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🚢 Lucas

Tudo estava uma correria, Alê estava uma pilha pois estava nervoso e com medo de não se adaptar a essa vida de estudante, elisa do mesmo jeito e muito preocupada, já que não andava recebendo noticias de seu avô.

- Calma elisa, você não pode ir assim, suas aulas começam segunda, vamos esperar o próximo final de semana - digo tentando acalma-la.

- Não, eu preciso ir, se não eu não vou conseguir me concentrar na aula, eu volto amanhã mesmo, só quero ver como ele ta, ninguém me atende, os médicos não podem me dizer nada por ordem da minha mãe e ela não quer me dizer nada - dizia colocando peças de roupas dentro de uma mochila.

- Ok, então eu vou com você - digo me levantando de sua cama, ela para e olha pra mim.

- Não precisa, sério - diz.

- Mas eu vou, e tenho certeza que o Alê vai querer ir também - digo e por fim ligo pra ele, e eu tinha razão, em menos de duas horas nós três estávamos chegando no aeroporto.

Elisa não parava quieta, tentou ligar para a mãe mais de duas vezes, e nada, todas ligações eram finalizadas antes de chamar uma única vez, em todo momento ela reclama de um sentimento ruim, em algum momento eu a puxo e fico abraçado com ela, e então nosso voo foi chamado.


...


- Mãe por favor, abre essa porta, eu só quero vê-lo uma última vez - dizia ela batendo na porta da grande mansão, nós sabíamos que sua mãe estava atrás daquela porta pois ela tinha aberto, mas logo após voltou a fecha-la, nós passamos no hospital e depois de uma boa grana eles disseram que sua mãe tinha levado ele para casa, e nesse momento estamos tentando vê-lo - Ela não vai abrir.

- Mas ela vai - diz alexsander batendo na porta - ABRE ESSA PORTA SE NÃO VAMOS CHAMAR A POLÍCIA, ELA É NETA E TEM DIREITO DE VER ELE - assim que ele termina de dizer a porta se abre.

- Ele não está mais aqui - diz se encostando na porta de uma maneira elegante.

- Onde ele está então? - diz começando a ficar agitada.

- Não sei, nunca acreditei em céu e inferno - diz calma e vejo elisa empalidecer.

- Porque você não me chamou? - disse com a voz embargada.

- Você já tem tudo dele, queria me tirar mais isso? Ele está no cemitério mais próximo, se quiser pode ir ver ele agora - disse e fechou a porta na nossa cara.

Fomos andando pois elisa disse que era perto, ela olhava para o chão o tempo inteiro, seu ombros tremiam e suas mãos se apertavam, chegamos e fomos procurar por sua lápide, chegando lá ela se joga de joelhos e se deixa chorar, alê olha para mim e acena com a cabeça, eu me abaixo ao seu lado e a olho.

- Ta tudo bem, eu só preciso de um tempo - ela diz, eu lhe dou um beijo na testa e me levanto, pego na mão do alexsander e o puxo para ficarmos um pouco longe, para deixa-la se despedir.

- Desculpa vôvô por não estar aqui, eu queria mesmo ter me despedido - disse ela chorando mais alto e alisando a lápide - mas eu quero que você saiba que eu conheci pessoas maravilhosas e agora eu tenho uma família além de você - e com essa última frase eu abraço o alê e começo a chorar junto com ela.

Entre dois mundos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora