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🏂 Alexsander

Acordei no dia seguinte com uma ligação do renato.

- Ei Alê! – grita ele, afasto o celular da orelha coloco minha cabeça no peitoral de lucas de novo.

- Não grita desgraça! Que qui foi? – pergunto me levantando da cama e indo até o banheiro.

- Você já sabe que o Otávio voltou né? Marcamos de sair todo mundo junto, isso inclui você – diz todo animado, quando eu escuto Otávio minha cara já se fecha.

- Não vou poder ir Rê, mas vão vocês dois, não tem problema.

- Mentira, você não faz nada da vida, porque não vai? Aaaaa vamos, tem um tempão que não saimos juntos – ele faz um pequeno drama e eu acabo rindo.

- Ta bom, que dia? – pergunto com mal humor, ele murmura um hoje – HOJE?! mas ele voltou ontem e nós já nos vimos.

- Olha, eu vou te mandar o endereço e você vai ok? Te espero lá – diz e desliga na minha cara, olha a influencia do Otávio ai.

Volto pro quarto e volto pros braços do lucas.

- Fui chamado pra sair junto com Otávio e você vai comigo – digo assim que percebo que ele está acordado.

- Se não quiser ir nós não vamos – disse e me apertou mais.

- Tenho que ir, o pedido foi do renato e ele vai ficar chateado, eu conheço ele, infelizmente ele gosta muito do otário... otávio – digo e sinto ele rir.

Descemos e tomamos café da manhã com minha mãe e um tempinho depois as roupas de lucas chegaram do shopping, e o renato estava certo, não fizemos nada o dia inteiro, iamos da sala pra cozinha, da cozinha pro banheiro e voltamos pra sala, dando umas oito horas começamos a nos arrumar.

- Qual eu devo usar? – pergunta apontando pra suas roupas que estavam arrumadas na metade do meu guarda-roupas.

- Veste a calça jeans preta, a blusa branca e o tênis de camurça vermelho – digo e vou pegando a minha roupa, em frente ao guarda-roupas mesmo eu começo a tirar minha roupa, primeiro a camisa, pego e jogo em qualquer lugar e fasso a mesma coisa com a bermuda, vou andando até a porta do banheiro só de cueca e paro, sinto um olhar em mim e começo a tirar a cueca, escuto a porta do quarto bater e eu acabo rindo e indo tomar banho, eu não sei quando essas provocações começaram, mas eu estava adorando.

Já arrumados nós fomos até a boate, assim que entramos eu vejo ele tampar os olhos.

- Esqueci de avisar, desculpa, daqui a pouco você acostuma com as luzes – digo e vou tirando sua mão devagar, ele pisca algumas vezes e me acompanha até uma mesa.

- Achei que não viria – diz renato se levantando e me abraçando.

- Você não pediu pra eu vir, você me ordenou a vir né – digo e me sento ao seu lado.

- Oi lucas – escuto Otávio falar e se levantar pra abraçar ele, ele murmura um oi pra mim e volta pro seu lugar – senta aqui do meu lado.

- Não obrigado – ele diz e se senta do meu lado passando o braço por meu ombro, renato estava alheio ao clima pesado que se instalou.

Durante toda noite eu ignorei Otávio e ele me ignorou, renato falava e ria com todo mundo e lucas não saía do meu lado, nós dois estavamos no bar e os outros dois dançando, uma hora começou a tocar uma musica mais lenta, oque não é comum em uma boate.

- Lucas, dança comigo? – escuto Otávio pedir.

- Ta tudo bem pra você? – pergunta ele baixinho no meu ouvido, mesmo não querendo eu murmuro um sim.

Então de longe eu fiquei vendo eles dançarem, Otávio tinha a cabeça no ombro de lucas e os olhos fechados, desvio o olhar e volto a tomar o drink.

- Me concede essa dança? – alguém fala atrás de mim, me viro e é um homem loiro de olhos castanhos e mais alto que eu, paro e penso por um tempo.

- Claro – ele me puxa pro meio da pista e me abraça, deito minha cabeça em seu peito e fecho os olhos pra esquecer essa noite horrivel, por incrivel que pareça começou outra musica lenta, alguém deve ter pedido, sinto uma mão no meu ombro.

- Dança comigo Alê? – pergunta lucas.

- Tudo bem – diz o homem e se afasta de mim, lucas me puxa gentilmente e coloca seu rosto no meu pescoço, enrrolo meus braços em sua cintura e fecho os olhos, mesmo depois da musica lenta acabar nós continuamos assim, sinto um beijo no meu pescoço e afundo meus dedos nas suas costas.

- Você quer ir embora? – pergunta baixinho bem perto da minha orelha.

- Quero – respondo sorrindo, começo a puxar ele pela mão mas Otávio entra na nossa frente.

- Onde vão?

- Embora, fala tchau pro renato pra gente – lucas respondeu e me puxou, soltei uma risada enquanto saimos correndo.

Fomos andando mesmo, nós dois sozinhos na rua de madrugada e rindo pro nada, quando chegamos em frente a minha casa paramos e ficamos em silêncio, assim que eu coloquei a mão na maçaneta eu sinto ele me puxa e selar os nossos labios.






DESCULPA O CAP ACABAR AQUI KKKKK

Entre dois mundos (Romance Gay)Where stories live. Discover now