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🏂 Alexsander

Vou até onde o meu barco estava ancorado, vejo de longe o meu lindo "cameli", esse era o nome do meu barco, comprei ele já havia um tempo, eu sempre quis ir nessas expedições que durava um mês direto, eu fiz toda uma preparação para saber me virar durante esse tempo, eu não seria idiota de ir sem saber nada, mas eu estava super animado.

- Oque você tanto olha? – pergunta renato chegando derrepente perto de mim.

- Ai que susto menino, depois leva um soco e não sabe porque – digo colocando a mão no peito.

- Nossa calma – diz ele rindo – vai viajar nesse barquinho?

- Respeite meu cameli – digo cruzando os braços e fazendo bico inconcientemente.

- Só volte vivo ok? – diz ele risonho, depois de bater bastante papo eu finalmente embarco na minha aventura.

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Já havia passado três dias que eu havia começado a minha viagem, eu não estava nem na metade do caminho, todos os dias quando me dava sono eu jogava a ancora e ia dormir, o meu medo era deixar o barco sem ancora, o barco flutuar e eu me perder, a rotina era sempre a mesma, acordar, comer, apreciar o amanhecer e depois seguir o meu caminho, o quanto antes eu chegace lá, era mais rapido voltar.

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Agora completava sete dias de viagem e eu estava quase lá, eu já podia sentir a temperatura diminuir mas eu ainda não avistava nenhuma geleira.

Finalmente no final do oitavo dia eu estava lá, o polo norte, todo branquinho e frio, tirei foto de ursos polares, de longe claro, nem que eu quisesse o meu barco conseguiria passar pelo chão congelado, o maximo que eu consegui foi ver de longe, alem dos ursos eu havistei baleias, focas e leões-marinhos, foi uma experiencia fantastica, passei o nono dia inteiro lá, eu dormiria lá e no decimo dia eu viria embora.

Já amanhecendo eu me levanto, tomo café e puxo a âncora pra cima, grito um adeus bem alto e animado, eu tinha conseguido adentrar bem onde eu via que o gelo estava derretido, então demoraria um tempo pra conseguir sair, quando eu já havistava o mar eu sinto alguma coisa bater no barco, olho para os lados e não vejo nada, vou para frente e vejo um pedaço de gelo que estava praticamente descongelado, mas ao ver bem eu acabo vendo uma perna e me assusto, oque era aquilo?

Resolvo fazer um nó com uma corda e encaixar o pé ali, demorei um tempo mas consegui puxar pra dentro do barco, me assusto vendo que realmente era um corpo, pego alguma coisa pra quebrar o resto do gelo que ainda estava no braço do homem, começo a chorar por ver que ele estava morto, ninguem conseguiria ficar vivo mergulhando no polo norte e ainda com o braço dentro do gelo, corro pra dentro e pego uma coberta pra jogar por cima do corpo, quando volto eu vejo ele em pé segurando o objeto que eu usei pra quebrar o gelo.

- O MEU DEUS! – grito voltando pra dentro e trancando a porta – isso não pode ta contecendo, ele tava morto, não estava? – pergunto pra mim mesmo.

Escuto uma batida na porta e já fico em alerta — Com licença, eu sou o lucas, o senhor poderia me informar onde estamos? Acho que estou perdido.

- Perdido? No meio do polo norte? – pergunto em alto tom.

- Polo norte? Oh, estranho – diz ele do outro lado da porta com um tom pensativo.

Olho pela janela de vidro que tem na porta e vejo o homem ainda em pé olhando pro nada, ele era alto, bem alto, tinha um corpo bem gosto... Forte! Mas uma coisa estava estranho, que roupas era aquelas?

Entre dois mundos (Romance Gay)Where stories live. Discover now