°2°

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🚢  Lucas

Eu estava confuso, como eu fui parar nesse barco minusculo? Eu me lembro de estar afundando mas o meu barco... navio era enorme, estranho.

- Menino? – continuo a chamar o rapaz que estava trancado dentro do barco.

Okay, ele tinha falado polo norte, eu me lembro de estar afundando entre o alasca e o polo norte, como eu afundei e vim parar no centro do polo norte? Vamos começar pelo começo.

🚢 Flashback on 🚢

- Doutor Lucas? – patrick, um jovem estagiario bate na porta do meu laboratorio.

- Entre Patrick – digo risonho – e eu já disse, só Lucas, eu ainda não fiz o meu doutorado.

- Desculpe – diz ele corando – o doutor Julio pediu para que eu viesse lhe chamar, ele deseja falar com o senhor – diz ele, patrick começou a estagear a pouco tempo no laboratorio do Julio, ele sempre foi muito educado e timido, ele sempre me evitava, eu acho engraçado, com a nossa diferença de tamanho ele parece uma criança.

- Ok, já estou indo, obrigado Patrick – ele acena com a cabeça e sai da sala.

Continuo oque eu estava fazendo, organizando algumas pesquisas, em pleno vinte e oito anos eu finalmente abri meu laboratorio, confesso que ser cientista não é meu grande sonho, mas essa profissão foi passada de geração a geração, meu bizavô, avô e pai foram grandes cientistas renomados, e aqui estou eu, termino de arrumar os papeis e vou em diração ao laboratorio de Julio, ao total, havia cinco laboratorios nesse predio contando com o meu e de julio, dou três batidas na porta logo ouvindo um entre.

- Com licença doutor Julio – digo entrando.

- Sente-se Lucas – vou em sua direção e me sento em uma poutrona – eu tenho uma proposto para você, mês que vem eu estou programando uma expedição, temos dados que existe um novo continente entre o alasca e o polo norte – fico atento em tudo que ele diz, como assim um novo continente? – estou recrutando ao todo dez cientistas para ir comigo, oque acha?

- Acho um maximo, um novo continente, isso é tipo... Uau – digo sem saber oque realmente dizer.

- E eu quero que você vá comigo – diz ele por fim, e oque eu poderia dizer além de...

- Sim, claro – digo sorridente.

Passado um mês tudo estava pronto, os cientistas, o navio, e mais pessoas que eu não sei realmente a verdadeira função delas, patrick estava animado pois todos cobiçam esse estagio pelo simples fato de ele estar indo em uma expedicão de um novo continente, e quem não gostaria de ir sendo apenas um estagiario? Partimos no porto de victoria, na Columbia Britânica, e após um mês de viagem nós já estavamos na calota polar, e o som do gelo batendo contra o casco era um som de urro sinistro e ensurdecedor, a proa do navio era fraca demais para quebrar o gelo, e foi ai que começou.

Um som horrivel foi feito quando o casco do navio foi quebrado, começou uma correria, uns procuravam o comandante, outros procuravam botes salva vidas e eu estava preso dentro do quarto, os quartos ficavam no subsolo, por isso eu já tinha agua até os meus joelhos, a agua dificultava a porta de se abrir, depois de um tempo já com a agua em minha cintura eu consigo chegar ao deque, além da agua congelante ainda tinha o forte inverno artico que fazia minhas pernas paralisarem e meus braços endurecerem, acabo perdendo a consciencia ao mesmo tempo que o navio terminava de afundar.

🚢 Flashback off 🚢

E aqui estou eu, acordei nesse barco, precisava agradecer o rapaz que estava atrás da porta e perguntar sobre os outros tripulantes mas ele não sai de trás daquela porta de jeito nenhum.

- O meu deus, eu estou caindo do barco! – grito e no mesmo instante vejo o rapaz saindo correndo e vindo me socorrer, mas ai ele me vê parado o olhando risonho.

- Oque foi isso?! – pergunta ele raivoso.

- Você não queria sair de lá – digo rindo – prazer, eu sou lucas, e você? – pergunto estendendo a mão.

- Alexsander – diz ele desistindo e me dando um sorriso lindamente branco.

- Obrigado alexsander por me ajudar, poderia me dizer onde estão os outros tripulantes? – pergunto admirando o seu belo rosto palido pelo frio.

- Outros? Não tem outros – diz ele com cara de confuso.

- Claro que tem, no meu navio tinha mais de vinte pessoas – digo incredulo.

- Navio? Não não, eu achei apenas você, e pra mim você já estava morto, qual era o nome do navio? – diz ele enquanto eu ainda estava raciocinando.

- Karluk – digo me lembrando que Julio havia falado esse nome em algum momento.

- O meu deus, o navio perdido – diz ele levando as pequenas mãos até a boca.

- Perdido?

- Sim, desde 1913 – dizia ele com a boca aberta.

- Desde? E em que ano nós estamos? – pergunto começando a ficar preocupado.

- Em 2019 – e nesse momento meu mundo caiu.

Entre dois mundos (Romance Gay)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant