precisam de um tempo sozinhos agora, idiota”

E junhui começou a rir.

Depois disso, o silêncio se instalou.

Nós ainda estávamos sentados do lado um do outro, mas não tínhamos do que falar.

“Tem alguma coisa que você sinta falta?” ele me perguntou de repente.

“Bom, eu sinto muita falta da praia”

Junhui começou a rir novamente. “Não, eu quis dizer comidas. Tem algo que você sinta falta de comer?”

“Na verdade não”

“Finja que não tenha calorias ou algo assim”

“Pudim de chocolate…” falei.

“Sério?”

“Sim, era algo que eu comia o tempo todo. Mas também foi o que me fez parar de comer coisas desse tipo”

“O pudim de chocolate daqui é muito bom. Por que você não experimenta alguma vez?”

Suspirei. “Você não pode dizer para um anoréxico comer algo com tanto açúcar assim”

O sorriso dele desapareceu. “Então você admite que tem anorexia?”

Neguei com a cabeça. “Não, foi só uma desculpa” respondi.

Ele apenas assentiu. “Minghao, eu quero muito beber agora. Eu quero celebrar. Meu pai vai ficar longe pelos próximos anos, eu quero fazer uma festa” ele disse, se levantando.

“Nós deveríamos fazer uma” eu disse e ele me ajudou a levantar. “Eu posso chamar o Chan e o Soonyoung e-”

“Não, eu quero ficar com você” ele disse, segurando minha mão e me levando para o banco consigo. “Eu esperei por esse dia…” ele disse enquanto abria uma garrafa. “Tem um pouco de água para você, Minghao” ele riu. “Vamos fazer um brinde!”

“Mas nós não temos copos” falei, olhando em volta.

“E daí? Beber direto da garrafa é mais legal” ele riu.

“Você parece muito feliz hoje” comentei sorrindo.

“Porque eu estou” ele gritou. “Tim tim!”

“Tim tim”

E a garrafa dele tocou minha garrafa de água, assim como nossas mãos livres tocaram uma a outra.

Junhui tomou grandes goles até perder o fôlego.

“Vamos até a grande assistir a vida noturna abaixo de nós!” ele ainda estava gritando.

Nós nos levantamos e baixamos nosso olhar. Já era noite, mas as ruas ainda estavam agitadas.

“Por que será que eu me sinto livre os assistindo?” perguntei ao Junhui. “Quero dizer, nós estamos trancados nesse hospital mas eu me sinto tão livre agora”

Junhu assentiu. “Entendo o que quer dizer. Eu sinto o mesmo” ele disse enquanto segurava minha mão novamente, a apertando com carinho. “Obrigado”.

“Pelo quê?”

“Por existir” ele tomou outro gole e eu não pude evitar corar.

“Cala boca” falei, o fazendo rir.

“Estou só dizendo a verdade, babe”

“Eu disse para calar a boca. E eu não sou seu babe, idiota”

Ele gargalhou. “Por que você é tão fofo?” ele sussurrou.

E beijou minha bochecha.

“Junhui, me desculpe, mas eu não sou gay” eu tentei dizer enquanto ainda sentia os lábios dele em minha bochecha.

“Você é. Você é gay por mim, Minghao” ele disse, rindo novamente.

E dessa vez eu ri junto a ele, porque ele estava certo.

“Sua risada é linda, Minghao”

“Sua risada também é linda, Junhui”

E então ele beijou minha bochecha novamente.

...

[n/t]: oiii desculpa a demora pra postar mais esse capítulo, mas está aí! é um dos meus preferidos, finalmente a relação do Junhui e do Hao está começando a avançar 🤧

espero que tenham gostado! não deixem de votar e comentar nas suas partes favoritas. adoro ler cada comentário! ♡

eu estou com mais duas fics sendo publicadas no momento. uma luwoo e uma wonkyun! ambas tem histórias bem diferentes dessa, mas eu estou amando o plot e estou bem animada com o rumo que irão tomar. ficaria muito feliz se vocês pudessem dar uma olhada e deixar seus votos e comentários!

até o próximo~



Ala 11 ; [junhao]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora