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🏂 Alexsander

Acordei no dia seguinte sentindo meu quadril doer, um leve desconforto, acabei ficando espantado e ao mesmo tempo risonho, como isso aconteceu? Na hora da adrenalina eu não tinha percebido que foi intenso, sinto o peitoral de lucas descendo e subindo pela sua respiração calma, levanto devagar e desço até a cozinha para beber água, assim que eu fecho a geladeira minha mãe aparece.

- Ei desesperado – diz e dá um beijo na minha bochecha.

- Desesperado? – me fasso de desentendido.

- É ué, achei que tava morrendo ontem, ou então que tava gritando e batendo palma ao mesmo tempo.

- Meu deus mãe – digo rindo e me forçando a não olhar pra ela, nós somos bastante intimos, mas mesmo assim essa conversa me deixa envergonhado – desculpa – digo por fim e subo as escadas correndo, lá encima eu acabo rindo e acordando lucas.

- Oque foi? – pergunta se sentando na cama, ainda pelado, eu pego e conto tudo que minha mãe disse – meu deus, não bastava ontem, agora isso, como vou olhar pra sua mãe agora? – pertgunta ele todo timido e envergonhado.

- Não fica assim, ela não liga – digo rindo e indo me sentar no colo dele.

- To com vergonha – diz assim que eu me sento de frente em seu colo.

- Você está mesmo me dizendo que está com vergonha e alisando minha bunda ao mesmo tempo? – pergunto gargalhando.

- Sim, ela é macia e me acalma – diz rindo junto comigo e deixa um aperto na minha bunda, mando ele se levantar que hoje eu iria resolver seu problema de documentos, tomamos um banho juntos e depois saimos, ele passou correndo pela sala gritando um tchau pra minha mãe sem parar pra vê-la e isso me fez rir, pegamos um taxi e fomos até a casa de um amigo meu, bato na porta da casa simples e espero.

- Ei alêzinho – diz assim que abre a porta.

- E ai Esteban – digo e dou um abraço nele – preciso de um favor.

- Claro, entra – ele abre espaço e eu e lucas entramos – no que posso ajudar?

- Preciso de documentos, mas ele perdeu a certidão e não consegue ir pedir os documentos legalmente – invento uma mentira.

- Mas ele pode ir no cartorio – diz ele.

- Ele não é daqui, então prefirimos o falso pra ele não ser deportado – digo por fim.

- Ok, precisa do que?

- Tudo, RG, CPF, carteira de trabalho, essas coisas – ele assente, eu sabia que ele é o melhor no que faz, ninguém desconfiaria, era muito igual ao original, puxo lucas pra um canto – você pode continuar com seu nome, mas escolha um sobrenome diferente ok?

Esteban leva ele pra tirar a foto e pegar a assinatura, diz que vai demorar uma semana pra tirar tudo então nós deixamos a metade do dinheiro, mesmo sendo um favor ele precisaria de dinheiro pra conseguir os papeis falsos, e no fim fomos almoçar no shopping.

- Onde você quer comer? – pergunto enquanto andamos pelo shopping.

- Quero comer aquele negocio que vem embrulhado, batata e aquela bebida com gás – diz passando a lingua nos labios e eu ri daquilo.

- Eu vou te dar, mas se você perder esse tanquinho – digo colocando a mão por baixo de sua camisa sem ninguem ver – eu te bato.

Depois de ele comer dois combos, que eu nem sei como, nós fomos embora, enquanto estavamos a caminho de casa encontramos Renato e Otávio em uma sorveteria que era famosa no bairro, em um momento eu achei que eles não tinha nos visto mas me enganei, renato se levantou e começou a me gritar, olhei pro lucas desanimado e fomos até lá.

- E ai gente – digo assim que entramos – pula pra lá renato – digo e ele vai se sentar ao lado do Otávio pra que eu e lucas nos sentemos juntos.

- Oque estavam fazendo? – pergunta renato como sempre, sem ele essa mesa não teria conversa.

- Estamos voltando do shopping – vejo que estão tomando sorvete e lucas está olhando curioso – quer um?

- Quer tomar comigo? – perguntou otávio na maior cara de galinha que ele tem.

- Não, eu vou comprar pra ele – digo seco.

- Ele não pode comprar o proprio sorvete? – perguntou renato curioso mas baixinho para não constranger lucas.

- O dinheiro dele está comigo, então não sou bem eu que vou comprar – digo dando fim ao assunto, puxo lucas comigo até a recepção e fasso o pedido.

E mais uma vez eu volto pra casa rindo de sua cara toda lambuzada de comida e ele com aquele olhar de criança.

Entre dois mundos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora